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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

COMIDAS DE ORIXÁ



Comidas rituais são as comidas específicas de cada Orixá, que para serem preparadas são submetidas a um verdadeiro ritual. Esses alimentos depois de prontos são oferecidos aos Orixás acompanhados de rezas e cantigas, durante a festa ou no final, em grande parte são distribuídas para todos os presentes, são chamadas comida de axé pois acredita-se que o Orixá aceitou a oferenda e impregnou de axé as mesmas.

Eis então algumas das principais comidas:

Acarajé – é a comida ritual do Orixá Iansã. O acarajé é feito com feijão-frade, que deve ser partido num moinho em pedaços grandes e colocado de molho em água para soltar a casca, após retirar toda a casca, passar novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se cebola ralada e um pouco de sal. O segredo para o acarajé ficar macio é o tempo que se bate a massa. Quando a massa estiver no ponto ela fica com a aparência de espuma, para fritar use uma panela funda com bastante azeite de dendê.

Ado – é uma Comida ritual feita de milho vermelho torrado e moído em moinho e temperado com azeite de dendê e mel, é oferecido principalmente ao Orixá Oxum.

Amalá – é comida ritual do Orixá Xangô. É feito com quiabo cortado, cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê ou azeite doce, pode ser feito de várias maneiras. É oferecido numa gamela forrada com massa de acaçá.

Axoxô – é comida ritual do Orixá Oxóssi, milho vermelho cozido refogado com cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê, enfeitado com fatias de coco sem casca.

Deburu – é a comida ritual do Orixá Obaluaiyê , é o milho de pipoca estourado numa panela com areia . Depois de peneirar a areia essa pipoca é colocada num alguidar ou tigela (de barro) e enfeitado com pedacinhos de coco.

Ekuru – é uma comida ritual, a massa é preparada da mesma forma que a massa do acarajé , feijão-frade sem casca triturado, envolta em folhas de bananeira como o acaçá e cozido no vapor.


Omolocum – comida ritual da Orixá Oxum , é feito com feijão-frade cozido, refogado com cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê ou azeite doce. Enfeitado com camarões inteiros e ovos cozidos inteiros sem casca, normalmente são colocados 5 ovos ou 8 ovos, mas essa quantidade pode mudar de acordo com a obrigação do candomblé.

Abará – é um dos pratos da culinária baiana e como o acarajé também faz parte da comida ritual do candomblé . A preparação da massa é idêntica à do acarajé. Quando comida ritual, coloca-se um pouco de pó de camarão e quando da culinária baiana coloca-se camarões secos previamente escaldados para tirar o sal, que pode ser moído junto com o feijão e depois colocar alguns inteiros. Essa massa deve ser envolvida em pequenos pedaços de folha de bananeira semelhante ao processo usado para fazer o acaçá e deve ser cozido no vapor em banho-maria; é servido na própria folha.

Acaçá - é uma comida ritual do candomblé e da culinária baiana . Feito com milho branco ou milho vermelho, que após ficar de molho em água de um dia para o outro, deve ser moído num moinho formando uma massa que deverá ser cozida numa panela com água, sem parar de mexer, até ficar no ponto. O ponto de cozedura pode ser visto quando a massa não dissolve se pingada num copo com água. Ainda quente essa massa deve ser embrulhada em pequenas porções, em folha de bananeira previamente limpa, passada no fogo e cortada em tamanho igual para que todos fiquem do mesmo tamanho. Coloca-se a folha na palma da mão esquerda e coloca-se a massa, com o dedo polegar dobra-se a primeira ponta da folha sobre a massa, dobra-se a outra ponta cruzando por cima e virando para baixo, faz o mesmo do outro lado. O formato que vai ficar é de uma pirâmide rectangular.

Caruru – É uma comida ritual do candomblé e da culinária baiana. É preparado com quiabo cortado em quatro de comprido e depois em rodelas, cebola ralada ou batida no processador, pó de camarão, sal, azeite de dendê, castanha-de-caju torrada e moída, amendoim torrado sem casca e moído.

Preparação: Numa panela coloque azeite de dendê, a cebola e o sal refogue um pouco em seguida coloque o quiabo cortado, colocar um pouco de água e deixar cozinhar, quando estiver cozido colocar aos poucos a castanha e o amendoim acrescentando um pouco mais de dendê, depois de pronto é colocado numa gamela.

Efó - é uma comida ritual e da culinária baiana , pode ser feita com a folha chamada língua de vaca ou com folha de mostarda.

Preparação: Meio quilo de camarão seco, descascado. Pimenta-malagueta em pó. Meio dente de alho. Uma cebola. Uma pitada de coentro. Um maço de língua-de-vaca (ou taioba, ou bertalha, ou espinafre, ou mostarda). Primeiro, ferve-se a língua-de-vaca, escorre-se numa peneira, estende-se na tábua e bate-se bem com a faca, até ficar uniforme. Enxuga-se e estende-se na peneira para secar toda a água. Cozinha-se no azeite-de-dendê puro, temperado com tudo o resto. A panela fica tapada, para suar. Come-se com arroz. Nanã, rainha das águas doces, quando escolhe, pede um bom efó de língua-de-vaca.

FALANDO MAIS DE XANGÔ

Xangô


Talvez estejamos diante do Orixá mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele o primeiro Deus Iorubano, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras.
Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido como um Orixá com especial ascendência sobre os demais, em termos hierárquicos. Essa confusão acontece por dois motivos: em primeiro lugar, Xangô é miticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça - representa a autoridade constituída no panteão africano. Ao mesmo tempo, há no norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram trazidos de África. Na mesma linha de uso impróprio, pode-se encontrar a expressão Xangô de Caboclo, que se refere obviamente ao que chamamos de Candomblé de Caboclo.
Xangô é pesado, íntegro, indivisível, irremovível; com tudo isso, é evidente que um certo autoritarismo faça parte da sua figura e das lendas sobre suas determinações e desígnios, coisa que não é questionada pela maior parte de seus filhos, quando inquiridos.
Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal. Ele é o Orixá do raio e do trovão.
Na África, se uma casa é atingida por um raio, o seu proprietário paga altas multas aos sacerdotes de Xangô, pois se considera que ele incorreu na cólera do Deus. Logo depois os sacerdotes vão revirar os escombros e cavar o solo em busca das pedras-de-raio formadas pelo relâmpago. Pois seu axé está concentrado genericamente nas pedras, mas, principalmente naquelas resultantes da destruição provocada pelos raios, sendo o Meteorito é seu axé máximo.
Xangô tem a fama de agir sempre com neutralidade (a não ser em contendas pessoais suas, presentes nas lendas referentes a seus envolvimentos amorosos e congêneres). Seu raio e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados exaustivamente. Seu Axé, portanto está concentrado nas formações de rochas cristalinas, nos terrenos rochosos à flor da terra, nas pedreiras, nos maciços. Suas pedras são inteiras, duras de se quebrar, fixas e inabaláveis, como o próprio Orixá.
Xangô não contesta o status de Oxalá de patriarca da Umbanda, mas existe algo de comum entre ele e Zeus, o deus principal da rica mitologia grega. O símbolo do Axé de Xangô é uma espécie de machado estilizado com duas lâminas, o Oxé, que indica o poder de Xangô, corta em duas direções opostas. O administrador da justiça nunca poderia olhar apenas para um lado, defender os interesses de um mesmo ponto de vista sempre. Numa disputa, seu poder pode voltar-se contra qualquer um dos contendores, sendo essa a marca de independência e de totalidade de abrangência da justiça por ele aplicada. Segundo Pierre Verger, esse símbolo se aproxima demais do símbolo de Zeus encontrado em Creta. Assim como Zeus, é uma divindade ligada à força e à justiça, detendo poderes sobre os raios e trovões, demonstrando nas lendas a seu respeito, uma intensa atividade amorosa.
Outra informação de Pierre Verger especifica que esse Oxé parece ser a estilização de um personagem carregando o fogo sobre a cabeça; este fogo é, ao mesmo tempo, o duplo machado, e lembra, de certa forma a cerimônia chamada ajerê, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma jarra cheia de furos, dentro da qual queima um fogo vivo, demonstrando através dessa prova, que o transe não é simulado.
Xangô portanto, já é adulto o suficiente para não se empolgar pelas paixões e pelos destemperos, mas vital e capaz o suficiente para não servir apenas como consultor.
Outro dado saliente sobre a figura do senhor da justiça é seu mau relacionamento com a morte. Se Nanã é como Orixá a figura que melhor se entende e predomina sobre os espíritos de seres humanos mortos, Eguns, Xangô é que mais os detesta ou os teme. Há quem diga que, quando a morte se aproxima de um filho de Xangô, o Orixá o abandona, retirando-se de sua cabeça e de sua essência, entregando a cabeça de seus filhos a Obaluaiê e Omulu sete meses antes da morte destes, tal o grau de aversão que tem por doenças e coisas mortas.
Deste tipo de afirmação discordam diversos babalorixás ligados ao seu culto, mas praticamente todos aceitam como preceito que um filho que seja um iniciado com o Orixá na cabeça, não deve entrar em cemitérios nem acompanhar a enterros.
Tudo que se refere a estudos, as demandas judiciais, ao direito, contratos, documentos trancados, pertencem a Xangô.
Xangô teria como seu ponto fraco, a sensualidade devastadora e o prazer, sendo apontado como uma figura vaidosa e de intensa atividade sexual em muitas lendas e cantigas, tendo três esposas: Obá, a mais velha e menos amada; Oxum, que era casada com Oxossi e por quem Xangô se apaixona e faz com que ela abandone Oxossi; e Iansã, que vivia com Ogum e que Xangô raptou.
No aspecto histórico Xangô teria sido o terceiro Aláàfin Oyó, filho de Oranian e Torosi, e teria reinado sobre a cidade de Oyó (Nigéria), posto que conseguiu após destronar o próprio meio-irmão Dada-Ajaká com um golpe militar. Por isso, sempre existe uma aura de seriedade e de autoridade quando alguém se refere a Xangô.
Conta a lenda que ao ser vencido por seus inimigos, refugiou-se na floresta, sempre acompanhado da fiel Iansã, enforcou-se e ela também. Seu corpo desapareceu debaixo da terra num profundo buraco, do qual saiu uma corrente de ferro - a cadeia das gerações humanas. E ele se transformou num Orixá. No seu aspecto divino, é filho de Oxalá, tendo Yemanjá como mãe.
Xangô também gera o poder da política. É monarca por natureza e chamado pelo termo obá, que significa Rei. No dia-a-dia encontramos Xangô nos fóruns, delegacias, ministérios políticos, lideranças sindicais, associações, movimentos políticos, nas campanhas e partidos políticos, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral.
Xangô é a ideologia, a decisão, à vontade, a iniciativa. É a rigidez, organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso social e cultural, a voz do povo, o levante, à vontade de vencer. Também o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das pessoas, o chamado “sangue azul”, o poder de liderança. Para Xangô, a justiça está acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo Rei é mais importante que o medo.
Xangô é um Orixá de fogo, filho de Oxalá com Yemanjá. Diz a lenda que ele foi rei de Oyó. Rei poderoso e orgulhoso e teve que enfrentar rivalidades e até brigar com seus irmãos para manter-se no poder.


Características

Cor

Marrom (branco e vermelho)

Fio de Contas


Marrom leitosa

Ervas


Erva de São João, Erva de Santa Maria, Beti Cheiroso, Nega Mina, Elevante, Cordão de Frade, Jarrinha, Erva de Bicho, Erva Tostão, Caruru, Para raio, Umbaúba. (Em algumas casas: Xequelê)

Símbolo


Machado

Pontos da Natureza


Pedreira

Flores


Cravos Vermelhos e brancos

Essências


Cravo (flor)

Pedras


Meteorito, pirita, jaspe.

Metal


estanho

Saúde


fígado e vesícula

Planeta


Júpiter

Dia da Semana


Quarta-Feira

Elemento


Fogo

Chacra


cardíaco

Saudação


Kaô Cabecile (Opanixé ô Kaô)

Bebida


Cerveja Preta

Animais


Tartaruga, Carneiro

Comidas


Agebô, Amalá

Numero


12

Data Comemorativa


30 de Setembro

Sincretismo:


São José, Santo Antônio, São Pedro, Moisés, São João Batista, São Gerônimo.

Incompatibilidades:


Caranguejo, Doenças

Qualidades:


Dadá, Afonjá, Lubé, Agodô, Koso, Jakuta, Aganju, Baru, Oloroke, Airá Intile, Airá Igbonam, Airá Mofe, Afonjá, Agogo, Alafim


Atribuições

Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilíbrio e eqüidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo



As Características Dos Filhos De Xangô

Para a descrição dos arquétipos psicológico e físico das pessoas que correspondem a Xangô, deve-se ter em mente uma palavra básica: Pedra. É da rocha que eles mais se aproximam no mundo natural e todas as suas características são balizadas pela habilidade em verem os dois lados de uma questão, com isenção e firmeza granítica que apresentam em todos os sentidos.
Atribui-se ao tipo Xangô um físico forte, mas com certa quantidade de gordura e uma discreta tendência para a obesidade, que se ode manifestar menos ou mais claramente de acordo com os Ajuntós (segundo e terceiro Orixá de uma pessoa). Por outro lado, essa tendência é acompanhada quase que certamente por uma estrutura óssea bem-desenvolvida e firme como uma rocha.
Tenderá a ser um tipo atarracado, com tronco forte e largo, ombros bem desenvolvidos e claramente marcados em oposição à pequena estatura;
A mulher que é filha de Xangô, pode ter forte tendência à falta de elegância. Não que não saiba reconhecer roupas bonitas - tem, graças à vaidade intrínseca do tipo, especial fascínio por indumentárias requintadas e caras, sabendo muito bem distinguir o que é melhor em cada caso. Mas sua melhor qualidade consiste em saber escolher as roupas numa vitrina e não em usá-las. Não se deve estranhar seu jeito meio masculino de andar e de se portar e tal fato não deve nunca ser entendido como indicador de preferências sexuais, mas, numa filha de Xangô é um processo de comportamento a ser cuidadosamente estabelecido, já que seu corpo pode aproximar-se mais dos arquétipos culturais masculinos do que femininos; ombros largos, ossatura desenvolvida, porte decidido e passos pesados, sempre lembrando sua consistência de pedra.

Em termos sexuais, Xangô é um tipo completamente mulherengo. Seus filhos, portanto, costumam trazer essa marca, sejam homens, sejam mulheres (que estão entre as mais ardentes do mundo). Os filhos de Xangô são tidos como grandes conquistadores, são fortemente atraídos pelo sexo oposto e a conquista sexual assume papel importante em sua vida.
São honestos e sinceros em seus relacionamentos mais duradouros, porque para eles sexo é algo vital, insubstituível, mas o objeto sexual em si não é merecedor de tanta atenção depois de satisfeito desejo.
Psicologicamente, os filhos de Xangô apresentam uma alta dose de energia e uma enorme auto-estima, uma clara consciência de que são importantes, dignos de respeito e atenção, principalmente, que sua opinião será decisiva sobre quase todos os tópicos - consciência essa um pouco egocêntrica e nada relacionada com seu real papel social. Os filhos de Xangô são sempre ouvidos; em certas ocasiões por gente mais importante que eles e até mesmo quando não são considerados especialistas num assunto ou de fato capacitados para emitir opinião.
Porém, o senhor de engenho que habita dentro deles faz com que não aceitem o questionamento de suas atitudes pelos outros, especialmente se já tiverem considerado o assunto em discussão encerrado por uma determinação sua. Gostam portanto, de dar a última palavra em tudo, se bem que saibam ouvir. Quando contrariados porém, se tornam rapidamente violentos e incontroláveis. Nesse momento, resolvem tudo de maneira demolidora e rápida mas, feita a lei, retornam a seu comportamento mais usual.
Em síntese, o arquétipo associado a Xangô está próximo do déspota esclarecido, aquele que tem o poder, exerce-o inflexivelmente, não admite dúvidas em relação a seu direito de detê-lo, mas julga a todos segundo um conceito estrito e sólido de valores claros e pouco discutíveis. É variável no humor, mas incapaz de conscientemente cometer uma injustiça, fazer escolha movido por paixões, interesses ou amizades.
Os filhos de Xangô são extremamente enérgicos, autoritários, gostam de exercer influência nas pessoas e dominar a todos, são líderes por natureza, justos honestos e equilibrados, porém quando contrariados, ficam possuídos de ira violenta e incontrolável.
Cozinha ritualística

Caruru
Afervente o camarão seco, descasque-o e passe na máquina de moer. Descasque o amendoim torrado, o alho e a cebola e passe também na máquina de moer. Misture todos esses ingredientes moídos e refogue-os no dendê, até que comecem a dourar. Junte os quiabos lavados, secos e cortados em rodelinhas bem finas. Misture com uma colher de pau e junte um pouco de água e de dendê em quantidade bastante para cozinhar o quiabo. Se precisar, ponha mais água e dendê enquanto cozinha. Prove e tempere com sal a gosto. Mexa o caruru com colher de pau durante todo o tempo que cozinha. Quando o quiabo estiver cozido, junte os camarões frescos cozidos e o peixe frito (este em lascas grandes), dê mais uma fervura e sirva, bem quente.

Ajebô
Corte os quiabos em rodelas bem fininhas em uma Gamela, e vá batendo eles como se estivesse ajuntando eles com as mãos, até que crie uma liga bem Homogênea.

Rabada
Cozinhe a rabada com cebola e dendê. Em uma panela separada faça um refogado de cebola dendê, separe 12 quiabos e corte o restante em rodelas bem tirinhas,
junte a rabada cozida. Com o fubá, faça uma polenta e com ela forre uma gamela, coloque o refogado e enfeite com os 12 quiabos enfiando-os no amalá de cabeça para baixo.
Lendas de Xangô



A Justiça de Xangô
Certa vez, viu-se Xangô acompanhado de seus exércitos frente a frente com um inimigo que tinha ordens de seus superiores de não fazer prisioneiros, as ordens era aniquilar o exército de Xangô, e assim foi feito, aqueles que caiam prisioneiros eram barbaramente aniquilados, destroçados, mutilados e seus pedaços jogados ao pé da montanha onde Xangô estava. Isso provocou a ira de Xangô que num movimento rápido, bate com o seu machado na pedra provocando faíscas que mais pareciam raios. E quanto mais batia mais os raios ganhavam forças e mais inimigos com eles abatia. Tantos foram os raios que todos os inimigos foram vencidos. Pela força do seu machado, mais uma vez Xangô saíra vencedor. Aos prisioneiros, os ministros de Xangô pediam os mesmo tratamento dado aos seus guerreiros, mutilação, atrocidades, destruição total. Com isso não concordou com Xangô.
- Não! O meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça, eram guerreiros cumprindo ordens, seus líderes é quem devem pagar!
E levantando novamente seu machado em direção ao céu, gerou uma série de raios, dirigindo-os todos, contra os líderes, destruindo-os completamente e em seguida libertou a todos os prisioneiros que fascinados pela maneira de agir de Xangô, passaram a segui-lo e fazer parte de seus exércitos.

A Lenda da Riqueza de Obará
Eram dezesseis irmãos, Okaram, Megioko, Etaogunda, Yorossum, Oxé, Odí, Edjioenile, Ossá, Ofum, Owarin, Edjilaxebora, Ogilaban, Iká, Obetagunda, Alafia e Obará. Entre todos Obará era o mais pobre, vivendo em uma casinha de palha no meio da floresta, com sua vida humilde e simples.
Um dia os irmãos foram fazer a visita anual ao babalaô para fazer suas consultas, e prontamente o babalaô perguntou: Onde está o irmão mais pobre? Os outros irmão disseram-lhe que avia se adoentado e não poderia comparecer, mas na verdade eles tinham vergonha do irmão pobre. Como era de costume o babalaô presenteou a cada irmão com uma lembrança, simples, mas de coração e após a consulta foram todos a caminho de casa. Enquanto caminhavam, maldiziam o presente dado pelo babalaô, Morangas? Isso é presente que se dê? Abóboras? .
A noite se aproximava e a casa de Obará estava perto, resolveram então passar a noite lá. Chegando a casa do irmão, todos entraram e foram muito bem recebidos, Obará pediu a esposa que preparasse comida e bebida a todos, e acabaram com tudo o que havia para comer na casa. O dia raiando os irmãos foram embora sem agradecer, mas antes lhe deixaram as abóboras como presente, pois se negavam a come-las.
Na hora do almoço, a esposa de Obará lhe disse que não havia mais nada o que comer, apenas as abóboras que não estavam boas, mas Obará pediu-lhe que as fizesse assim mesmo. Quando abriram as abóboras, dentro delas haviam várias riquezas em ouro e pedras preciosas e Obará prosperou.
Tempos depois, os irmãos de Obará passavam por tempos de miséria, e foram ao Babalaô para tentar resolver a situação, ao chegar lá escutaram a multidão saldando um príncipe em seu cavalo branco e muitos servos em sua comitiva entrando na cidade, quando olharam para o príncipe perceberam que era seu irmão Obará e perguntaram ao Babalaô como poderia ser possível e ele respondeu: Lembram-se das abóboras que vos dei, dentro haviam riquezas em pedras e ouro mas a vaidade e orgulho não vos deixaram ver e hoje quem era o mais pobre tornou-se o mais rico.
Foram então os irmãos ao palácio de Obará para tentar recuperar as abóboras e lá chegando, disseram a Obará que lhes devolvessem as Abóboras e Obará assim o fez, mas antes esvaziou todas e disse: Eis aqui meus irmãos, as abóboras que me deram para comer, agora são vocês que as comerão. E quando o babalaô em visita ao palácio de Obará lhe disse: Enquanto não revelares o que tens, tu sempre terás. E foi assim que se explica o motivo que quem carrega este Odú não pode revelar o que tem pois corre o risco de perder tudo, como os irmãos de Obará!

LENDAS DE XANGÔ

Xangô cumpre a promessa feita a Oxum

Quando Xangô pediu Oxum em casamento, ela disse que aceitaria com a condição de que ele levasse o pai dela, Oxalá, nas costas para que ele, já muito velho, pudesse assistir ao casamento. Xangô, muito esperto, prometeu que depois do casamento carregaria o pai dela no pescoço pelo resto da vida; e os dois se casaram. Então, Xangô arranjou uma porção de contas vermelhas e outra de contas brancas, e fez um colar com as duas misturadas. Colocando-o no pescoço, foi dizer a Oxum: “- Veja, eu já cumpri minha promessa. As contas vermelhas são minhas e as brancas, de seu pai; agora eu o carrego no pescoço para sempre.”

(2)
Xangô torna-se Orixá

Xangô vivia em seu reino com suas 3 mulheres ( Iansã, Oxum e Obá ), muitos servos, exércitos, gado e riquezas. Certo dia, ele subiu num morro próximo, junto com Iansã; ele queria testar um feitiço que inventara para lançar raios muito fortes. Quando recitou a fórmula, ouviu-se uma série de estrondos e muitos raios riscaram o céu. Quando tudo se acalmou, Xangô olhou em direcção à cidade e viu que seu palácio fora atingido. Ele e Iansã correram para lá e viram que não havia sobrado nada nem ninguém. Desesperado, Xangô bateu com os pés no chão e afundou pela terra; Iansã o imitou. Oxum e Obá viraram rios e os 4 se tornaram Orixás.

(3)
Xangô é condenado por Oxalá comer como os escravos

Airá, aquele que se veste de branco, foi um dia às terras do velho Oxalá para levá-lo à festa que faziam em sua cidade. Oxalá era velho e lento, Por isso Airá o levava nas costas. Quando se aproximavam do destino, vira a grande pedreira de Xangô, bem perto de seu grande palácio. Xangô levou Oxalufã ao cume, para dali mostrar ao velho amigo todo o seu império e poderio. E foi lá de cima que Xangô avistou uma belíssima mulher mexendo sua panela. Era Oiá! Era o amalá do rei que ela preparava!
Xangô não resistiu à tamanha tentação. Oiá e amalá! Era demais para a sua gulodice, depois de tanto tempo pela estrada. Xangô perdeu a cabeça e disparou caminho abaixo, largando Oxalufã em meio às pedras, rolando na poeira, caindo pelas valas. Oxalufã se enfureceu com tamanho desrespeito e mandou muitos castigos, que atingiram diretamente o povo de Xangô.
Xangô, muito arrependido, mandou todo o povo trazer água fresca e panos limpos. Ordenou que banhassem e vestissem Oxalá. Oxalufã aceitou todas as desculpas e apreciou o banquete de caracóis e inhames, que por dias o povo lhe ofereceu. Mas Oxalá impôs um castigo eterno a Xangô. Ele que tanto gosta de fartar-se de boa comida.
Nunca mais pode Xangô comer em prato de louça ou porcelana. Nunca mais pode Xangô comer em alguidar de cerâmica. Xangô só pode comer em gamela de pau, como comem os bichos da casa e o gado e como comem os escravos.



Xangô

Xangô traz nas mãos o Oxé, machado de dois lados representando o peso igual nos julgamentos. Traz também o xerém, espécie de chocalho usado para dispertar a ira dos raios e das trovoadas.


Página Inicial

XANGÔ – O Rei do Trovão



Orixá de grande valia e importância nos Cultos Afro-Brasileiros, tem alguns cultos que levam o seu próprio nome, tamanha a popularidade deste Orixá. Divide com Ogum a popularidade e o respeito dos fiéis, tanto nos Candomblés (diversas nações) como na Umbanda. Xangô foi o grande Obá (rei) da cidade de Oyó, representando, na linha de sucessão, seu quarto alafin (segundo fontes fidedignas). Ele fez sua passagem pela Terra por volta de 1450 a. C., filho de Oranian e Torossi. Governou com mãos de ferro, sendo, ao mesmo tempo, temido e adorado pelo povo. Muitas vezes comportou-se como tirano, na sua ânsia pelo poder. Alguns relatos afirmam que Xangô destronou seu próprio irmão, Dadá-Ajanká, para tomar o seu lugar. É o orixá das pedreiras, das terras áridas e das rochas. Seu elemento é o fogo, dominando também o raio e o trovão. O metal a que pertence é o cobre. Possui, como símbolo da natureza, a pedra de raio, que se cria quando um raio cai na terra. Sua ferramenta principal é o Oxé, ou machado duplo, simbolizando a imparcialidade na hora da justiça. Carrega também o Xerém, espécie de cabaça que é usada por certas qualidades deste Orixá. Xangô detém um profundo conhecimento e ligação com as árvores, de onde provêm muitos de seus objetos de culto, como a gamela e o pilão. É muito violento, mas nunca gratuitamente. Quando provocado, castiga seus inimigos sem piedade, sendo implacável nas guerras de conquista, atividade que exerce com maestria. Se for necessário, Xangô usa seus poderes de feitiçaria para destruir o inimigo. Como grande amante da justiça, é imparcial em suas ações, usando toda sua autoridade para resolver as mais difíceis questões, tarefa que ninguém gosta de fazer. Sempre podemos recorrer a ele quando nos defrontarmos com questões litigiosas ou problemas jurídicos. Segundo a mitologia africana, um traço marcante desse orixá é o fato de se fazer notar, sendo muito atraente e vaidoso. Ele teve várias uniões com outros orixás, como Oxum, Obá e Iansã, que era sua prima e esposa predileta. Diz a tradição de lendas que Xangô tem medo da morte, pelo fato de abandonar a cabeça (ou ori) de seus filhos de santo. Orixá poderoso que não teme nada, não suportanto o frio que emana de um corpo sem vida. Xangô possui a energia do fogo, que irradia calor e possibilita a existência da vida. A morte e o frio são contrários à sua essência. Nos meses de junho, mantém-se uma tradição festiva, que são as famosas fogueiras de Xangô, feitas em sua homenagem. Xangô é um orixá que teve vontade de experimentar a criação divina, ou seja, ele quis nascer e viver aqui na Terra. Como foi dito no início, existiu um rei, na cidade de Oyó, que era muito poderoso, sendo identificado como a energia Xangô. São Gerônimo (Agodô) é o sincretismo mais conhecido deste Orixá. São Pedro (Alafim), São João Batista (Xangô do Ouro ou Xangô menino) e São José (Agaju) também são qualidades de Xangô. Embora alguns estudiosos dão também como sincretismo São Miguel e São Gabriel. Orixá presente em todas as feituras de casas de santo, tem no axé da casa a sua Pedra Sagrada conhecida como “Okanixé”. Outras qualidades de Xangô são: Abomi, Alufam, Airá, Echê e Ibaru. Esta sentado no meio de 12 ministros chamados (obagues) que seriam seus ministros. Os ministros da direita absolvem enquento os da esquerda condenam. Para o contexto Umbandista, Xangô mora no alto de uma pedreira, e carrega o livro sagrado (as escrituras) e as Sete Chaves da Sabedoria. Xangô controla todas as forças naturais por intermédio dos astros, é conhecido como o Rei dos Astros. Vive no seu castelo, além do seu criado Oxumarê (quando o arco-irís aparece, significa que Oxumarê veio a Terra e está levando água ao Reino de Xangô), tem como servos Biri (as trevas) e Afefe (o vento). Nos candomblé dança com suas cores rituais que são o vermelho, branco e marrom. Algumas qualidades trazem na cabeça um gorro na cor vermelha. Conta uma lenda que explica o fato de Xangô e Iansã deterem ao mesmo tempo o poder do fogo. Vivia Xangô no reino de Oió e ouviu dizer de um certo mago que vivia num reino distante que tinha uma poção capaz de fazer com que aquele que a tomasse, pudesse cuspir fogo e Ter o domínio sobre os raios e as tempestadades. Xangô muito ocupado, manda Iansã até o Reino viziho para pegar a tal poção. Lá chegando Iansã pega a tal poção e é avisada pelo mago para que não ousasse beber tal composto. No caminho, Iansã sente uma sede muito grande e não resistindo toma parte da poção. Chegando ao Reino de Oió, é perguntada por Xangô sobre o sucesso da viagem. Sem esperar, no ato da resposta Iansã fala com labaredas de fogo saindo pela boca. Xangô irado, manda Iansã embora, mas sabendo que a partir daquele dia teria Iansã como companheira dos raios e trovões.



O Arquétipo dos seus filhos



Assim como o orixá, seus filhos são amantes da justiça, agindo com muita imparcialidade, podendo ser excelentes profissionais ligados à área jurídica. Podem também exercer cargos dentro do exército ou do governo, devido às suas qualidades de autoridade e comando. Sabem, como ninguém, administrar seu patrimônio, não deixando que nada escape ao seu controle. Embora não admitam, também gostam de controlar as despesas dos membros de sua família, mas não deixa que nada lhes falte. Fisicamente são fortes, com discreta tendência à obesidade. Geralmente, são de média ou baixa estatura, com estrutura óssea bem desenvolvida e, quase sempre, desprovidos de nádegas. Seus filhos podem ser identificados pelo forte timbre de voz, assemelhando-se ao barulho do trovão. São honestos e sinceros em seus relacionamentos, mas dificilmente fiéis. Têm a fama de mulherengos. Apresentam alta dose de energia, auto-estima e egocentrismo. Possuem uma postura nobre e hábitos aristocráticos, gostando de dar a última palavra em tudo. Seu humor é variável, sendo incapazes de cometer injustiças.



O Culto ao Orixá



Para se entender o culto aos Orixás, é necessário conhecer o significado da palavra: o orixá é a força da natureza divinizada. De acordo com as lendas Yorubás, os orixá vieram do Orum para o Ayé (do céu para a terra). Tiveram corpo físico na Terra por algum tempo, com vida semelhante à dos homens. Depois voltaram em definitivo para o Orum, deixando para os homens as instruções de como seriam cultuados futuramente. Xangô é cultuado as quartas-feiras com Iansã e com Oxumarê. No Brasil é Orixá de alta patente, tendo em Alagoas e em Sergipe significado de Casa de Santo ou terreiro. Seu cardápio sagrado é constituído de Abô (carneiro), Akukó (galo), Etu (galinha). Seu animal sagrado é o Ajapá (cágado). Uma das comidas mais conhecidas deste Orixá é o Amalá, espécie de pirão de farinha com carne misturado com quiabos, colocado na gameleira e enfeitado com certo numero de quiabos (em geral 12) mais pode variar de acordo com o intuito e com a qualidade. Sua filiação seria Oxalá e Yemanjá. Sua área de atuação seria a justiça e todas as causas que dependem de certa atenção. Está presente também na proteção de catátrofes e tragédias. Sua bebida é o aluá ou a cerveja preta. Suas contas são de cor marrom. Sua saudação é Kaô Kabecile!!!

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Xangô era rei de Oió, o mais temido e respeitado de todos os reis. Mesmo assim, um dia seu reino foi atacado por uma grande
quantidade de guerreiros que invadiram a cidade violentamente, destruindo tudo e matando soldados e moradores numa tremenda fúria assassina. Xangô reagiu e lutou bravamente durante semanas. Um dia, porém, percebeu que a guerra tornara-se um caminho sem volta. Já havia perdido muitos soldados e a única saída seria entregar sua coroa aos inimigos. Resolveu então procurar por Orunmilá e pedir-lhe um conselho para evitar a derrota quase certa. O adivinho mandou que ele subisse uma pedreira e lá aguardasse, pois receberia do céu a iluminação do que deveria ser feito. Xangô subiu e quando estava no ponto mais alto do terreno foi tomado de extrema fúria. Pegando seu oxê, machado de duas lâminas, começou a quebrar as pedras com grande violência. Estas ao serem quebradas, lançavam raios tão fortes que em instantes transformaram-se em enormes línguas de fogo que, espalhando-se pela cidade, mataram uma grande quantidade de guerreiros inimigos. Os que restaram, apavorados, procuraram os soldados de Xangô e renderam-se imediatamente pedindo clemência. Levados até ao rei, os presos elegeram um emissário para servir-lhes de porta voz. O homem escolhido foi logo se atirando aos pés de Xangô. Desculpou-se pedindo perdão. Humilhando-se, explicou que lutavam, não por vontade própria, e sim forçados por um monarca, vizinho de Oió, que tinha um grande ódio de Xangô e os martirizava impiedosamente. Xangô, altamente perspicaz, enxergou nos olhos do guerreiro que ele falava a verdade e perdoou a todos, aceitando-os como súditos de seu reino. Assim tornou-se conhecido como o orixá justiceiro que perdoa quando defrontado com a verdade, mas que queima com seus raios os mentirosos e delinqüentes.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

OUTRA LENDA DE OYÁ E OGUN


Oiá sopra a forja de Ogum e cria o vento e a tempestade

Oxaguiã estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas eram as armas para guerrear.

Ogum fazia as armas, mas fazia lentamente. Oxaguiã pediu a seu amigo Ogum urgência, Mas o ferreiro já fazia o possível.

O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta nova tardava como o tempo. Tanto reclamou Osaguiã que Oyá, esposa do ferreiro, resolveu ajudar Ogum a apressar a fabricação.

Oyá se pôs a soprar o fogo da forja de Ogum e seu sopro avivava intensamente o fogo e o fogo aumentado de calor derretia o ferro mais rapidamente.

Logo Ogum pode fazer muitas armas e com as armas Oxaguiã venceu a guerra. Oxaguiã veio então agradecer Ogum . E na casa de Ogum enamorou-se de Oyá.

Um dia fugiram Oxaguiã e Oyá, deixando Ogum enfurecido e sua forja fria. Quando mais tarde Oxaguiã voltou à guerra e quando precisou de armas muito urgentemente, Oyá teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de Osaguiã, onde vivia, Oyá soprava em direção à forja de Ogum .

E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Oxaguiã da de Ogum . E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com furor atiçava.

E o povo se acostumou com o sopro de Oyá cruzando os ares e logo o chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Oyá a forja de Ogum. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oyá e o povo chamava a isso tempestade.

AXÉ BOBÓ

"Em julho de 1993 o Candomblé lamentou a morte de José Bispo dos Santos, um dos maiores responsáveis pela introdução da religião dos Orixás no Sudeste, especialmente em São paulo. tornou-se famoso com o apelido de bobó de Iansã e em 1948 era citadi por Edson Carneiro no livro Candomblés da Bahia entre os babalorixás que vinham adquirindo sucesso na cidade de Salvador.

Iniciado aos quatro anos de idade pela eminente ialorixá Cotinha de Ewá, Pai Bobó honrou até os últimos dias a Casa de Oxumaré, não obstante suas estreitas ligações com o Gantois, pois Zezinho - como o chamava Mãe Menininha - não se furtava dos conselhos da grande mãe-de-santo, que ele adorava tanto, que no dia 13 de agosto de 1986, quando Mãe Menininha faleceu, entre lágrimas, fez o solene juramento de jamais voltar à Bahia. E cumpriu. A Bahia, contudo, vinha até Pai Bobó: tantos ogans e matronas do Gantois, Mãe Nilzete de Iemanjá, então ialorixá do Axé oxumaré, não perdiam as festas de Iansã, que levavam milhares de pessoas ao litoral paulista, mais especificamente à cidade do Guarujá, onde Pai Bobó plantou seu axé,.

Pai Bobó deixou Salvador em 1950. Veio primeiramente para o Rio de janeiro e por alguns anos esteve ao lado de Joãozinho da Goméia, auxiliando-o nas funções sacerdotais. Já em São paulo, em 1957, fundou o Ilê Oyá Mesan Orun, na cidade de Santos, comprrovadamente o primeiro Candomblé do Estado. Os atabaques que bateram o primeiro Candomblé de São paulo foram presentes de Pai Baiano (Waldemiro de Xangô) e até hoje ecoam nas noites do litoral.

iniciou milhares de filhos-de-santo em São Paulo, sem contar os que o acompanharam da Bahia. Não se furtava a subir a serra e ajudar seus inúmeros filhos com casa aberta a fazer seus Candomlés. Pai Bobó era um homem bom, que sabia respeitar o espaço do outro e tinha sempre uma palavra de carinho e conforto para seus filhos e para todos os que o procuravam. No dia de seu enterro, uma multidão vestida de branco invadiu as ruas da cidade e lamentou a falta de um dos grandes nomes da religião, que para sempre será lembrado, pois foi amado e respeitado por todos.

Oiá é o vento que espanta a morte, a ventania que balança as folhas, que enverga a palmeira real e faz seu topo tocar o chão. Quando da morte de seus filhos, ela se manifesta. Quem não viu Iansã no enterro de pai Bobó? Todos, naquela triste manhã de um dia triste, viram Oiá abrindo os caminhos para o féretro. A cada caminho que cruzava - três passos adiante, três passos para trás - um vento forte zunia na boca do dia. Oya Gueré a unló, cantavam tristes seus irmãos, seus filhos e os filhos de seus filhos, mas cantavam. As árvores, as mesmas que o apoiaram em seus passos lentos, curvavam-se numa última saudação; suas folhas formavam um tapete para o cortejo, e a cada encruzilhada - três passos adiante, três passos para trás - erguiam-se e voavam em círculo. A multidão de branco, pano-da-costa nos ombros, pêlos erguidos pelo corpo, lamentava - mas cantava: adola, Oyá Gueré a unló. Caminhando contra ventania, a multidão é lenta e parece não querer chegar, mas chega - três passos adiante, três passos para trás - e preenche o vácuo da terra, e cada um naquela alva multidão se esvazia um pouco: adola, Oyá Gueré a unló.

Na história do Candomblé de São Paulo, Pai bobó escreveu um capítulo inteiro. Hoje existem os que maldizem Pai Bobó, os mesmos que muitas vezes comeram de sua comida e lhe pediram ensinamentos e explicações.

Mas Iansã também sabe ser justa, e este ano promete ser o ano da retomada do crescimento do Ilê Oiá Mesan Orum, pois seus filhos e filhas estão dispostos a trabalhar para que a casa assuma o seu papel de referência e reconquiste o respeito de todos os adeptos do Candomblé. A festa de iansã deste ano promete ser um marco, o início de uma nova etapa loriosa para este Candomblé que é o pioneiro em São paulo e, portanto, merece ser preservado.

Pai bobó, orgulhoso, verá seu nome honrado por seus filhos e filhas, que retornarão ao Axpe e provarão a todos que jamais se esquecerão do grande homem que ele foi, de seu amor e de sua bondade. Nenhum homem poderá destruir o que Iansã construiu, pai bobó viverá para sempre na memória de seus filhos e em cada canto de seu glorioso Axé e na casa de seus filhos, que o amam e respeitam pelo grande pai que foi e continua sendo."

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ORÍKÌ FÚN ÒRISÀS

ORÍKÌ FÚN ÒRISÀS





Oríkì fún Èsù

Èsù òta Òrìsà.
Osétùrá ni oruko bàbá mò ó.
Alágogo Ìjà ni orúko ìyá npè é,
Èsù Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin,
O lé sónsó sí orí esè elésè
Kò je, kò jé kí eni nje gbé mì,
A kìì lówó láì mú ti Èsù kúrò,
A kìì lóyò láì mú ti Èsù kúrò,
Asòntún se òsì láì ní ítijú,
Èsù àpáta sómo olómo lénu,
O fi okúta dípò iyò.
Lóògemo òrun, a nla kálù,
Pàápa-wàrá, a túká máse sà,
Èsù máse mí, omo elòmíràn ni o se.



Oríkì para Exú

Èsù, o inimigo dos orixás.
Osétùrá é o nome pelo qual você é chamado por seu pai.
Alágogo Ìjà é o nome pelo qual você é chamado por sua mãe.
Èsù Òdàrà, o homem forte de ìdólófin,
Èsù, que senta no pé dos outros.
Que não come e não permite a quem está comendo que engula o alimento.
Quem tem dinheiro, reserva para Èsù a sua parte,
Quem tem felicidade, reserva para a Èsù sua parte.
Èsù, que joga nos dois times sem constrangimento.
Èsù, que faz uma pessoa falar coisas que não deseja.
Èsù, que usa pedra em vez de sal.
Èsù, o indulgente filho de Deus, cuja grandeza se manifesta em toda parte.
Èsù, apressado, inesperado, que quebra em fragmentos que não
se poderá juntar novamente,
Èsù, não me manipule, manipule outra pessoa.





Oríkì fún Èsù

Èsù pèlé o, okanamaho, ayanrabata awo he oja oyinsese,
seguri alabaja, olofin apekayu, amonise gun mapo

Nko o
Èsù, ba nse ki imo
Èsù, keru o ba onimimi
Èsù, fun mi ofo ase mo pele Òrìsà
Èsù, alayiki a juba
Àse

Oríkì para Exú

Elogiado é o espírito do mensageiro divino
Mensageiro Divino, eu chamo a você por seus nomes de elogio
Mensageiro Divino guia minha cabeça para minha rota com destino
Mensageiro Divino, eu honro a sabedoria infinita
Mensageiro Divino, ache lugar onde submergir meus sofrimentos
Mensageiro Divino, dê força para minhas palavras de forma que evoque as forças da natureza fortemente
Mensageiro Divino, nós pagamos nossos cumprimentos dançando em círculo
Axé



Oríkì fún Ògún

Ògún pèlé o !
Ògún alákáyé,
Osìn ímolè.
Ògún alada méjì.
O fi òkan sán oko.
O fi òkan ye ona.
Ojó Ògún ntòkè bò.
Aso iná ló mu bora,
Ewu ejè lówò.
Ògún edun olú irin.
Awònye òrìsà tií bura re sán wònyìnwònyìn.
Ògún onire alagbara.
A mu wodò,
Ògún si la omi Logboogba.
Ògún lo ni aja oun ni a pa aja fun.
Onílí ikú,
Olódèdè màríwò.
Ògún olónà ola.
Ògún a gbeni ju oko riro lo,
Ògún gbemi o.

Bi o se gbe Akinoro.



Oríkì para Ògún

Ògún, eu te saúdo !
Ògún, senhor do universo,
líder dos orixás.
Ògún, dono de dois facões,
Usou um deles para preparar a horta
e o outro para abrir caminho.
No dia em que Ògún vinha da montanha
ao invés de roupa usou fogo para se cobrir.
E vestiu roupa de sangue.
Ògún, a divindade do ferro
Òrìsà poderoso, que se morde inúmeras vezes.
Ògún Onire, o poderoso.
O levamos para dentro do rio
e ele, com seu facão, partiu as águas em duas partes iguais.
Ògún é o dono dos cães e para ele sacrificamos.
Ògún, senhor da morada da morte.
o interior de sua casa é enfeitado com màrìwò.
Ògún, senhor do caminho da prosperidade.
Ògún, é mais proveitoso ao homem cultuá-lo do que sair para plantar
Ògún, apoie-me do mesmo modo que apoiou Akinoro.



Oríkì fún Ògún

Ògún laka aye
Osinmole
Olomi nile fi eje we
Olaso ni le
Fi imo bora
La ka aye
Ma je ki nri ija re
Iba Ògún
Iba re Olomi ni le fi eje we
Feje we. Eje ta sile. Ki ilero
Ase

Oríkì para Ògún

Ògún poderoso do mundo

O próximo a Deus

Aquele que tem água em casa, mas prefere banho com sangue

Aquele que tem roupa em casa

Mas prefere se cobrir de màrìwò

Poderoso do mundo

Eu o saúdo

Que eu não depare com sua ira

Eu saúdo Ògún

Eu o saúdo, aquele que tem água em casa, mas prefere banho de sangue

Que o sangue caia no chão para que haja paz e tranqüilidade

Axé





Oríkì fún Ògún

Ògún awo, olumaki, alase to juba
Ògún ni jo ti ma lana talí ode
Ògún onire, onile kangun dangun ode

Orún egbé iehin
Pá san ba pon ao lana to
Imo kimobora egbé lehin a nle a benge ologbe
Àse


Oríkì para Ògún

Elogiado é o espírito do aço
Espírito de mistério do aço, chefe da força, dono do poder, eu o elogio
Espírito do aço, abra os caminhos
Espírito do aço, dono da fortuna boa, dono de muitas coisas no céu, ajude em nossa viagem
Remove a obstrução de nossa estrada
Sabedoria do espírito em guerra, nos guie por nossa viagem espiritual com força
Axé



Oríkì fún Òsónyìn

Agbénigi, òròmodìe abìdi sónsó
Esinsin abedo kínníkínni;
Kòògo egbòrò irín
Aképè nigbà òràn kò sunwòn
Tíotio tin, ó gbà aso òkùnrùn ta gìègìè.
Elésè kan jù elésè méjì lo.
Ewé gbogbo kíki oògùn
Àgbénigi, èsìsì kosùn
Agogo nla se erpe agbára
Ó gbà wón là tán, wón dúpé téniténi
Aròni já si kòtò di oògùn máyà
Elésè kan ti ó lé elése méjì sáré



Oríkì para Òsónyìn

Aquele que vive nas árvores e que tem um rabo pontudo como estaca.
Aquele que tem o fígado transparente como o da mosca.
Aquele que é tão forte quanto uma barra de ferro.
Aquele que é invocado quando as coisas não estão bem.
O esbelto que quando recebe a roupa da doença se move como se fosse cair.
O que tem uma só perna e é mais poderoso que os que têm duas.
Todas as folhas têm viscosidade que se tornam remédio.
Àgbénigi, o deus que usa palha.
O grande sino de ferro que soa poderosamente.
A quem as pessoas agradecem sem reservas depois que ele humilha as doenças.
Àròni que pula no poço com amuletos em seu peito.
O homem de uma perna que exita os de duas pernas para correr.



Oríkì fún Òsónyìn


Ìba Òsónyìn

Ìba oni èwé
kó si arun
Kó si akoba
Àse


Oríkì para Òsónyìn

Elogio para o espírito do medicamento das folhas
Eu elogio o dono do medicamento das folhas
Me livre de se adoecer
Me livre da coisa negativa
Eu dou graças ao dono do medicamento
Axé



Oríkì fún Òsòósì

Òsoosì.
Awo òde ìjà pìtìpà.
Omo ìyá ògún oníré.
Òsoosì gbà mí o.
Òrìsà a dínà má yà.
Ode tí nje orí eran.
Eléwà òsòòsò.
Òrìsà tí ngbélé imò,
gbe ilé ewé.
A bi àwò lóló.
Òsoosì kì nwo igbó,
Kí igbo má mì tìtì.
Ofà ni mógàfí ìbon,
O ta ofà sí iná,
Iná kú pirá.
O tá ofà sí Oòrùn,
Oòrùn rè wèsè.
Ogbàgbà tí ngba omo rè.
Oní màríwò pákó.
Ode bàbá ò.
O dé ojú ogun,
O fi ofà kan soso pa igba ènìyàn.
O dé nú igbó,
O fi ofà kan soso pa igba eranko.
A wo eran pa sí ojúbo ògún lákayé,
Má wo mí pa o.
má sì fi ofà owo re dá mi lóró.
Odè ò, Odè ò, Odè ò,
Òsoosì ni nbá ode inú igbo jà,
Wípé kí ó de igbó re.
Òsoosì oloró tí nbá oba ségun,
O bá Ajé jà,
O ségun.
Òsoosì o !
Má bà mi jà o.
Ògún ni o bá mi se o.
Bí o bá nbò láti oko.
kí o ká ilá fún mi wá.
Kí o re ìréré ìdí rè.
Má gbàgbé mi o,
Ode ò, bàbá omo kí ngbàgbé omo.





Oríkì para Oxóssi

Òsóòsì !
Ó Òrìsà da luta,
irmão de Ògún Onírè.
Òsóòsì, me proteja !
Òrìsà que tendo bloqueado o caminho, não o desimpede.
Caçador que come a cabeça dos animais.
Òrìsà que come ewa osooso.
Òrìsà que vive tanto em casa de barro
como em casa de folhas.
Que possui a pele fresca.
Òsóòsì não entra na mata
sem que ela se agite.
Ofà é a arma poderosa que o pai usa em lugar de espingarda.
Ele atirou a sua flecha contra o fogo,
o fogo se apagou de imediato.
Atirou sua flecha contra o sol,
O sol se pôs.
Ó salvador, que salva seus filhos !
Ó senhor do màrìwó pákó !
Meu pai caçador
chegou na guerra,
matou duzentas pessoas com uma única flecha.
Chegou dentro da mata,
usou uma única flecha para matar duzentos animais selvagens.
Arrasta um animal vivo até que ele morra e o entrega no ojubo de Ògún.
Não me arraste até a morte.
Não atire sofrimentos em minha vida, com seu Ofà.
Ó Odè! Ó Odè! Ó Odè!
Dentro da mata, é Òsóòsì que luta ao lado do caçador
para que ele possa caçar direito.
Òsóòsì, o poderoso, que vence a guerra para o rei.
Lutou com a feiticeira
e venceu.
Ó Òsóòsì,
não brigue comigo.
Vence as guerras para mim
Quando voltar da mata,
Colhe quiabos para mim.
e, ao colhê-los, tire seus talos.
Não se esqueça de mim.
Ó Odè, um pai não se esquece do filho.



Oríkì fún Òsòósì


Ìba Òsòósì
Ìba Òsòósì
Ìba ologarare
Ìba onibebe
Ìba osolikere
Ode ata matase
Agbani nijo to buru
Oni Ode gan fidija
Mo jùbá
Àse



Oríkì fún Òsòósì


Elogio para o espírito do Caçador
Eu elogio ao espírito do Caçador

Eu elogio ao espírito do Caçador
Eu elogio o que tem domínio nele mesmo
Eu elogio o dono do banco do rio
Eu elogio o mágico da floresta
Caçador que nunca falhou
Espírito sábio que oferece muitas bênçãos
Dono do papagaio guia ele para conquistar ao medo
Eu o cumprimento
Àse



Oríkì fún Lògún Ede

Ganagana bi ninu elomi ninu
A se okùn soro èsinsin
Tima li ehin yeye re
Okansoso gudugu
Oda di ohùn
O ko ele pé li aiya
Ala aiya rere fi owó kan
Ajoji de órun idi agban
Ajongolo Okunrin
Apari o kilo òkò tímotímo
O ri gbá té sùn li egan
O tó bi won ti ji re re
A ri gbamu ojiji
Okansoso Orunmila a wa kan mà dahun
O je oruko bi Soponna
Soro pe on Soponna e nià hun
Odulugbese gun ogi órun
Odolugbese arin here here
Olori buruku o fi ori já igi odiolodi
O fi igbegbe lù igi Ijebu
O fi igbegbe lú gbegbe meje
Orogun olu gbegbe o fun oya li o
Odelesirin ni ki o wá on sila kerepa
Agbopa sùn kakaka
Oda bi odundun
Jojo bi agbo
Elewa ejela
O gbewo li ogun o da ara nu bi ole
O gbewo li ogun o kan omo aje niku
A li bilibi ilebe
O ti igi soro soro o fibu oju adiju
Koro bi eni ló o gba ehin oko mà se ole
O já ile onile bó ti re lehin
A li oju tiri tiri
O rí saka aje o dì lebe
O je owú baludi
O kó koriko lehin
O kó araman lehin
O se hupa hupa li ode olode lo
Òjo pá gbodogi ró woro woro
O pà oruru si ile odikeji
O kó ara si ile ibi ati nyimusi
Ole yo li ero
O dara de eyin oju
Okunrin sembeluju
Ogbe gururu si obè olori
A mò ona oko ko n ló
A mo ona runsun rdenreden
O duro ti olobi kò rà je
Rere gbe adie ti on ti iye
O bá enia jà o rerin sún
O se adibo o rin ngoro yo
Ogola okun kò ka olugege li òrùn
Olugege jeun si okurú ofun
O já gebe si orún eni li oni
O dahun agan li ohun kankan
O kun nukuwa ninu rere
Ale rese owuro rese / Ere meji be rese
Koro bi eni lo
Arieri ewo ala
Ala opa fari
Oko Ahotomi
Oko Fegbejoloro
Oko Onikunoro
Oko Adapatila
Soso li owuro o ji gini mu òrún
Rederede fe o ja kùnle ki agbo
Oko Ameri èru jeje oko Ameri
Ekùn o bi awo fini
Ogbon iyanu li ara eni iya ti n je
O wi be se be
Sakoto abi ara fini









Oríkì para Lògún Ede

Um orgulhoso fica infeliz que um outro esteja contente
É difícil fazer um corda com as folhas espinhosas da urtiga
Montado de cavalinho sobre as costas de sua mãe
Ele é sozinho, ele é muito bonito
Até a voz dele é agradável
Não se coloca as mãos sobre o seu peito
Ele tem um peito que atrai as mãos das pessoas
O estrangeiro vai dormir sobre o coqueiro
Homem esbelto
O careca presta atenção à pedra atirada certeiramente
Ele acha duzentas esteiras para dormir na floresta
Acordá-lo bem é o suficiente
Nós somente o vemos e o abraçamos como se ele fosse uma sombra
Somente em Orunmila nós tocamos, mas ele não responde
Ele tem um nome como Soponna /
É difícil alguém mau chamar-se Soponna
Devedor que faz pouco caso
Devedor que anda rebolando displiscentemente
Ele é um louco que quebra a cerca com a cabeça
Ele bate com seu papo numa árvore Ijebu
Ele quebrou sete papos com o seu papo
A segunda mulher diz ao papo para usar um pente (para desinchar o papo)
Um louco que diz que o procurem lá fora na encruzilhada
Aquele que tem orquite ( inflamação dos testículos) e dorme profundamente
Ele é fresco como a folha de odundun
Altivo como o carneiro
Pessoa amável anteontem
Ele carrega um talismã que ele espalha sobre o seu corpo como um preguiçoso
Ele carrega um talismã e briga com o filho do feiticeiro dando socos
Ele veste boas roupas
Com um pedaço de madeira muito pontudo ele fere o olho de um outro
Rápido como aquele que passa atrás de um campo sem agir como um ladrão
Ele destroi a casa de um outro e com o material cobre a sua
Ele tem olhos muito aguçados
Ele acha uma pena de coruja e a prende em sua roupa
Ele é ciumento e anda "rebolando" displicentemente
Ele recolhe as ervas atrás
Ele recolhe as ervas atrás
Ele anda "rebolando" desengonçado para ir ao pátio interior de um outro
A chuva bate na folha de cobrir telhados e faz ruído
Ele mata o malfeitor na casa de um outro
Ele recolhe o corpo na casa e empina o nariz
O preguiçoso está satisfeito entre os passantes
Ele é belo até nos olhos
Homem muito belo
Ele coloca um grande pedaço de carne no molho do chefe
Ele conhece o caminho do campo e não vai lá
Ele conhece o caminho runsun redenreden
Ele está ao lado do dono dos obi e não os compra para comer
O gavião pega o frango com as penas
Ele briga com qualquer um e ri estranhamente
Ele tem o hábito de andar como a um bêbado que bebeu
Sessenta contas não podem rodear o pescoço de um papudo
O papudo come no inchaço de sua garganta
Ele quebra o papo do pescoço daquele que o possui
Ele dá rapidamente crianças às mulheres estéreis
Ele guarda seus talismãs numa pequena cabaça
A noite coisa sagrada, de manhã coisa sagrada /
Duas vezes assim coisa sagrada
Rápido como alguém que parte
A proibição do pássaro branco é o pano branco
Ele mexe os braços fantasiosamente
Marido de Ahotomi
Marido de Fegbejoloro
Marido de Onikunoro
Marido de Adapatila
Bem desperto, ele acorda de manhã já com o arco e flecha no pescoço
Como um louco ele se debate para colocar os joelhos no chão, como o carneiro
Marido de Ameri que dá mêdo
Leopardo de pele bonita
Ele expulsa a infelicidade do corpo de alguém que tem infelicidade
Assim ele diz e assim ele faz
Orgulhoso que possui um corpo muito belo





Orìkí fún Oya


Ajalaiyé, ajalorin, fún mi ire
Ìba Oya

AJALAIYE AJALORUN, FUN MI GBOGBO IRE
IBA Yansan
Ajalaiye, ajalorun wi wini
Bem ma yansan
Àse



Orìkí para Oya

Os ventos da terra e o céu me dão fortuna boa
Eu elogio o filho da mãe dos nove
Os ventos da terra e o céu me dão fortuna boa
Eu elogio o espírito do vento
Os ventos da terra e o céu são maravilhosos
Sempre haverá a mãe dos nove
Axé



Orìkí fún Sóngò


KA'WO KA'BIYESILE
ETALA MO JUBA GADAGBA MI JUBA
OLUOYO
ETALA MO JUBA GADAGBA MO JUBA
OVA KO SO
ETALA MO JUBA GADAGBA MO JUBA
Àse



Orìkí para Sóngò


Eu cumprimento o rei
13 vezes eu o cumprimento a você
Chefe do buraco (vulcão)
13 vezes eu o cumprimento a você
O chefe que não morreu
13 vezes eu o cumprimento a você
Axé



Orìkí fún Òsun

Ìba Òsun sekese
Ìba Òsun olodi
Latojoki awede we’mo
Ìba Òsun ibu kole
Yeye kari
Latokoko awede we’mo
Yeye opo
O san rere o
Àse




Orìkí para Òsun


Eu elogio a deusa do mistério, espírito que limpa de dentro para fora,
Eu elogio a deusa do rio
Espírito que limpa de dentro para fora
Eu elogio a deusa da sedução
Mãe do espelho
Espírito que limpa de dentro para fora
Mãe da abundância
Nós cantamos seus elogios
Axé



Orìkí fún Òsun


Obìnrin bí okùnrin ní Òsun
A jí sèrí bí ègà.
Yèyé olomi tútú.
Opàrà òjò bíri kalee.
Agbà obìnrin tí gbogbo ayé n'pe sìn.
Ó bá Sònpònná jé pétékí.
O bá alágbára ranyanga dìde.



Orìkí para Òsun

Òsun é uma mulher com força masculina.
Sua voz é afinada como o canto do ega.
Graciosa mãe, senhora das águas frescas.
Opàrà, que ao dançar rodopia como o vento, sem que possamos vê-la.
Senhora plena de sabedoria, que todos veneramos juntos.
Que como pétékí com Xapanã.
Que enfrenta pessoas poderosas e com sabedoria as acalma.



Oríkì fún Oba

Obà, Obà, Obà.
Ojòwú Òrìsà,
Eketà aya Sàngó.
O torí owú,
O kolà sí gbogbo ara.
Olókìkí oko.
A rìn lógànjó pèlú àwon ajé.
Obà anísùru, ají jewure.
Obà kò b'óko dé kòso,
O dúró, ó bá Òsun rojó obe.
Obà fiyì fún apá oko rè.
Oní ó wun òun ju gbogbo ará yókù lo.
Obà tó mo ohùn tó dára.



Oríkì fún Obà

Obá, Obá, Obá.
Orixá ciumento,
terceira esposa de Xangô.
Ela, que por ciúmes,
fez incisões em todo corpo.
Que fala muito de seu marido,
que anda nas madrugadas com as ajé.
Obá paciente, que come cabrito logo pela manhã.
Obá não foi com o marido a Koso,
ficou para discutir com Oxum sobre comida.
Obá valoriza os braços do marido,
diz que é a parte de seu corpo que ela prefere.
Obá sabe o que é bom.



Orìkí fún Olódùmarè

Ìba Olódùmarè
Ìba Òrúnmìlà
Ìba Ògún Òrìsà Ilé
Ìba Irúnmalè
Ìba Ile Ogeere afoko yeri
Ìba atiyo Ojo
Ìba atiwo Òrun
Ìba F'olojo oni
Ìba Éégun Ilé
Ìba Agba
Ìba Bàbálòrìsà
Ìba Omo Òrìsà
Ìba Omode
Awa Egbe Odo Òrúnmìlà juba O, Ki iba wa se
T'omode ba juba baba re, agbe'le aye pe
Ada se nii hun omo
Ìba kii hun omo eniyan
Akoogba kii hum oloko
Atipa kii hun oku
Aso funfun kii hun olorisa
Kaye o-ye wa o
Ka riba ti se
Ka, ma r'ija Omo araye O
Ka'ma r'ija eleye O
Ajuba O! A juba O!! A juba O!!!
Àse

Orìkí para Olódùmarè

Eu saúdo Olódùmarè, Deus maior
Eu saúdo Òrúnmìlà
Eu saúdo Ògún, o dono da casa
Saúdo os Irúnmalè, os Òrìsàs
Saúdo a terra
Saúdo o dia que amanhece
Saúdo a noite que vem
Saúdo o dono do dia
E saúdo o Égún da casa, nosso ancestral
Saúdo os velhos sábios
Saúdo o pai-de-santo
Saúdo os filhos-de-santo
Saúdo as crianças
Nós, que cremos em Òrúnmìlà, saudamos e esperamos que
Orúnmìlà ouça nossa saudação
O filho que reverencia seu pai tenha longa vida e por nada sofrerá
Que a nossa saudação a nós poupe sofrimentos
Que as plantas boas não falhem ao agricultor
Que aos mortos não falte sepultura
Que a Òrìsàlá não falte o pano branco
Para que o mundo nos seja bom
Que nossos caminhos se abram
Que não vejamos a discórdia dos povos sobre a terra
Nem a obra das feiticeiras
Nós saudamos, saudamos, saudamos
Axé



Oríkì fún Obàlúàiyé



ÒRÌSÀ Jìngbìnì

Abàtà, Arú Bí Ewé Ajó.

ÒRÌSÀ Tí Nmú Omo Mú Ìyá

Bí Obàlúàiyé Bá Mú Won Tán

O Tún Lè Sáré Lo Mú Bàbá

ÒRÌSÀ Bí Àjé

Obàlúàiyé Mo Ilé Osó, O Mo Ilé Àjé

O Gbá Osó L’ójú

Osó Kún Fínrínfínrín.

O Pa Àjé Ku Ìkan Soso

ÒRÌSÀ Jìngbìnì

Obàlúàiyé A Mú Ni Toùn Toùn

Obàlúàiyé Sí Odù Re Hàn Mí

Kí Ndi Olówó

Kí Ndi Olomo.

Àse





Oríkì para Obàlúàiyé



Òrìsà forte

Abàtà que floresce como as folhas de ajó.

Òrìsà que pune a mãe junto com o filho

Depois que Obàlúàiyé acabar de pegá-los

Poderá ir pegar o Pai.

Òrìsà igual ao feitiço.

Obàlúàiyé conhece tanto a casa do feiticeiro, quanto a casa da bruxa

Desafiou o feiticeiro

O feiticeiro correu desesperado.

Matou todas as bruxas e só permitiu que uma sobrevivesse

Òrìsà forte

Obàlúàiyé que faz as pessoas perderem a voz

Obàlúàiyé abra seu odù para mim

para que eu tenha prosperidade

para que eu tenha muitos filhos.

Assim seja, assim seja, assim seja.






Oríkì fún Òòsààlà

Obanla o rin n'eru ojikutu s'eru. Obà n'ille Ifon alabalase oba patapata n'ille iranje. O yo kelekele o ta mi l'ore. O gba a giri l'owo osika. O fi l'emi asoto l'owo. Oba igbo oluwaiye re e o ke bi owu la. O yi ala. Osun l'ala o fi koko ala rumo. Obà igbo.

Kí Òrìsà-nlá Olú àtélesé, a gbénon dídùn là. Ní Ibodè Yìí, Kò Sí Òsán, Bèéni Kò Sí Òru. Kò Sí Òtútù, Bèéni Kò Sí Ooru. Ohun Àsírií Kan Kò Sí Ní Ibodè Yìí. Ohun Gbogbo Dúró Kedere Nínu Ìmólè Olóòrun. Àyànmó Kò Gbó Oògùn. Àkúnlèyàn Òun Ní Àdáyébá. Àdáyébá Ni Àdáyé Se.




Oríkì para Òòsààlà

Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximação da morte. Pai do Paraíso eterno dirigente das gerações. Gentilmente alivia o fardo de meus amigos. Dê-me o poder de manifestar a abundância. Revela o mistério da abundância. Pai do bosque sagrado, dono de todas as benções que aumentam minha sabedoria. Eu me faço como as Roupas Brancas. Protetor das roupas brancas eu o saúdo. Pai do Bosque Sagrado.

Que o Grande Òrìsà, Senhor da sola dos pés, guie-nos aos benefícios da riqueza! Aqui é a porta do Céu, nela pode-se entrar de dia e de noite. Nela não há frio, e também não há calor. Aqui, na porta do Céu, nada é segredo. E nela todas as coisas permanecerão claras diante da luz de Deus. Que o destino não nos faça usar remédios. Que as pessoas adorem de joelhos as coisas do Céu, para encontrar coisas boas na Terra. Que as coisas boas sejam sempre encontradas na Terra.




Oríkì fún Òrúnmìlà

Òrúnmìlà Ajana Ifa Olokun A Soro Dayo Eleri Ipin Ibikeji Eledunmare Òrúnmìlà Akere Finu Sogban A Gbaye Gborun Olore Mi Ajiki Okitibiri Ti Npa Ojo Iku Da Opitan Ife Òrúnmìlà O Jire Loni Tide Tide Òrúnmìlà O Jire Loni Bi Olota Ti Ni Nile Aro Ka Mo E Ka La Ka Mo E Ka Ma Tete Ku Okunrin Dudu Oke Igbeti Òrúnmìlà O Jire O Ifa Iwo Ni Ara Iwaju Ifa Iwo Ni Ero Ikehin Ara Iwaju Naa Lo Ko Ero Ikehin L'ogbon Ifa Pele O Okunrin Agbonmiregun Oluwo Agbaye Ifa A Mo Oni Mo Ola A Ri Ihin Ri Ohun Bi Oba Edumare Òrúnmìlà Tii Mo Oyun Inu Igbin Ifa Pele O, Erigi A Bo La Ifa Pele O, Okunrin Dudu Oke Igbeti Ifa Pele O, Meretelu Nibi Ti Ojumo Rere Ti Nmo Wa Ifa Pele O, Omo Enire Iwo Ni Eni Nla Mi Olooto Aye Ifa Pele O, Omo Enire Ti Nmu Ara Ogidan Le Oyin Tori Omo Ro O Sa Wo Inu Koko Igi Ede Firifiri Tori Omo Re O Sa Gun Oke Aja Òrúnmìlà Ti Ori Mi Fo Ire Òrúnmìlà Ta Mi Lore A Gbeni Bi Ori Eni A Je Ju Oogun Lo Ifa O Jire Loni O Ojumo Rere Ni O Mo Ojo Ifá Ojumo Ti O Mo Yi Je Ki O San Mi S'owo Je Ki O San Mi S'omo Ojumo Ti O Mo Yii Je O San Mi Si Aiku Òrúnmìlà Iba O O


Oríkì para Òrúnmìlà

O Testemunho Do Destino O Vice Do Pré-Existente Òrúnmìlà, Homem Pequeno, Que Usa O Próprio Interior Como Fonte De Sabedoria Que Vive No Mundo Visível E No Invisível O Meu Benfeitor, A Ser Louvado Pela Manhã O Poderoso Que Protela O Dia Da Morte O Historiador Da Cidade De Ife Òrúnmìlà, Você Acordou Bem Hoje? Com Ide Òrúnmìlà, Você Acordou Bem Hoje? Da Mesma Forma Que Olota Acorda Na Casa De Aro Assim Louvo Suas Origens Em Ado Quem O Conhece Está Salvo Quem O Conhece Não Sofrerá Morte Prematura O Homem Baixo Do Morro Igbeti Òrúnmìlà, Você Acordou Bem? Ifa, Você É A Pessoa De Frente Ifá, Você É A Pessoa De Trás É Quem Vai Na Frente Que Ensina A Sabedoria Aos Que Vem Atrás Ifá, Saudações O Homem Chamado Agbonmiregun Oluwo Do Universo Ifá, Que Sabe Sobre O Hoje E O Amanhã Que Ve Tudo, Que Está Aqui E Acolá Como Rei Imortal (Edunmaree) Òrúnmìlà, Graças A Seus Muitos Conhecimentos, É Você Quem Sabe A Respeito Da Gestação Do Igbin Ifa, Saudações! Erigi A Bo La, Que Ao Ser Venerado, Traz A Sorte Saudações A Ti, Homem Baixo Do Morro Igbeti Ifa, Saudações A Ti, Meretelu De Onde Vem O Sol. De Onde Vem O Melhor Dia Para A Humanidade Ifá, Saudações! Você É O Meu Grande Protetor Aquele Que Diz Aos Homens A Verdade Ifá, Saudações A Ti, Enire! Que Faz Forte O Corpo A Abelha, Por Seu Filho, Correu Para Dentro Da Colmeia O Esperto Rato Ede, Por Seu Filhote, Subiu Ao Forro Da Casa Òrúnmìlà, Fale Bem Através Do Meu Orí Òrúnmìlà, Me Abençoe Você, Que Como O Ori De Uma Pessoa, Assim A Apoia Cuja Fala É Mais Eficiente Do Que A Magia Você, Que Sabe O Que Acontecerá Hoje E Amanhã Oh Ifá, Você Acordou Bem Hoje? Vem O Dia Com Bom Sol Ifá, Neste Dia Que Surgiu Favoreça-me Com Prosperidade Favoreça-me Com Fertilidade Que Este Dia Me Seja Favorável Em Saúde E Bem Estar Que Este Dia Me Seja Favorável Em Longevidade



Orìkí fún Ibeji

B'eji B'eji're
B'eji B'eji'la
B'eji B'ejiwo
Ìba omo ire
Àse

Orìkí para Ibeji


Dar a luz aos gêmeos traz fortuna boa
Dar a luz aos gêmeos traz abundância
Dar a luz aos gêmeos traz dinheiro
Elogiar as crianças das coisas boas
Axé



Oríkì fún Yemonjá

Igberi de Ogun Asaba

Ogun yakun ela esan

Olimo

Ogun iya kere Oniro

Asesu

Ogun onyon de Ayifo

Opeki de Ofiki

Ibu gba nyanri

Alaro de Ibu

Olosun

Ogaga Yeye





Oríkì para Yemonjá



Ogun Asaba (rio)

Rio de Ogun em nove partes

Dono da folha de palma

Rio de Ogun, mãe pequena de Oniro,

Asesu

(Um caminho de Yemoja)

Ogun Ayifo Rio que tem peitos

Fluxo que leva areia

Fluxo índigo

Barcos fluem

Mãe Ogaga



Oríkì fún Yemonjá

Yemoja atara magba

(Elogie nome)

Ayaba ti gbe ibu omi

Rainha que vive nas profundidades da água

Yemoja igbe di oju ona

Yemoja alisa arbusto em caminho-superfícies

Yemoja em je oti pagogo oju akagba

Yemoja se inclina em na beira-mar, enquanto tomando um gole de efervescência

Um gbo ni se oba ma kase

Ela espera sentado, até mesmo na presença de um rei.

Yemoja um wo'lu de iji de lobi

Elevações de Yemoja, remoinho quando tornado entra no país;

Um pekoro yi ilu kaa

Ela muda a cidade

Awoyo, Awoyo je'le je l'odo,

Awoyo, Yemoja come na casa como também no rio

Iya olo oyon oruba

Mãe de peitos chorões

Ela cultivou uma moita sobre o negócio privado dela

Obo de Abi ni orun bi egbe isu divertido

E está apertado como um inhame secado

Onilaiye de Okun um bi de enia de san

Rainha fundo-inchando do mundo, ela cura como medicamento;

Olokun de Arugbo

Dono de mulher mais velho do mar

Fere obirin aji fon ni lara oba

Flauta-menina que toca para o despertar de reis

Obirin pepe li gba eni gbe ilekile

Mulher que suavemente agüenta o nadador para descansar em algum lugar

Ko je dahun ni ile

Ela não deseja responder em terra

Oju omi ni je ni koro

Ela fez isto depressa à superfície da água





ISURE ÒRÌSÀ ÈSÙ

IBA ÈSÙ LA ALU

ÈSÙ, ÒGÁ ONIILU

ATÓBÁJAÍYE, ELESO ÒGÚN

OTÍLÍ LÓÒGÚN,

ALÁGADA ÉYÉ,

OROKO-NI-OJO-EBO-LE,

ÈSÙ TÁBIRÍGBONGBON,

ABÓNIJÀWÁ-KUMO,

ÈSÙ, OLAFE, ASENI-BÁNI DÁRÒ,

ÈSÙ, IWO LO SE BABALAWO,

OJÓ MÉTÀDÍNLÓGÚN LÓ GBÉ ÓDÒ OYA,

ÈSÙ, MA SE MI, OMO ÉLÈMIRÀN NI O SE,

ÈSÙ, MA SE MI LU ENÌA, MA SE ENIA LUMI,

ÈSÙ, KI NKAN MA SE OMO MI,

ÈSÙ, KI NKAN MA SE AWON ARA ILE MI,

MA JEKI A RI ÌJÀ RE,

ÌWO LO SE OBA TÌ WON TI YO LÓYE,

ÌWO LO SE IYAWO, TI O FI KO OKO RE SILE,

ÈSÙ MA SE MI, OMO ÉLÒMÍRÀN NI O SE.

ÌWO LO SE ENIA TO FI BINU SOKU,

ÌWO LO SE ENIA TO DI KO SÓDÒ,

ÈSÙ MA SE MI, OMO ÉLÒMÍRÀN NI O SE.

ÌBÙKÚN PUPO NI EMI FE LODO RE.

ÈSÙ, ÌWO NI ILERA,

ABO, IGBEGA, IRE, ÒRÒ BEM LÓWO RE,

JÒWÓ KI O WA FUN MI NI NKAN WONYI.

ÈSÙ ELEGBARA, GBO MI KÌÁKÌA.

ÈSÙ MA SE MI, OMO ÉLÒMÍRÀN NI KI O SE.

ASE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ASE.

Èsù eu te saúdo.

Èsú homem forte na cidade, pessoa suficiente para ficar no lado em toda a vida.

Pessoa que tem frutas medicinais.

Você que monta cavalo de banheiro para entrar no quarto, você que tem medicina forte.

Você é uma pessoa que vai embora quando o sacrifício ficou estragado.

Você que acha um bastão para aquele que briga.

Èsù, o apitador que dá danos na gente, ainda simpatiza conosco.

Èsù, você quem provocou Babaláwo e fez ele ficar na casa de Oya por dezessete dias.

Èsù, não me faça mal no filho do outro.

Èsù, não me provoca contra qualquer pessoa e não provoca as pessoas contra mim.

Èsù, para nada acontecer para os meus filhos.

Èsù, para nada acontecer para minha família.

Não deixa ver a sua raiva, você quem provocou o rei para sair do trono.

Você quem provocou a esposa a deixar seu marido.

Èsù não faça mal, faça mal no filho do outro.

Eu quero prosperidade de você, Èsù, você que é o dono de saúde, proteção,

Promoção, bondade e prosperidade, por favor, me dê tudo isto.

Èsù Elegbara (Senhor do poder), me ouve depressa, Èsù, não me faça mal, faz mal nos filhos dos outros.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.





ISURE ÒRÌSÀ ÒGÚN

IBO ÒGÚN LAKAYE OSIMOLE

ÒGÚN PELO O,

EDUN OLÓ IRÌN,

ÒGÚN OKUNRIN ÒGÚN.

ENII TI SOMO ENÌA DOLÓLÁ,

GBÍGBÉ NI O GBE MI BI O TI GBE AKINORO TI O LI KOLE OLA FUN,

ÒGÚN A WOO ALAKAIYE, OSIN IMOLE,

EGBE LEHIN ENI ANDA LORO.

ÒGÚN GBE MI O,

ÒGÚN MA PAMI, OMO ÉLÒMÍRÀN NI K O PA.

ÒGÚN, EMI BERU RE

ÒGÚN SO MI DI OLOWO, SOMI DI OLORO,

LA ONA IRE FUN MI, ONA ANU ATI ONA ORO,

IWO NI OLONA OLA,

TORIBE KI O WA LA ONA OLA FUN MI.

KI O SI MAA DA ABO RE BOMI TITI LAI.

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE

Ògún, eu te saúdo.

Dono da matéria de ferro,

Ògún da guerra,

Você que torna as pessoas sejam ricas,

Ògún me enriqueça como você enriqueceu Akinoro e fez ele um homem eminente,

Ògún, o homem forte do mundo, o maior no mundo,

Você que é protetor daqueles que são feridos.

Ògún, eu tenho medo de você,

Ògún me torna rico, me torna próspero,

Favor Ògún, abre o caminho de bondade, ajuda e da prosperidade,

Você é o dono das riquezas,

Assim, me abre o caminho da prosperidade.

Para que você me proteja para sempre.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.



ISURE ÒRÌSÀ ÒSÓÒSÌ

IBA ODELADE ÒSÓÒSÌ

ODE AMOJI ELERE,

OTITI, AMI-ILU-WO-BI OJO,

ARI-SOKOTO-PENPE-GBON-ENI OLA IKIRE.

BO BA GBO, MA DA MIRAN SI.

ALAJA, AMU OWEMU-OBO,

BABA MI FIKIFIKI EKUN, AKO ORU,

ONILE IKU, MAA JE KI NRI O,

ASINDELE LAA SINMO ENI,

JOWO DABO BO MI,

MAA JEKI OMO WON MI

MAA JEKI OMO WON MI

WA FUN MI NI ALAFIA,

EMI BE O, WA SO IBANUJE MI DAYO,

FUN MI NI ABO RE TO NI

WA SOMI DI OLORO.

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE

Òsóòsì eu te saúdo.

Ode Amoji Elere,

Pessoa forte que sacode a cidade,

Pessoa que veste bermuda nas estradas molhadas da cidade do Ikire,

Se forem rasgadas, ele tem outras,

Odé que tem cachorros que matam owe (um animal) e os macacos,

Meu pai, o forte leopardo, que não tem medo de madrugada,

Você que guarda morte em casa, favor não me deixe ver você de mau humor,

Você que proteja seus filhos,

Favor me proteja,

Não deixa faltar filhos,

Me dê a paz,

Eu te peço, torna minha tristeza em alegria,

Me dê a sua forte proteção e que torne próspero.

Axé do Deus Supremo

Benção do Deus Supremo.



ISURE ÒRÌSÀ OSONYIN

IBA OSONYIN

ESINSIN ABEDO KINNIKINNI,

AKEPE NIGBA ORAN,

ELESE KAN JU ELESE MEJI,

EWE GBOGBO KIKI OOGUN,

EWE A JE, OOGUN A JE FUN MI

LONI EMI FE IRE RE,

OSONYIN JOWO FUN MI NIRE,

FUN MI NI OLA,

WA WO MI SAN,

KI O SI FUN MI NI AABO.

ORO ATI ALAFIA.

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Òsónyìn eu te saúdo.

Pessoa que tem fígado e come cristal,

Pessoa que a gente chama nas dificuldades,

Pessoa de uma só perna, e que é mais forte do que aqueles com duas pernas,

Para você todas as folhas são medicinais,

As folhas vão funcionar para mim,

Hoje eu quero a sua bondade,

Me dê a honra,

Venha me curar,

Para que você me dê proteção, prosperidade e paz.

Axé do Senhor Supremo

Benção do Senhor Supremo.



ISURE ÒRÌSÀ ÒBÁLUÀIYÉ

IBA OBA OLUWAIYE

FARÌORO, ONI-WOWO-ADO, ARUNMOLOOFUN DANU,

AJE-IGBA-OOGUN MAKUU,

OBA EMITOTO, OBA EMILARE,

OBA EMITOTO LAAPE IFÁ

OBA EMILARE LAAPE ODU,

IWO OBALUWAIYE, IWO LO FI AWON ORISA MOKANLENIRUNGBA TI

BEM LODE ISALAYE JE OYE

WA FI EMI NAA JOYE LODE AIYE ISALAYE,

KI NRI JE, KI NRI UM

IDAKUDA NI KOO MA LO DA AWON OTA MI,

MAA JEKI NRI IKU, MA JEKI NRI ARUN,

MAA JEKI NRIKI OMO, IKU AYA, IKU OKO,

AGAN TI O RI BI FUN LOMO

KI ABOYUN BI TIBI TIRE,

KI OPO ILE KIRI MOLE,

OBALUWAIYE, JEKI MBIMO, KI O TO DI ODUN TO MBO,

TO BA FUN MI LOMO ATI OWO, EMI O FUN O NI EWURE.

OBALUWAIYE, FUN MI NI ALAFIA,

FUN MI NI ILOSIWAJU ATI IRE RE,

ALUJOGUN GBA MI

JOWO WO MI SAN,

MA JEKI NRI IJA RE,

KI NKAN MA SE MI.

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Eu te saúdo Obálùaiyé.

Farìoro, você que tem muitas cabaças pequenas cheias de medicinas e pessoa quem faz medicina das pessoas ineficaz

Você que come veneno que não tem efeito sobre você,

O deus de Emitoto, deus de Emilare,

O deus de Emitoto é o nome dado ao Ifá,

O deus de Emilare é o nome dado ao Odù,

Você, Obálùaiyé quem coroa todos os duzentos e um òrìsàs que residem no mundo,

Favor, me coroa também neste mundo,

Forneça-me todos os materiais de bem-estar,

Cria confusões com os meus inimigos,

Me proteja da morte e doenças,

Proteja meus filhos,esposa, marido da morte

Dá filhos para àquelas que ainda não tem

Faz que aquelas grávidas Ter seus partos sem problemas,

Não deixe o espírito do mau entrar na minha casa

Obàlúaiyé, faz que eu tenha filho antes do final do próximo ano,

Se você me der filho e dinheiro, matarei a cabra para agradar.

Obàlúaiyé, me dê a paz,

Me dê progresso e bondade.

Alujogun, me salva,

Favor me curar de qualquer que pode me afligir,

Não deixe me ver sua raiva, e que nada aconteça comigo.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.





ISURE ÒRÌSÀ SÒNGÓ

IBA OLUKOSO LALU

ALAAFIN, KINÍUN BU, A AS,

ELEYÍNJU OGUNNA,

OLUKOSO LALU

A RI IGBA OTA, SEGUN,

EYITI O FI ALAPA SEGUN OTA RE,

KABIYESU,

ASANGUN DEYINJUM

ONIGBEE A NSURE FUN,

ALEDUN-LABAJA,

ASA-NLANLA-ORI-PAMO,

ABA-WON-JÁ-MÁ-JEBI

A LAPA-DUPE

OBAKOSO, MA JEKI NRI IBANUJE,

JOWO MA LU MI PELU OSE RE,

MA JEKI NRI AISAN,

OKO ABEGBE (OSUN),

BA MI SEGUN OTA MI,

AWON OTA MI KO NI ROJU SOJU,

SÒNGÓ, MA PAMI, MA PA ENIA SI MI LORUN,

AKOGBONNA KALU, MAA BA MI JÁ,

MA JEKI NRI IJA RE,

MA JEKI NDARAN IJOBA,

MA JEKI NRI EJO,

MA JEKI ODO O GBE MI LO,

MA JEKI NKU IKU INA,

MA JEKI ÀRÁ PA MI,

MA JEKI OWO ÍKA O TE MI.

BAMA SEGUN OTA MI,

BAMI SEGUN OTA MI,

MA JEKI NRIN FE SE SI,

MA JEKI NSORO FENU KO.

OBAKOSO PESE OWO PUPO FUN EMI OMO RE,

ONIBON ORUN, JOWO PUPO FUN EMI OMO RE,

ONIBON ORUN, JOWO MAA WA PELU MI TITI TI.

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Sòngó eu te saúdo.

Alaafin que ruge como leão e as pessoas fogem,

Pessoa cujos olhos brilham como tigrem

Olukoso, da cidade.

Você que usa centelhas de cartuchos para vencer seus inimigos na guerra,

Você usou pedaços de parede para destruir seus inimigos,

Kabiyesi (eu honro você)

Pessoa que é forte até nos olhos,

Dono de matagal de quem as pessoas tem que fugir,

Pessoa que suas marcas faciais são nítidas como trovão,

Você que tem controle sobre as cabeças das pessoas importantes,

Pessoa que briga com as pessoas e ainda fica inocente,

Pessoa que mata e a família da vitima ainda agradece,

Obakoso não deixe me Ter tristeza,

Favor não me bata com seu Oxé,

Não me deixe ficar doente,

Marido de Agbegbe (Òsun), me ajude a derrotar meus inimigos,

Meus inimigos nunca vão Ter paz,

Sòngó não me mate e não me provoca a matar outras pessoas,

Pessoa que causa confusões na cidade, não fique com raiva comigo,

Não me deixe ver a sua briga,

Não me deixe fazer qualquer coisa contra a lei,

Me poupa de casos de justiça,

Me proteja de afogamento,

Me proteja da morte de fogo,

Não me deixe morrer de raio,

Me proteja das pessoas mas.

Me ajuda a derrotar os meus inimigos,

Me ajuda a proteger meus filhos,

Seja o guia dos meus passos,

Não me deixa cometer as ofensas através das palavras da minha boca.

Obakoso, dê muito dinheiro para mim, seu filho,

Dono da trovoada no céu, favor fique no meu lado sempre.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.



ISURE ÒRÌSÀ ÒSUN

IBA ÒSUN

ORE YEYE O

ÒSUN IWO WE OMO YE,

OMI, ARIN-MA-SUN,

YEYE WEMO YE GBOMO FUN MI JO,

AYILA, GBA MI O, ENI

A NI NII GBA NI,

MO PE O SOWO, MO PE O SOMO,

MO PE O SI AIKU, EMI, FE IYE, ATI ORO,

ENITI NWA OMO KO FUN LOMO,

OMO DARADARA NI KI O FUN WON,

ÒSUN, TO MI SI ONA ORO ATI ALAFIA,

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE

Òsun eu te saúdo

Òsun, você é cheio de idéias,

Pessoa que nada consegue destruir,

Pessoa que faz as coisas sem que seja questionada,

Você que não cansa de usar bronze ornamentais,

Mulher forte que nunca seja atacada,

Pessoa que sentou em cima da cesta na profundeza do rio,

Ore yeye (mãe graciosa)

Ore yeye imole (mão graciosa òrìsà),

Você que acalma as crianças com o seu bronze ornamental,

Você que tem trono calmo,

Mãe graciosa, a rainha do rio,

Mãe graciosa,

Òsun me proteja e meu filho com o banho,

Você que dá vidas às crianças, me dê filhos para mim cuidar,

Ayila (Òsun) me proteja, eu espero salvação de você,

Eu te chamo para Ter dinheiro e filho,

Eu te chamo para não morrer, mas para Ter a vida e prosperidade.

Dá filhos para quem precisa Ter,

Dá eles filhos saudáveis,

Òsun, me caminhe para o caminho da prosperidade e a paz.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.



ISURE ÒRÌSÀ OYA

IBA OYA

AYABA OBAKOSO,

ODO KUN KO KUN, KO SI

ENITI OYA KO LE GBE LO,

MAA JEKI ODO GBE MI LO,

MAA JEKI NKU IKU INA,

IYA MI BOROKINNI,

JOWO EMI NFE ORO LATI

ODO RE,

EMI NFE ALAFIA,

EMI NFE ILERA,

EMI NFE ILOSIWAÚU,

IYAWO ONIBON-ORUN, JOWO SOMI DI OLORO.

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Oya eu te saúdo.

Esposa do Obakoso (Sòngó).

O rio enche ou não, não há ninguém que Oya não leve,

Não deixe o rio me levar.

Não me deixe morrer afogado,

Não me deixe morrer no fogo,

Minha mãe é bonita,

Eu quero prosperidade de você,

Eu quero paz,

Eu quero saúde,

Eu quero progresso,

Esposa de dono da trovoada no céu (Sòngó),

Favor, faça-me rico.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.



ISURE ÒRÌSÀ YEMONJÁ

IBA YEYE OMO EJA

YEMONJA OOO,

WA GBO EBE MI,

IWO TI NFUN ENITI NWA OMO NI OMO,

JOWO MO PE O, FUN MI NI OMO,

SO MI DI OLORO,

YOMONJÁ, YEYE AWON EJA,

FI ABO RE BO MI,

KI IKU ATI ARUN MA WOLE

TO MI WA.

IYA MI, JOWO SO EKUN MI DAYO

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Yemonjá eu te saúdo

Ouça meu clamor,

Você quem dará filhos para quem quer,

Por favor me dê filhos,

Me torna próspero,

Yemonjá, mãe dos peixes me proteja com a sua proteção,

Para que a morte e doenças não entre na minha casa.

Minha mãe, favor torne os meus choros e sofrimentos em alegrias.

Axé do Senhor Supremo

Benção do Senhor Supremo.



ISURE ÒRÌSÀ IBEJÌ

IBA ÒRÌSÀ

ÒRÌSÀ IBEJÌ

DAKUN DABO, MA JEKI A RI IKU OMODE,

MA JEKI A RI IKU AGBA,

ENITI O BI, MAA JEKI O SOKUN,

MAA JEKI A KU IKU AIROTELE,

FUN MI LOWO LATI SE NKAN GBOGBO,

IWO TI O SO ALAKISA DI ALASO, JOWO SO AKISA MI DI ASO,

IWO TO TI ESSE MEJEJI BE SILE ALAKISA, JOWO BE SILE MI,

ÒRÌSÀ IBEJÌ, PELE O,

EJIRE ARA ISOKUN,

JOWO SO MI DI OLORO.

ÀSE ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Òrìsà de Ibejì eu te saúdo.

Favor, não deixe acontecer as mortes das crianças,

Não deixe acontecer a morte dos adultos,

Quem tem para não chorar.

Não deixe acontecer a morte imprevista,

Me dê dinheiro para minhas necessidades.

Você que torna pobre o rico favor me torne rico.

Você que entrou na casa do pobre, favor entre na minha casa,

Òrìsà Ibejì, eu te saúdo,

Ejire de Isokun,

Favor tornar-me próspero.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.



ISURE EGUNGUN

IBA EGUNGUN ILE

ILE MOPE O O,

AKISALE MO PE O O,

ETIGBURE MO PE O O,

ASA MO PE O O,

ETI WERE NI TI EKUTE ILE,

ASUNMAPARADA NI TIGI AJA

EMI OMO RE NI MO PE O,

JEKI NWA LAAYE,

MAA JEKI NKU,

MAA JEKI NRI IJA IGBONA,

MAA JEKI NRI IJA ÒGÚN,

JOWO WA JEMI LONI,

KI O FIRE FUN MI

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Egungun eu te saúdo.

Terra te chamo,

Akisale eu te chamo,

Etigbure eu te chamo,

Asa eu te chamo,

Rato de casa sempre alerta,

Asunmaparada (uma espécie de animal) nunca seu lugar,

Eu seu filho, esta chamando,

Deixa me viver,

Não me deixa morrer,

Me proteja da fúria de Ògún,

Ouça meu clamor

Para você me dar bondade.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.



ISURE ÒRÌSÀ ÒRUNMILA

IBA ORUNMILA

ÒRUNMILA IBA O O,

ORUNMILA, ELERI IPIN, AJEJU OOGUN,

ADUNDUN LAWO,

IFÁ MO PE, ELA MO PE,

IFÁ, SOWO DEERE GBOBI RE,

IYEROSUN NI ORUNMILA NJE,

EKU MEKI, EJA MEJI NINU OBE RE,

IFÁ FUN WA LOMO SI,

JEKI A LÓWÓ LÓWÓ, KI A BIMO O,

KI ILE WA YIÍ, KI ATUN KI DAADAA,

ORUN LO MO ENITI YIO LA,

A SE AIYE, SE ORUN,

ELEERIN IIPIN, AJE-JU-OOGUN,

IWO LALAWOYE O,

BAMI WO OMO TEMI YE,

AJE, WOLE MI, OLA JOKO TIMI,

ORUNMILA O WA TO GEE,

KI O MOWO IWARA MI KO MI,

ORUNMILA IFÁ OLOKUN, ASORAN DAYO,

OLOORE AIKU JE JOOGUN,

IREE MI GBOGBO NI WARA,

NI WARA.

ÀSE ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.



Òrúnmìlà eu te saúdo.

Òrúnmìlà, testemunho do destino, que tem mais eficácia do que medicina,

Pessoa de pele limpa,

Ifá eu te chamo, Ela eu te chamo,

Ifá abre as suas mãos para aceitar meu obí de oferenda.

Òrúnmìlà, você como Iyerosun, Dois ratos, dois peixes na sua sopa,

Ifá deixa prosperarmos mais filhos,

Deixa reconstruirmos nossas casas da melhor maneira.

Só o céu quem sabe quem será salvo,

Pessoa que vive no universo e no Céu,

Pessoa que é testemunha do destino e Pessoa que é mais eficácia do que a medicina,

Só você quem pode dar a vida para as pessoas;

Dê vida aos meus filhos,

Prosperidade entra na minha casa, honra senta comigo,

Òrúnmìlà, é hora de você me dar riqueza,

Òrúnmìlà Ifá, o dono do mar, que desvia fortuna para a alegria,

Traga todas as minhas fortunas depressa.

Axé do Senhor Supremo

Benção do Senhor Supremo.



ISURE ÒRÌSÀNLA

IBA ÒRÌSÀ-NLÁ OSEREMAGBO

ÒRÌSÀ-NLA, ÒRÌSÀ-NIA, OBA PATAPATA

TU BA WON GBE NI ODE IRANJE,

ÒRÌSÀ-NLA, OGIRIGBANIGBO, ALAYE TI WON

OBOMO-BORO-KALE,

AYINMO-NIKIE, ADA-WON-LARO,

ÒRÌSÀ-NLA, ÒRÌSÀ-NLA,

ÒRÌSÀ ALASE,

IGAN BABA OYIN,

ORERE YELU AGAN WO,

ATU-WON-JÁ-NIBITI-WON-LARO

JAGUNJAGUN, OFIWA-IJA-WODO,

O JAGUNJAGUN FIGBON WODO,

ABOJU-BONIGBESE-LERU,

ABISOKOTO-GBOSU-MEFA-NILE ALARO,

ARO-GBAJAGBAJA-KO-LONA,

ABUDI OLUKANBE,

ÒRÌSÀ-NLA JOKO GBA MI,

ÒRÌSÀ-NLA ENI A NI NI GBA NI, EMI KO MO NKAN,

ÒRÌSÀN-LA, JOWO SO MI DI ENI IYI,

ÒRÌSÀ-NLA, MA FI OWO PON MI,

ÒRÌSÀ-NLA, NA FI OMO PON MI LOJU,

JOWO MA FI AISAN SE MI.

MAA FI OWO PON MI LOJU,

ÒRÌSÀ-NLA, MA FI IRE GBOGBO PON MI LOJU,

GBO IGBE MI.

ÀSE TI ELEDUNMARE.

ELEDUNMARE ÀSE.

Oxalá eu te saúdo

Oxalá, Oxalá, um rei feroz aos; Òrìsàs, Oxalá que mora com os outros na cidade de Ode Iranje,

Oxalá, o maior e que tem o mundo e todos universos sob Ele,

Senhor que tira pele das pessoas,

Senhor que criou as pessoas corcundas e os paralíticos,

Oxalá, Oxalá, Òrìsà com autoridade,

Você é precioso como mel puro,

Òrìsà que dá filhos aos que não tem,

Senhor dispersa as pessoas onde eles estão tramando as maldades,

O senhor dócil,

Pessoa que quebra os braços das pessoas e cria os paralíticos,

Òrìsà Ogiyan, um guerreiro de respeito.

Você que brigou na guerra e entrou no rio para lançar os bastões nos inimigos,

Você que é Deus com a força inesgotável,

Você que arrasta seus inimigos com a corda para dentro do rio,

Você que seu rosto aterroriza um devedor,

Pessoa que é o maciço como um elefante,

Oxalá, pôr favor me salva,

Oxalá, pois não sei como eu posso me salvar,

Oxalá, por favor me faz um ser honrado,

Oxalá, não me faça sofrer com dinheiro,

Oxalá, não me faça sofrer com filhos,

Favor, não me faça sofrer com doenças,

Não me faça sofrer com a prosperidade,

Oxalá, não me faça sofrer com todas as coisas boas,

Ouça meu clamor.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor supremo.

DIFERENÇAS ENTRE CANDOMBLÉ E UMBANDA

DIFERENÇAS ENTRE CANDOMBLÉ E UMBANDA


O brasileiro é um povo pacífico e crédulo, tem muita fé, é um povo religioso, não é difícil enganar pessoas tão ingênuas...(Este é meu ponto de vista).

A visão que tenho é bem clara...:

Existe uma barafunda geral, na cabeça das pessoas com relação a religião, cada um faz a sua como bem quer ou como bem entende que deva fazer (a tal da verdade absoluta) o que o guia do babá ou da babá de terreiro disser, é que é o certo e pronto. (???)

Se em cada esquina tiver um centro de umbanda, e formos perguntar como funciona, vamos verificar que cada um funciona de acordo com a cabeça do dono da casa, e não de acordo com o que dita as regras gerais do que deva ser um centro de umbanda.

A primeira diferença entre candomblé e umbanda:

O candomblé é uma religião iniciática, que apesar de bem deturpada, tem seus fundamentos nas religiões tribais africanas (milenares) trazidas pelos escravos para o Brasil. E com eles vieram os orixás africanos, todos negros, sem mistura de credo, pois não conheciam as religiões católica e espírita nem de longe (os escravos).

A umbanda foi criada por volta de 1900, não se sabe exatamente a data, no Rio de Janeiro, onde o primeiro babá de terreiro criou as regras, ou foram ditas por seus guias, assim foi criada a umbanda, que hoje, já não se sabe mais o que é realidade ou fruto de imaginação.

A mistura é tão grande, e a imaginação de cada um vai tão longe, que foram criando falanges e mais falanges que não se entende mais nada, nem os próprios umbandistas sabem dar certas explicações. A umbanda começou com os caboclos (espíritos de índios brasileiros) e pretos velhos (espíritos dos escravos), depois foram aparecendo novas entidades como ciganos, indianos, já tem gente incorporando Cleópatra, Messalina, Afrodite, Lampião, etc... dá prá acreditar? :-)

E os que dizem incorporar Lúcifer, Belzebu e outros, não que eu queira ser a dona da verdade, que não sou mesmo... mas haja imaginação hein? :-)

Freqüentei umbanda durante 9 anos, respeito a umbanda séria e acredito nos guias de umbanda, (pois os que conheci mereciam respeito), mas aprendi a separar mistificação, de entidades de verdade, pois acredito que o maior problema da umbanda seja esse, as pessoas não saberem distinguir um do outro.

Na minha opinião, toda religião é boa, desde que não seja usada para ludibriar as pessoas ingênuas e crédulas. Toda pessoa precisa acreditar em alguma coisa, ter fé, mas também precisa ter o bom senso de desconfiar de vez em quando, nem tudo o que vemos e ouvimos é o que parece ser.

Independente das religiões, o ser humano é dotado, uns mais outros menos, de poderes paranormais ou seja vidência, audiência, telepatia, telecinese e outros, até poder de cura através das mãos, (que a pessoa já nasce com eles sem fazer parte de nenhuma religião, muitos morreram nas fogueiras por terem tais poderes, eram chamados de bruxos, na idade média), que infelizmente são usados através de religiões, com finalidades nem sempre honestas.

Segunda diferença entre candomblé e umbanda:

Antigamente na religião africana, existia uma separação entre o culto de Egun e o culto de orixá, era bem definido e os locais de culto eram independentes e separados. Exemplo disso, podemos ver nas casas de candomblé da Bahia (casas de Ketu tradicional), onde se cultua orixá, (tem apenas um quarto onde são homenageados os eguns dos filhos da casa que já morreram), os Eguns dos pais de santo, são cultuados em outras casas, as mais conhecidas estão na Ilha de Itaparica.

Também acho uma discriminação, mulher quando morre não é egun, é alma, sendo cultuadas em outras casas.

Nessas casas onde são cultuados os babá Egun, também é feita uma separação bem definida, quando um babá Egun está dançando no barracão e vira um orixá de alguém que esteja assistindo, em respeito ao orixá, esse babá Egun se retira da sala e só volta quando o orixá tiver ido embora. No candomblé, o único motivo de se usar contra-egun, é para que um egun não incorpore em uma pessoa iniciada para o orixá.

A coisa tá tão complicada de se entender, que a maioria das babás de terreiro usam como símbolo de cargo um mocan no pescoço, isso quando não usam senzala de búzios e contra-egun também, feitos de palha da costa, usado no candomblé exatamente para que eguns não se apoderem das pessoas.

A conclusão que eu cheguei é a seguinte:

A umbanda não é iniciática, portanto não tem feitura de orixá.

As entidades que incorporam na umbanda não são orixás, são guias.

Nem tudo que vemos incorporado na umbanda são guias, pode ser fruto da imaginação muito fértil de algumas pessoas (com exceções).

No candomblé tem gente feita de santo que continua virando com guias de umbanda, isso não é novidade, é até muito freqüente de se ver. (vide texto anexo do Prof. Reginaldo Prandi).

Mas dizer que foi feito de um orixá na umbanda, prá mim é novidade... a não ser que o pai de santo tenha sido feito, mas aí a casa deixa de ser umbanda e passa a ser de candomblé e que também toca umbanda.

Peço desculpas, aos umbandistas, não quis com isso ofender ninguém, apenas tentei colocar como vejo a situação da umbanda e do candomblé nos dias de hoje, e peço que as pessoas leiam mais e procurem se orientar melhor, não estou querendo dizer com isso, que o candomblé seja a religião perfeita, porque não é mesmo, tem muitas falhas principalmente por deturpação de muitos pais e mães de santo.

Nos candomblés bantus tradicionalmente sempre existiu a presença do caboclo, mas é um caboclo diferente do que incorpora na umbanda, não dá prá confundir são totalmente diferentes.

Com isso quero dizer que existem umbandas sérias e candomblés sérios, mas que precisam ser distinguidos.

E esse é o X da questão.

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