s.m. Em Angola, adivinho ou médico indígena de Benguela.
*
Bras. Pai de terreiro do culto banto, ao mesmo tempo médico, feiticeiro e adivinho.
*
S.f. Bras. Terreiro em que se pratica macumba.
*
Seita religiosa brasileira de origem africana. No Brasil, tomou o significado de magia negra, em oposição à umbanda, que representa as forças da magia branca.
Na estrutura interna, a quimbanda e a umbanda são muito parecidas, sendo que a quimbanda conservou o aspecto mais original da religião africana e voltou-se mais para os mitos de terror dos folclores pagão e ameríndio. A quimbanda também não procurou adaptar-se à mitologia do catolicismo, como o candomblé.
A natureza específica da quimbanda é muito ambígua, pois há casos de prática de quimbanda em terreiros de umbanda, por pequenos grupos.
http://win2nt239.digiweb.com.br/cgi-bin/delta.exe/dicionario/verbete?ID=172677
REGISTRA A GRAMÁTICA DE KIBUNGO, DO PROFESSOR JOSÉ L. QUINTÃO, PÁGINA 107:
* UMBANDA ARTE DE CURAR
* QUIMBANDA QUER DIZER O CURANDEIRO.
VAMOS OBSERVAR TAMBÉM AS VÁRIAS DEFINIÇÕES DE QUIMBANDA OU KIMBANDA.
QUIMBANDA TEM SUA FONTE DE ORIGEM NO QUIMBUNDO. QUE É UMA MISTURA DE DIALETOS AFRICANOS, CRIADO PELO GOVERNO PARA SER ENSINADO NAS ESCOLAS DAS COLÔNIAS PORTUGUESAS, AFIM DE QUE TODOS ANGOLENSES SE ENTENDESSEM ENTRE SI NAS REGIÕES TRIBAIS DE ANGOLA E MOÇAMBIQUE.
BASEADO NESTA ESTRUTURA VEJAMOS:
*
QUIM OU KIM, QUER DIZER EM LINGUAGEM AFRICANA, MÉDICO OU GRÃO-SACERDOTE DOS CULTOS BANTOS.
*
BANDA QUER DIZER LUGAR OU CIDADE.
RESUMINDO, CHEGAMOS À CONCLUSÃO DE QUE EM NOSSO IDIOMA, QUIMBANDEIRO QUER DIZER GRÃO-SACERDOTE DOS CULTOS BANTOS, VINDOS DE ANGOLA, MOÇAMBIQUE E BENGUELA.
QUIMBANDA = CURANDEIRO-ADIVINHO, NECROMANTE, EXORCISTA, MAGO. POR EXTENSÃO: MÉDICO, BENZEDEIRO. TODO AQUELE QUE BUSCA A ANUNCIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS FATOS, ATRAVÉS DOS MAIS VARIADOS PROCESSOS.
O QUIMBANDA TRATA AS ENFERMIDADES DIAGNOSTICADAS POR ADIVINHAÇÃO, DEBELA OS AZARES, RESTABELECE A HARMONIA CONJUGAL OU PROVOCA A INIMIZADE, CONCEDE PODERES PARA O DOMÍNIO DO AMOR OU PARA A ANULAÇÃO DE DEMANDAS.
BUSCA A CURA, NAS MATAS OU CAMPOS, CACHOEIRAS, MARES, ENFIM NOS ELEMENTOS DA NATUREZA, AONDE VAI EM BUSCA DE PLANTAS MEDICINAIS.
KIMBANDA = CURANDEIRO, MÁGICO. (DICIONÁRIO DE KIMBUNDU - PORTUGUESA COORDENADO POR J. D. CORDEIRO DA MATTA)
Colaboração de: Maria de Omolú –
A Quimbanda, também conhecida pelos leigos como macumba, é uma ramificação da umbanda que pratica a magia negra. Embora cultuem os mesmos Orixás e as mesmas entidades, se sirvam das mesmas indumentárias, e tenham em seus terreiros semelhanças muito marcantes tais como a presença de gongá repleto de imagens dos santos católicos simbolizando os orixás, caboclos e pretos velhos, existem entre as duas religiões diferenças fundamentais e decisivas. Uma delas é que na Quimbanda são realizados despachos com animais como galos e galinhas pretas por exemplo, pólvora, objetos da pessoa a quem se quer prejudicar, dentes, unhas ou cabelo de pessoas ou animais. Estes despachos costumam-se realizar à meia-noite em locais como encruzilhadas e cemitérios.
Outra prática bastante freqüente que também se encontra presente no vodu haitiano sob o nome de paket é o envultamento.Este, diz respeito à construção de um boneco de pano ou qualquer outro material, desde que pertencente à pessoa a quem quer se prejudicar, e a seguir alfinetes ou pregos são utilizados para transpassar o corpo da imagem.
Os quimbandeiros têm como ponto principal de seu culto a invocação de Exus que na Quimbanda são considerados espíritos das trevas, uns já em estado de evolução, e outros, denominados quiumbas, espíritos atrasadíssimos e que por isso também são chamados obsessores. Existem muitos Exus:
*
Exu das Almas,
*
Exu Caveira,
*
Exu das Matas,
*
Exu Tranca Rua.
Existem de igual forma, Exus femininos, como é o caso de
*
Maria Padilha,
*
Pombagira Mulambo,
*
Cigana,
*
entre outras.
Uma das práticas mais conhecidas da Quimbanda é a Gira dos Exus, ou Enjira dos Exus, cerimônia realizada, via de regra à meia noite, na qual diversos Exus incorporam nos médiuns e passam a dançar, beber, fumar, utilizando-se de uma linguagem bastante grosseira.
http://www.oxum.com.br/quimbanda.asp
O que é Quimbanda / Kimbanda?
A Quimbanda ou Kimbanda não é simplesmente mais uma das linhas existentes dentro dos cultos afro-brasileiros, suas influências não são somente Bantu, Nagô e Yorubá, também abrangem em larga escala vários aspectos da Religião Indígena, Católica, o Espiritismo moderno, a alquimia, o estudo da natureza fundamental da realidade e Correntes Orientais.
É importante lembrar que o sincretismo entre Exu e o Diabo existe, salvaguardando várias confusões ao verificar que atualmente muitas pessoas pensam que a Quimbanda é um culto satanista, tendo aquele sentimento de dualidade aonde as pessoas vêem o_bem_e_o_mal em uma luta eterna confundindo a figura do Diabo com tudo de ruim sem lembrar que Ele já teve seu martírio e foi vencido por Deus que é Quem determina o espectro e a liberdade de suas ações desde o princípio dos tempos...
Ver mais informações em: http://www.planetaumbanda.com.br/home/index.php?option=com_content&view=article&id=86&Itemid=85
Assim como há as sete linhas que regem e organizam as forças existentes dentro da Umbanda, dentro da Quimbanda o mesmo acontece e processa, pois como se sabe, "tudo que há em cima, há em baixo."
*
1ª Linha - Linha Malei - Chefe - Exu Rei, é composta por 7 falanges, cada qual com seu chefe, e seus sete respectivos subordinados.
o
1 - Exu Rei das Sete Encruzilhadas
o
2 - Exu Marabô
o
3 - Exu Mangueira
o
4 - Exu Tranca Ruas das Almas
o
5 - Exu Tiriri
o
6 - Exu Veludo
o
7 - Exu dos Rios ou Campinas
Pomba Gira - Pomba Gira Rainha das Sete Encruzilhadas
*
2ª Linha - Linha das Almas - Chefe - Omulu, encontra-se nesta linha espíritos vulgarmente conhecidos como omulus.
o
1- Exu Mirim
o
2- Exu Pimenta
o
3- Exu 7 Montanhas
o
4- Exu Ganga
o
5- Exu Kaminaloá
o
6- Exu Malê
o
7- Exu Quirombô
Pomba Gira - Pomba Gira das Almas
*
3ª Linha - Linha do Cemitério ou dos Caveiras - Chefe - Exu Caveira
o
1- Exu Tatá Caveira
o
2- Exu Brasa
o
3- Exu Pemba
o
4- Exu do Lodo
o
5- Exu Carangola
o
6- Exu Arranca Toco
o
7- Exu Pagão
Pomba Gira - Pomba Gira Rainha dos Cemitérios
*
4ª Linha - Linha Nagô - Chefe - Exu Gererê
o
1 - Exu Quebra Galho
o
2- Exu 7 Cruzes
o
3- Exu Gira Mundo
o
4- Exu dos Cemitérios
o
5- Exu da Capa Preta
o
6- Exu Curador
o
7- Exu Ganga
Pomba Gira- Pomba Gira Maria Padilha
*
5ª Linha - Linha de Mossorubi - Chefe - Kaminaloá
o
1- Exu dos Ventos
o
2- Exu dos Morcego
o
3- Exu 7 Portas
o
4- Exu Tranca Tudo
o
5- Exu Marabá
o
6- Exu 7 Sombras
o
7- Exu Calunga
Pomba Gira - Pomba Gira Maria Molambo
*
6ª Linha - Linha dos Caboclos Quimbandeiros - Chefe - Exu Pantera Negra
o
1- Exu 7 Cachoeiras
o
2- Exu Tronqueira
o
3- Exu 7 Poeiras
o
4- Exu da Matas
o
5- Exu 7 Pedras
o
6- Exu do Cheiro
o
7- Exu Pedra Negra
Pomba Gira - Pomba Gira da Figueira
*
7ª Linha - Linha Mista - Chefe - Exu dos Rios ou Campinas.
o Sendo esta Linha composta por Kiumbas, é esta apenas regida pelo Exu dos Rios ou Campinas, tendo como polo passivo da linha, Pomba Gira, ou seja todas as Pomba Giras.
Agô Pai Oxalá; Saravá Pai Omolu. Com licença Seu Tranca Ruas das Almas. Laroiê Seu Exu Caveira N, suas Pombagiras e falanges. Peço licença para que através deste site, e do astral, possa aqui transmitir alguns aprendizados da minha vivência na Quimbanda, aos meus irmãos e irmãs de fé. Saravá a Sagrada Lei de Quimbanda!
A Quimbanda não é simplesmente mais uma das linhas existentes dentro dos cultos afro-brasileiros; suas influências não são somente Bantu, Nagô e Yorubá, também abrangem em larga escala vários aspectos da Religião Indígena, Católica, o Espiritismo moderno, a alquimia, o estudo da natureza fundamental da realidade e Correntes Orientais.
É importante lembrar que o sincretismo entre Exu e o Diabo existe, salvaguardando várias confusões ao verificar que atualmente muitas pessoas pensam que a Quimbanda é um culto satanista, tendo aquele sentimento de dualidade aonde as pessoas vêem o bem e o mal em uma luta eterna confundindo a figura do Diabo com tudo de ruim sem lembrar que Ele já teve seu martírio e foi vencido por Deus que é Quem determina o espectro e a liberdade de Suas ações desde o princípio dos tempos. O conceito de polaridades, positiva e negativa não se encaixa no plano material, aonde não quer dizer o mesmo que atitudes, positiva e negativa, principalmente tratando-se de energia pura. É como disse o sábio preto velho Pai Maneco, falando da importância dos Exus, apontou uma lâmpada e disse: “Aquela é resultado do perfeito encontro entre o positivo e o negativo”.
É bom deixar claro também que o Exu da Quimbanda não é o mesmo Exu do Candomblé aonde Ele é um Orixá menor da cultura Yorubá, o Exu da Quimbanda é geralmente um Egum sendo que na maioria dos casos é a Alma de alguém que pertenceu ao culto, conscientemente ou não, e agora trabalha como mensageiro dos Orixás, como Exu; mais ou menos o mesmo que ocorre em outras Linhas e Bandas dedicadas a algum Orixá, por exemplo como na Linha de Ogum trabalham Espíritos de Índios e Negros que em vida foram guerreiros, usaram espada e de alguma forma pertenceram ao culto, como sabemos que Seu Ogum Sete Espadas e Ogum Sete Ponteiras do Mar não são o mesmo que o Orixá maior Ogum.
Os Espíritos, Exus, com os quais estamos tratando tiveram em sua maioria encarnações aqui na Terra em finais do século XIX e princípios a meados do século XX, daí vêm as suas vestimentas e a forma de seu comportamento.
Ainda na questão do sincretismo é muito importante frisar que os autores que até hoje discorreram sobre o assunto usaram um organograma básico para apresentar o que muitos pensam ser a verdadeira organização hierárquica da Quimbanda mas é somente a cópia de um livro antigo de evocação e cultos diabólicos da cultura ocidental que fala sobre os demônios, suas hierarquias e poderes, o “Grimorium Verum”. Considerando que este livro já existia muito antes do descobrimento do Brasil e que a Quimbanda como conhecemos é uma religião brasileira afirmo que é errado basear-se neste organograma como base para estudarmos este assunto porém não devemos esquecê-lo pois os Exus, como nós, tiveram já várias encarnações, alguns inclusive viveram nos primórdios da nossa civilização como por exemplo Exu Tata Caveira que foi um Sacerdote no Egito antigo ou inda mais longe Exu Caveira que a 30.000 anos atrás era um nômade bruxo e curandeiro, outrora estes Espíritos já trabalharam no plano astral nesta mesma Linha e alguns até ajudaram a escrever o “Grimorium”.
A Umbanda não vive sem a Quimbanda, como a árvore não vive sem a copa ou sem a raiz, então com base em estudos e prática na Quimbanda podemos afirmar que o culto como o conhecemos é o mesmo praticado na maior parte dos Terreiros de Umbanda do Brasil que para obterem equilíbrio em seus trabalhos cultuam as Sete Linhas da Umbanda e as Sete Linhas da Quimbanda, desta forma podemos discorrer aqui sobre o assunto de uma forma mais ampla e que leve a implementar os atuais conhecimentos sobre os Exus. Quimbanda não é sinônimo de satanismo e de jeito nenhum pode ser ligada a obscuridade é apenas um termo usado no Espiritismo é uma forma de estar na vanguarda do Espiritismo e da magia trabalhando a espiritualidade como um todo, uma ferramenta destinada a evolução espiritual através do poder e dos conselhos destes nossos guias protetores, os Exus, que tanto nos auxiliam nas horas de aflição. Embora não devamos julgar sabemos sim que lamentavelmente existem pessoas inescrupulosas e de má índole que usam a magia da Quimbanda para a prática do mal mas isto é culpa exclusiva do homem e não das entidades, não podemos culpar o veneno por matar e sim aquele que o utiliza como arma, não podemos culpar o Exu por fazer o que lhe é pedido mas sim quem se aproveitou deste contato espiritual para pedir que praticasse o mal. Nunca podemos esquecer da imutável Lei do Karma, tudo o que você fizer volta pra você.
Existe muita confusão a respeito do termo Macumba e acho importante esclarecer isto, este nome deriva do Banto “ma-quiumba” que quer dizer espíritos da noite, também este nome era usado no sul do país para definir mulheres negras no tempo da escravidão, por isso o uso do nome ainda hoje é usado de forma preconceituosa por pessoas ignorantes a respeito do assunto. A Macumba pelo que sabemos é o mais primitivo culto sincretista do Brasil e originou-se na região sul dada a sua maior predominância da nação Banto, é desta nação que descendem a maior parte dos cultos afro-brasileiros com influências da Igreja Católica, Indígenas e das nações do Congo, Angola e Nagô. A principal razão do culto ser denominado como Macumba foi justamente por motivo de os rituais serem realizados à noite em razão de os trabalhos serem feitos com Eguns e porque durante o dia os negros trabalhavam sem descanso, vem daí a interpretação errada do ritual pelos leigos, os negros que praticavam a Maquiumba ou como ficou conhecida Macumba eram geralmente menosprezados, perjuriados e mal interpretados pelos que os escravizaram em razão de sua fé. A Igreja também condenava estes cultos com influências indígenas ou africanas dizendo que praticavam beberagens e até orgias. É verdade que as entidades bebem e até pitam e que as curimbas, danças, as vezes são bastante sensuais mas venhamos e convenhamos que entre isto e orgias e beberagem há uma grande diferença. Quando os grupos de nações começaram a procurar e a valorizar mais a sua natureza e identidade cultural é que a Macumba se dividiu, surgiu então o Candomblé de Angola, o Candomblé do Congo, o Candomblé de Caboclo ou dos Encantados e o Catimbó, no final do século XIX surgiu a Macumba Urbana que tinha participação de brancos pobres e descendentes de escravos; finalmente no inicio do século XX surgiram a Umbanda e a Quimbanda com uma forte influência do Espiritismo e com o sincretismo religioso.
A formação da Quimbanda teve uma forte influência dos escravos e índios que sincretizaram Exu com o Diabo por este ser “inimigo dos brancos” e por não aceitarem os Santos Católicos, identificando-se assim mais uma vez com o Diabo. Com o advento da Umbanda começou o trabalho de Quimbanda em Terreiros de Umbanda o que deu sustentação firme aos trabalhos com os, “Compadres”, Exus e assim formatou-se o atual culto da Quimbanda. Na verdade pode-se dizer que a Quimbanda como a conhecemos atualmente nasceu juntamente com a Umbanda em 15 de novembro de 1908 pois uma Linha completa o outra formando esta força que nos da vida e este reino cheio de luz.
A Quimbanda esta organizada hierarquicamente em sete grandes reinos, as Sete Linhas da Quimbanda, sendo que na Quimbanda também é Oxalá quem manda, o Sr. Omolu é o Rei, coroado por Oxalá, este delega os poderes aos Exus Chefes de Falange:
1. Linha das Encruzilhadas: Exu Tiriri
2. Linha dos Cruzeiros: Exu Meia Noite
3. Linha das Matas: Exu Arranca Toco
4. Linha da Calunga Pequena (cemitérios): Exu Caveira N
5. Linha das Almas: Exu Tranca Ruas das Almas
6. Linha da Lira: Exu Sete Liras
7. Linha da Calunga Grande (praia): Exu do Lodo
É importante lembrar que quando o Exu, qualquer um Deles, estiver incorporado no Pai de Santo, no dirigente dos trabalhos, Ele esta trabalhando com a Coroa e por este motivo é o Chefe dos trabalhos da Gira de Quimbanda tendo liberdade de movimento entre os Reinos através do contato com os outros Exus presentes no trabalho. Trabalhar com os, "compadres", Exus requer muito respeito e consideração por parte dos dirigentes, médiuns e consulentes pois são Entidades muito poderosas, de muito Axé.
Este é um artigo sobre Rituais da Quimbanda, após sua leitura conheça nossa loja virtual.
O principal ritual da Quimbanda consiste na invocação de espíritos. Sessões, que na Umbanda são Giras de crianças, caboclos [as], pretos e pretas velhos, na Quimbanda são Giras de Exus. Os quimbandeiros trabalham exclusivamente com estas entidades que pertencem ao domínio astral daquele primeiro Exu criado por Nzambi na origem do Universo manifestado.
Na Quimbanda, assim como na Umbanda e no Candomblé, não se admite a possibilidade de comunicação direta entre Deus e os homens. Somente os espíritos invocados pelos Tatás, Babás, Ngangas, enfim, sacerdotes/xamãs, somente esses espíritos podem intermediar o contato entre o físico e o metafísico, o visível e o invisível. Assim, todo sacerdote Quimbanda é um medium que incorpora Exus, os executores dos trabalhos que interferem na realidade, na vida das pessoas, seja para o bem ou para o mal.
A denominação "Exu", acrescida de títulos identificadores, refere-se a espíritos tanto masculinos quanto femininos; estes últimos, mulheres desencarnadas, são as famosas pombas-giras. Na Quimbanda também existe uma hierarquia de Exus com seus respectivos Reinos, chefes e subordinados aos quais relacionam-se atribuições mais ou menos específicas. São 7 reinos Reinos; cada Reino possui 9 povos, num total de 63 povos de Exu. São eles * [DOS VENTOS, Mario. Na Gira do Exu: The Brazilian Cult of Quimbanda. [Trad. Ligia Cabús], p 35]:
1.Reino das Encruzilhadas
Chefiado por Exu Rei das Sete Encruzilhadas e Pombagira Rainha das Sete Encruzilhadas, governa todas as passagens dos Exus que ali trabalham. Sua função principal é abrir os caminhos para os outros Guias chegarem e também para os filhos e
fregueses. Os seguintes povos pertence a este reino:
Povo da Encruzilhada da Rua - Chefe Exu Tranca-Ruas
Povo da Encruzilhada da Lira - Chefe Exu Sete Encruzilhadas
Povo da Encruzilhada da Lomba - Chefe Exu das Almas
Povo da Encruzilhada dos Trilhos- Chefe Exu Marabô
Povo da Encruzilhada da Mata - Chefe Exu Tiriri.
Povo da Encruzilhada da Kalunga - Chefe Exu Veludo
Povo da Encruzilhada da Praça - Chefe Exu Morcego
Povo da Encruzilhada do Espaço - Chefe Exu Sete Gargalhadas
Povo da Encruzilhada da Praia - Chefe Exu Mirim
2.Reino dos Cruzeiros
Chefiado pelo Exu Rei dos Sete Cruzeiros e Pombagira Rainha dos Sete Cruzeiros, governa todas as passagens dos Exus que trabalham nos cruzeiros (não confundir com encruzilhada). Os seguintes povos pertencem a este reino:
Povo do Cruzeiro da Rua - Chefe Exu Tranca Tudo
Povo do Cruzeiro da Praza - Chefe Exu Kirombó
Povo do Cruzeiro da Lira - Chefe Exu Sete Cruzeiros
Povo do Cruzeiro da Mata - Chefe Exu Mangueira
Povo do Cruzeiro da Calunga - Chefe Exu Kaminaloá
Povo do Cruzeiro das Almas - Chefe Exu Sete Cruzes
Povo do Cruzeiro do Espaço - Chefe Exu 7 Portas
Povo do Cruzeiro da Praia - Chefe Exu Meia Noite
Povo do Cruzeiro do Mar - Chefe Exu Calunga (Calunga grande)
3.Reino das Matas
Chefiado pelo Exu Rei das Matas e Pombagira Rainha das Matas. Governa todos os Exus que trabalham nas matas ou locais que tenham árvores a exceção do Cemitério, que pertence a outro reino. São os povos deste reino:
Povo das Árvores - Chefe Exu Quebra Galho
Povo dos Parques - Chefe Exu das Sombras
Povo da Mata da Praia - Chefe Exu das Matas
Povo das Campinas - Chefe Exu das Campinas
Povo das Serranias - Chefe Exu da Serra Negra
Povo das Minas - Chefe Exu Sete Pedras
Povo das Cobras - Chefe Exu Sete Cobras
Povo das Flores - Chefe Exu do Cheiro
Povo da Sementeira - Chefe Exu Arranca Tôco
4.Reino da Calunga Pequena (Cemitério)
Governado pelo Exu Rei das Sete Calungas ou Calungas e Pombagira Rainha das Sete Calungas. Esses Exus também são chamados pelo nome de Rei e Rainha dos Cemitérios. Geralmente quando se diz "calunga" nas giras de Quimbanda é para nomear ao cemitério. Trabalham neste reino todos os Exu que moram dentro dos cemitérios. Pertencem a este reino:
Povo das Portas da Kalunga.- Chefe Exu Porteira
Povo das Tumbas.- Chefe Exu Sete Tumbas
Povo das Catacumbas.- Chefe Exu Sete Catacumbas
Povo dos Fornos.- Chefe Exu da Brasa
Povo das Caveiras.- Chefe Exu Caveira
Povo da Mata da Kalunga.- Chefe Exu Kalunga (conhecido também como Exu dos Cemitérios)
Povo da Lomba da Kalunga.- Chefe Exu Corcunda
Povo das Covas - Chefe Exu Sete Covas
Povo das Mirongas e Trevas - Chefe Exu Capa Preta (conhecido também como Exu Mironga)
5.Reino das Almas
Chefiado por Exu Rei das Almas, Omulu e Pombagira Rainha das Almas ou Rei e Rainha da Lomba, Governam todos os Exus que trabalham em locais altos. Os Exus deste reino também trabalham em hospitais, morgues, etc.. São deste reino:
Povo das Almas da Lomba - Chefe Exu 7 Lombas
Povo das Almas do Cativeiro- Chefe Exu Pemba
Povo das Almas do Velório- Chefe Exu Marabá
Povo das Almas dos Hospitais - Chefe Exu Curadô
Povo das Almas da Praia - Chefe Exu Giramundo
Povo das Almas das Igrejas e Templos .- Chefe Exu Nove Luzes
Povo das Almas do Mato - Chefe Exu 7 Montanhas
Povo das Almas da Kalunga - Chefe Exu Tatá Caveira
Povo das Almas do Oriente - Chefe Exu 7 Poeiras
6. Reino da Lira
Os chefes deste reino são muito mais conhecidos por seus nomes sincréticos: Exu Lúcifer e Maria Padilha. Seus nomes quimbanda: Exu Rei das Sete Liras e Rainha do Candomblé (ou Rainha das Marias). Os apelidos referem-se à sua afinidade com a dança, a música e a arte (lira e candomblé). Dentro do reino da Lira, que também às vezes é chamado "reino do candomblé" não pelo culto africano aos orixás, mas por ser essa palavra, "Lira", relacionada de dança e música ritual. Trabalham aqui todos os Exus que têm afinidade com a arte, a música, poesia, boemia, artes ciganas, malandragem, etc.. Pertencem a este reino:
Povo dos Infernos - Chefiado por Exu dos Infernos
Povo dos Cabarés - Chefiado por Exu do Cabaré
Povo da Lira - Chefiado por Exu Sete Liras
Povo dos Ciganos - Chefiado por Exu Cigano
Povo do Oriente - Chefiado por Exu Pagão
Povo dos Malandros - Chefiado por Exu Zé Pelintra
Povo do Lixo - Chefiado por Exu Ganga
Povo do Luar - Chefiado por Exu Malé
Povo do Comércio - Chefiado por Exu Chama Dinheiro
* Lira é, também, uma cidade africana, que fica nas fronteiras orientais do Reino Baganda, atualmente, região de Kampala, capital de Uganda - África. Esta referência parece ser mais precisa no que se refere à denominação Reino da Lira.
7. Reino da Praia
Governado por Exu Rei da Praia e Rainha da Praia. Inclui todos os Exus que trabalham nas praias, perto das águas ou dentro delas, salgadas ou doces. São seus povos:
Povo dos Rios - Chefiado por Exu dos Rios
Povo das Cachoeiras - Chefiado por Exu das Cachoeiras
Povo da Pedreira - Chefiado por Exu da Pedra Preta
Povo do Marinheiros - Chefiado por Exu Marinheiro
Povo do Mar - Chefiado por Exu Maré
Povo do Lodo - Chefiado por Exu do Lodo
Povo dos Baianos - Chefiado por Exu Baiano
Povo dos Ventos - Chefiado por Exu dos Ventos
Povo da Ilha.- Chefiado por Exu do Côco
Os sete reinos referem-se aos sete caminhos que uma pessoa deve percorrer ao longo de sua vida, sete vivências que são experimentadas, sete metas a serem cumpridas:
1. Desenvolvimento da Espiritualidade
2. A relação com as coisas materiais
3. O nascimento das crianças, os filhos, a reprodução
4. A riqueza, a prosperidade e a saúde
5. O trabalho físico em todos os seus aspectos
6. O prazer em geral
7. O amor em todas as suas manifestações
A Quimbanda, também conhecida popularmente como macumba, quimbanda (ou kimbanda) nunca deve ser confundida com a Kiumbanda (magia negra), pois está presente na Umbanda desde a sua fundação pelo médium Zélio Fernandino de Morais, já que o mesmo admitiu ter um Exu como guia por ordens de seus guias.
A Quimbanda[1] é onde atuam os Exus e Pomba-Giras (também chamados de "Povo de Rua"), eles fazem uso de forças negativas (isso não significa malignas), muitas vezes estão presentes em lugares onde possa ter Kiumbas (obsessores-seres malignos), em portas de templos religiosos de qualquer espécie, cemitérios, encruzilhadas, ruas e estradas.
São os responsáveis pela segurança das pessoas, eles te ajudam a se proteger de espíritos obsessores, mas você também deve fazer sua parte, evitando desequilíbrio emocional, excesso de bebidas alcóolicas.
Ao contrário do que muitos pensam, na Quimbanda não é feito entregas (oferendas) com animais, sangue ou qualquer coisa do gênero, já que ao ser feita uma entrega com carne ou sangue a oferenda é cercada por kiumbas. Uma entrega para um Exu contém farofa de milho, cebola e pimenta (basicamente), podendo conter outras ervas e temperos, além de alguma bebida que geralmente é cachaça, uísque ou conhaque.
Índice:
1. Consulta
2. Algumas Pomba-Giras
3. Notas e referências
Quimbanda
(Exu João Caveira)
Religiões afro-brasileiras
Princípios básicos
DeusKetu | Olorum | Orixás
Jeje | Mawu | Vodun
Bantu | Nzambi | Nkisi
Templos afro-brasileirosBabaçuê | Batuque | Cabula
Candomblé | Culto de Ifá
Culto aos Egungun | Quimbanda
Macumba | Omoloko
Tambor-de-Mina | Terecô | Umbanda
Xambá | Xangô do Nordeste
Sincretismo | Confraria
Literatura afro-brasileiraTerminologia
Sacerdotes
Hierarquia
Religiões semelhantesReligiões Africanas Santeria Palo Arará Lukumí Regla de Ocha Abakuá Obeah
1. Consulta
Numa consulta com um Exu costuma-se ouvir, por vezes, palavrões e gargalhadas já que esse é o modo deles trabalharem, com uma voz característica. Portanto, é fácil a percepção de de uma incorporação de um Exu num terreiro.
Isso no entanto pode ocorrer em terreiros menos evoluídos, onde os médiuns não possuem muita evolução espiritual, já em um terreiro sério em que há o sério trabalho de guardiões, existe a proteção contra espíritos malfeitores, obsessores e zombeteiros.
Os Exus executam sua função de forma séria e objetiva sem muitos rodeios pois estão em busca também da sua evolução. Daí, quanto maior a ajuda aos consulentes, mais eles evoluem também.
Cuidam geralmente de casos relacionados a situações finaceiras, saúde, emprego, e o afastamento de obsessores do passado que teimam em obsediar suas vitímas encarnadas, fazendo com que aceitem as realidades da vida espiritual. Os trabalhos feitos contra essas vitímas são analisados e geralmente resolvidos.
Buscam em comum a sua evolução espiritual, melhorando seu carma e pagando as divídas do passado.
Os Exus são soldados prontos a nos proteger e assegurar que espíritos malfeitores não nos façam mal. Para eles não existe o bem ou o mal e sim somente a execução das leis divinas.
Alguns Exus
* Exu Caveira
* Exu Tata Caveira
* Exu Caverinha
* Exu 7 Cruzeiros
* Exu 7 catacumbas
* Exu Catacumbas
* Exu Corcunda
* Exu 7 Cruzes
* Exu Morcego
* Exu João Caveira
* Exu Tranca rua das almas
* Exu Das Almas
* Exu Capa-Preta
* Exu Marabô
* Exu Tiriri
* Exu Maioral
* Exu Zé Pelintra
* Exu 7 Cruzeiros do Rosario
2. Algumas Pomba-Giras
* Dama da Noite
* Maria Padilha
* Maria Quitéria
* Maria Molambo
* Maria Mulambo das Sete Catacumbas
* Pomba Gira Arrepiada
* Pomba Gira Cigana
* Pomba Gira Mirongueira
* Pomba Gira Mocinha
* Pomba Gira Rainha
* Pomba Gira Sete Calungas
* Pomba Gira da Calunga
* Pomba Gira das Almas
* Pomba Gira das Sete Encruzilhadas
* Pomba Gira do Cruzeiro
* Rainha das Rainhas
* Rainha Sete Encruzilhadas
* Rainha do Cemitério
* Rosa Caveira
* maria padilha da almas
* rainha domitila
* rainha Zaíra
Este é um artigo sobre Quimbandas: Os Sacerdotes da Cura e dos Espíritos da Noite, após sua leitura conheça nossa loja virtual.
Quimbanda é uma palavra que designa uma prática religiosa e um sacerdócio. Pertence a língua da nação Bantu, que engloba mais de 400 etnias de povos proveniente do Oeste e Sudoeste da África, habitantes de um vasto território: Congo, Angola, Zâmbia, Gabão, Luanda, Ruanda e Tanzânia [DOS VENTOS, Mario. Na Gira do Exu: The Brazilian Cult of Quimbanda]. KI significa conhecimento; MBANDA, é poder de cura. O termo relaciona-se também com a palavra MA-KIUMBA ou, Espíritos da Noite.
Quimbanda é, portanto, uma religião e título conferido aos sacerdotes desta religião, que são intermediários entre os os homens e Makiumbas, os Espíritos da Noite, subordinados ao deus Calunga, Senhor do Reino dos Mortos. Embora os puristas umbandistas e os quimbandistas hipócritas neguem é evidente que o termo Macumba deriva de MA-KIUMBA, entendido hoje, no Brasil, como designativo dos trabalhos, os Ebós ou seja, as oferendas destinadas aos espíritos aos quais para que descubram a causa e a solução dos mais variados embaraços mundanos: doenças, inimigos, morte na família, problemas financeiros, decepções amorosas etc..
Na África, o Quimbanda era escolhido por um espírito e a partir daí passava por um período de aprendizado, uma Iniciação, que começava com um isolamento na floresta. Entre os Zulus, o processo de escolha do Quimbanda é chamado Thwasa ou Intwaso. Sabia-se que alguém tinha sido escolhido para ser um Quimbanda quando esse alguém apresentava determinados sintomas: moléstias, sonhos premonitórios, visões, distúrbios mentais que somente eram curados com uma série de rituais. Muitos Quimbandas tornam-se homossexuais assumindo aparência, trabalhos e nomes femininos.
O quimbanda, versado na ciência da Umbanda - arte da cura e da adivinhação - é um ritualista que adivinha acontecimentos futuros e desvenda mistérios dos passado. É ele que, interpretando os sinais que vêm do mundo espiritual, sabe prescrever os remédios para as doenças e os conjuros para os malefícios.
Existem duas maneiras para uma pessoa se tornar um quimbanda.
A primeira delas é ter um quimbanda como antepassado e dele receber a umbanda no sentido de conhecimento. Por meio de um sonho, o antepassado mostra ao sucessor o campo, a floresta [muxito], onde estão os remédios; indica as encruzilhadas, os lugares exatos para cada um dos tratamentos... Outra forma de se tornar quimbanda é trabalhando com um deles na condição de cabanda, auxiliar. Contudo, como os mestres viventes escondem alguns segredos, a umbanda recebida em sonho é sempre mais forte. São tradições da Quimbanda originalmente africana:
Muzambo: É o método de adivinhação tradicional [na quimbanda, originário da África]. Para proceder ao Muzambo, praticado sobre uma esteira, são necessários certos instrumentos: o muxacato, tabuinha feita de um pedaço de árvore mafumeira [ocá] e o mona, uma pequena haste de madeira. Quando o mona desliza suavemente na tábua, significa "não"; quando emperra, a resposta é "sim". Os dois objetos são previamente consagrados, amarrados e postos em contato com terra de sepultura e raízes de mandioca e gengibre. O vidente também utiliza a samba, bolsa de utensílios rituais, como a pemba, pó ou bastão, com o qual traça símbolos místicos. O ritual divinatório é realizado fora da casa, num quintal, com o quimbanda, o consulente e outros presentes sentados na esteira, no chão com exceção do quimbanda, que ocupa um banquinho.
Quando o pedido é um remédio [xico], o consulente deverá levar um ovo, pedras de pemba branca branca e ucusso [pemba vermelha], folhas de dormideira e um graveto de mubilo [Adenia lobata], um ramo de mussequenha [cucurbitácea] e uma garrafa de vinho de caju [maluvo]. O quimbanda utiliza, nesses casos, o "prato das almas", onde será derramado o vinho de caju, e mais, cerveja de milho [quitoto], vinho português e água. Ao chamar o espírito, é entoada uma cantiga de invocação acompanhada de palmas. Neste ritual, o consulente é que entra em transe, e a autenticidade do transe é verificada pelo quimbanda, que passa uma agulha e uma brasa a ardente na língua do paciente. Se não houver lesão, o transe é autêntico...
Xinguilamento: É a comunicação com os espíritos por intermédio do transe. Quando um espírito está querendo se manifestar por meio de uma pessoa, os familiares, percebendo os sintomas, deverão imediatamente chamar um quimbanda [LOPES, Nei. Kibátu: O Livro do Saber e do Espírito Negro-Africanos, p 62].
Kiumbas: Tal como na Umbanda, os praticantes da Quimbanda, apesar de não poderem negar a indiferença ética dos Exus, e justificam este fato como sendo um elemento característico da religiosidade africana e uma condição própria da natureza, onde a existência dos opostos são uma condição essencial de equilíbrio, no caso, o bem e o mal.
Ainda assim, os quimbandeiros também vestem a capa de bons moços e afirmam que seu trabalho com os Exus é dos mais bem intencionados. Os equívocos eventuais ficam por conta da interferência maliciosa de espíritos chamados Kiumbas, estes sim, malévolos, obsessores, totalmente dedicados a perturbar a vida das pessoas, inclusive os quimbandeiros. Os Kiumbas podem "baixar" nas Giras da Quimbanda dissimulando sua verdadeira natureza, fazendo-se passar por Exus bem intencionados e, não raro, enganam os praticantes. O trabalho com estes espíritos das trevas é chamado Kiumbanda.
No Brasil, os africanos encontraram muitas semelhanças entre suas crenças e as crenças dos índios, como os Tenetchera [ou Tenetehara, conhecidos como Guajajaras no Maranhão e Tembé, no Pará pertencentes ao tronco Tupi-Guarani], por exemplo [DOS VENTOS, Mario. Na Gira do Exu: The Brazilian Cult of Quimbanda. [Trad. Ligia Cabús]. , p 24]. Uso de tabaco, o fumo nos ritos atuais é uma herança indígena. Entre os Bantu bem com entre os índios brasileiros, cada espírito tem sua própria música, sua batida de tambor, dança, comida e bebida favoritas [DOS VENTOS, Mario. Na Gira do Exu: The Brazilian Cult of Quimban
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