JUNINHODEXANGO@HOTMAIL.COM EMAIL E MSN

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

CURSO DE IFÁ (JUNINHO DE XANGÔ)

Apostila do curso de introdução ao estudo do oráculo de Ifá



"Deus não impôs ao ignorante a obrigação de aprender, sem antes ter tomado de quem sabe, o juramento de ensinar”.

Sabedoria Oriental

SETE REGRAS PARA VIVER FELIZ

1. ADQUIRA O HÁBITO DA FELICIDADE. Sorria, intimamente e torne este sentimento parte de você mesmo. Crie um mundo feliz para si. Aguarde cada dia, mesmo quando algumas nuvens obscurecerem o sol, sempre encontra algo de bom.

2. DECLARE GUERRA A SENTIMENTOS NEGATIVOS. Não permita que aborrecimentos irreais o devorem. Se algum pensamento negativo lhe invadir o espírito, combata-o. Pergunte de si para si, porque você, que tem todo direito natural à felicidade, deve passar horas do dia em luta com o temor, o aborrecimento, o ódio. Ganhe a guerra contra esses flagelos insidiosos do Século XX.

3. REFORCE A IMAGEM DE SI PRÓPRIO. Veja-se como foi nos seus melhores momentos e dê a si próprio certa atenção. Imagine os tempos felizes e o orgulho que sentiu de si. Crie experiências futuras agradáveis; dê a si mesmo, crédito pelo que é. Deixe de bater na própria cabeça.

4. APRENDA A RIR. Às vezes, os adultos sorriem ou riem entre os dentes, mas nem todos riem realmente, isto é, risada verdadeira que dê a impressão de alivio e liberdade. O riso, quando genuíno purifica, faz parte do mecanismo do sucesso, lançando-o às vitórias da vida. Se você deixou de rir desde os 10 ou 40 anos, volte à escola do espírito e aprenda novamente o que nunca deveria ter esquecido.

5. DESENTERRE OS TESOUROS ESCONDIDOS. Não permita que as suas aptidões e os seus recursos morram dentro de si; dê-lhes uma oportunidade para se submeterem às provas da vida.

6. AJUDE O PRÓXIMO. Dar aos seus semelhantes poderá ser a experiência mais compensadora da sua vida. Não seja cínico; compreenda que muitas pessoas que parecem desagradáveis ou hostis estão usando fachada que acham capaz de protegê-las contra outros. Se der ao próximo, ficará admirado na reação grata, pelo reconhecimento que terão. Pessoas que parecem duras são, na realidade gentis e vulneráveis. Você sentir-se-á satisfeito quando der sem pensar em proveito para si.

7. PROCURE ATIVIDADES QUE O TORNEM FELIZ. A natação, o tênis, o vôlei ? Pintar, cantar, coser? Não posso dizer-lhe. Você mesmo terá de escolher. Mas a vida é feliz, se fizer o que lhe agrada.

Existe uma tendência no ser humano de reduzir os novos fenômenos com que ele se defronta a idéias e definições preexistentes em sua mente oriundas de fatos anteriormente conhecidos. Esta redução dificulta uma visão e uma interpretação corretas do que se analisa. Assim, os fatos culturais dos negros do Golfo do Benin nos seus cerimoniais e ritos transformam-se, nesta visão deformadora, em religião primitiva.

O Candomblé não é primitivo e muito menos religião, antes de tudo, este conjunto de preceitos, regras, ritos e práticas forma um weltanchau (visão do mundo, concepção global de apreensão da realidade - termo usado em filosofia) e uma técnica que permite o confronto com a natureza e com seus semelhantes, utilizando a energia de sua própria mente (o Òrí).

Os Òrísá (de Òrí: cabeça, mente; Àsé: força, magia) não existem fora da mente humana, não são deuses primitivos de um panteão imaginado pela concepção cultural do branco nem são espíritos de luz comandando "falanges" de almas como os idealizam os descendentes dos povos bantos, associado ao fenômeno da cosmogonia nagô à sua cultura religiosa, que se fundamenta no culto dos ancestrais.

Devemos despir o Candomblé da carga sincrética que for desvirtuante, para fazer emergir o entendimento do que é a mais pura tradição nagô. Os rituais e cerimônias não serão descritas, pois isto já foi feito e muito bem por mestres como Descoredes dos Santos, Fred Aflalo, Roger Bastide, Pierre "Fatumbi" Verger e tantos outros.

O que realmente importa, é comentar cada cerimônia, cada festa, cada fundamento e cada obrigação, buscando sua explicação purificada do misticismo branco ou banto, para fazer aflorar a verdadeira função de "Òrí", único alvo e agente do culto nagô, e a de "Ifá" como orientador e verdadeiro Oluwô.

A intenção deste redimensionamento não é diminuir a importância dos fatos, mas sim, um engrandecimento, na proporção humana, para que se desvende a sua grandeza original. Fazer voltar a luz, saindo das trevas da religiosidade ignorante, na sabedoria milenar que permite desenvolver a capacidade do homem de se situar e de interagir na sua formação, na natureza e no convívio social.

Se recusando a divinizar Òsàlá, satanizar Èsú ou santificar todos os Òrísá, devemos isolar os erros, afastar os temores, expulsar os demônios brancos de nossa ontogonia, abrindo as portas a entendimento, o que permitirá que mais pessoas possam utilizar este importante sistema de controle da própria mente e, em conseqüência, dos fatos naturais e sociais nos quais atua.

X Poema de Ifá: A luta entre Ifá e o Ajé

"NI ÒRÚNMILÁ BÁ TI ÀSÉ ÈSÚ BONU"

- Então Òrúnmilá colocou o àsé de Èsú em sua boca.

O ser humano sempre questionou o motivo de sua estadia sobre a Terra e, principalmente, o mistério que envolve o seu futuro. A insegurança em relação ao porvir fez com que o homem tentasse, de diferentes maneiras, prever o que lhe estava reservado, precavendo-se desta forma, da má sorte, ao mesmo tempo em que assegura a efetivação de acontecimentos tidos como benéficos. Muitos são os processos utilizados nestas finalidade e, no decorrer dos séculos, diversos sistemas oraculares fora desenvolvidos e consultados com maior ou menor possibilidade de erros e acertos. Dentre os sistemas oraculares utilizados pelas pessoas na ânsia de descobrir o futuro ou contatar as deidades com a finalidade de desvendar o motivo de suas provocações, destacamos alguns como a Cartomancia, a Quiromancia, a Geomancia e a Astrologia, que por sua popularidade e contabilidade, continuam a ser muito solicitadas nos dias atuais. Quase todos os oráculos, independentemente de sua origem cultural, tendem ao aspecto religioso, sugerindo sempre uma prática ritualista de caráter muito mais místico que científico. No Brasil, o sistema divinatório mais amplamente divulgado, aceito e praticado, é o popularmente denominado "Jogo de Búzios" que tem sua origens nas religiões africanas, mas especificamente no culto de Òrúnmìlá, o Deus da Sabedoria e da Adivinhação. O presente trabalho apresenta-se como uma proposta essencialmente didática que por isto mesmo, não assegura à pessoas não iniciadas o direito de ter acesso ao oráculo. Pois como será explicado mais adiante, o Jogo de Búzios, como quase todos os demais processos adivinhatórios, tem como pré-requisito a iniciação por parte do adivinho, assim como a consagração dos objetos concernentes à prática oracular. Segundo alguns Babalawo, somente eles podem através do Jogo dos Ikins, determinar o ODÚ de qualquer pessoa. Isto é contestado em várias literaturas sobre o assunto, com muita veemência. O que podemos afirmar, é que qualquer pessoa habilitada a consultar o Oráculo, pode através dos búzios, "sacar" o ODÚ pessoal de quem quer que seja, sem que para isto o interessado tenha que ser submetido a qualquer tipo de iniciação e que este tipo de procedimento é indispensável para todos os iniciados e iniciandos. O princípio do ÀSÉ está presente em todos os elementos naturais animados e inanimados e é oferecido ao homem através do seu ÒRÍ pelo ÈSÚ. Èsú é também o portador dos sacrifícios e oferendas, OJISÉ-EBÓ - carregador de ebó. O ebó é o ato pelo qual o homem devolve a natureza parte daquilo que recebeu e pleiteia novas benesses. O ebó renova o Àsé pessoal, presente nos assentamentos do ofertante, ou seja, nos objetos rituais nos quais se fixaram os seus compromissos com seu ÒRÍSÀ (dono do ÒRÍ). Esú conduz o ebó ao destinatário, o ÒRÍSÁ, que, interdependente do Òri do próprio homem, recebe a oferta, reforça e acrescenta o ÀSÉ, que outra vez é trazido pelo Èsú para permitir ao ofertante a mudança da realidade e do destino desejado. Dar-receber, e, síntese de acrescentar é a ação de ÈSÚ OJISÉ-EBÓ, integrando dialeticamente o homem ao mundo exterior. É o ato que reintegra o indivíduo na harmonia cósmica pela absorção e restituição de energia, princípio mesmo a existência humana. A posse do ÒRÍ pelo ÒRÍSÁ não se confunde com a despersonalização total e posse mediúnica dos terreiros espíritas de "macumba". Os "encantados" (Iyawô e Eleguns = mulheres e homens iniciados na roda de encantados), não se despem da sua personalidade, mas acrescentam ao seu ÒRÍ, as forças vitais da natureza e de sua comunidade sintetizadas em seu Òrísá. Não se tornam uma entidade alienígena, superior, divina ou santa. O Òrísá manifestado não precisa falar, comer ou beber para se expressar. A sua dança característica o identifica e expressa a energia de sua presença. Na concepção Yoruba, o humano possui 3 elementos associados que olhe permitem atuar como ser vivo: ARA / EGBÉ - corpo material; EMI - a respiração (energia vital que anima o EGBÉ) e o ÒRÍ - a mente ou a cabeça (o mais importante, dotado originariamente de uma herança ancestral). Nenhum desses elementos, entretanto, quando dissociados, possui personalidade própria, e tanto o EMI como o ÒRÍ não correspondem à idéia cristã ou espiritualista de alma". O EMI, separado do EGBÉ permanece como energia pura, podendo animar qualquer outro ser. O ÒRÍ, como vimos, porta a esperança ancestral sintetizada e implícita nos 4 elementos: OMI (água), IBI ou ARÔ ou ILÊ (terra), INÁ ou GBINÁ (fogo) e AFEFÉ (ar). Estes elementos que permitem a fixação do Orisá no Orí, de acordo com sua identificação ou tendência, como, por exemplo: Sangò - INA; Omolú - ILE; Osun - OMI e Osalá - AFEFÉ. Pela iniciação se dá a recriação do Ser na integração definitiva do EGBÉ e EMI com Orí, através da "feitura da cabeça". É ainda o SEU, no BARA, que sintetiza dialeticamente as entidades ligadas ao funcionamento fisiológico do indivíduo: ANUN (GEGE) / ENU (boca), AGBENDÚ / INU (estômago), EYA (sexo) e WIWI / IFÓHUN / ORÓ (fala). O Ser adquire sua personalidade definitiva com o BARA, com a síntese do EBGÉ com o EMI e o ÒRÍ. Na sua morte, pelo ritual do ASESE, libera-se o ÒRÍSÁ (o dono da cabeça e o ÈSÚ individual), também no ÒRÍ se acumula o ÀSÉ. O ÒRÚN não existe sem AIYE e ambos dependem do desenvolvimento do ÒRÍ. A evolução do ÒRÍ é um trabalho constante de seu portador, o homem, desde a escolha do ÒRÍSÁ certo, pela leitura de seu ODU pessoal obtido pelo Babalawo ou Iyalòrìsá no jogo de búzios ou pelo ÒPÈLÉ IFÁ. Desde seu conhecimento de seu ODÚ pessoal, o homem inicia seu BARA, passa a cumprir sua obrigações" com seu ORIXÁ e, assim, desenvolve e revitaliza o seu ÒRÍ. É este ÒRÍ que possibilita homem a formar e a mudar o seu destino e transformar a própria natureza ao seu redor. Para os Yoruba, o homem que, em sua constante evolução dialética, desenvolve em vida o ÒRÍ pela magia do ÀSÉ e recria na morte pela contradição implícita do ARAORUN (que surge do próprio òrí); o eterno princípio. Dessa forma, identificam no amor humano o maior dos ÀSÉ, o grande princípio. O conhecimento do ODU pessoal é, como ficou claro, de suma importância para que se encontre o perfeito equilíbrio na vida, seguindo as orientações contidas no ratado do seu ODU, o ser humano poderá prosseguir em sua vida com total segurança, evitando os percalços ocasionados pela quebra de tabus, que nos levam a situações inusitadas e indesejáveis de desconforto e infelicidade. É muito raro encontrarmos pessoas que sejam de ODU MEJI e a possibilidade matemática de que isso possa ocorrer é muito remota. Todos tem o direito de orientar suas vidas, buscar o equilíbrio e a segurança que o conhecimento das mensagens contidas nos seus ODU pessoais podem proporcionar e isto só é possível através da consulta ao Oráculo de Ifá, devendo serem desprezadas todas e quaisquer técnicas baseadas em cálculos matemáticos, feitos, quer seja a partir da data de nascimento da pessoa, quer seja pela numerologia de seu nome. O Oráculo Divinatório de Ifá é praticado há muitos e muitos séculos, sendo originário do coração da África Negra, desde uma época em que as pessoas sequer conheciam o calendário, não sabiam as datas dos seus nascimentos, não liam, não escreviam e não dominavam a Aritmética.

De que forma, questionamos, poderiam saber qual a ODU pertenciam?

A Numerologia é uma ciência completa e eficiente, mas de origem absolutamente diversa do Oráculo de Ifá, ao qual é estranha.

Sabemos que os algarismos correspondem à potências e energias que atuam efetivamente sobre o destino do homem, mas isto nada tem a ver com o Ifá. Se os cálculos matemáticos funcionassem dentro do nosso sistema oracular, a coisa seria simplificada de tal forma, que poderíamos jogar fora os búzios, opele, aiyo e os ikins e substituí-los por calculadoras ou computadores que, com o simples acionar de algumas teclas, nos dariam as respostas desejadas.

VI Poema de Ifá: Ajalá e a escolha de ÒRÍ

"KÓ SOOSA TÍÍ DANI GBÉ, LEYIN ENI ÒRÍ"

Nenhum Deus abençoa o homem, sem que sua cabeça o permita.

ESE ODÚ OGUNDA

(Tradução de um ESE de ORÍ)

Num jogo de Ifá, perguntaram a ÒRÚNMÌLÁ:

"- Quem seria capaz de nos levar ao Infinito? (infinito = caminho da vida da pessoa).

SANGO disse que quando chegasse a OYÓ e lhe dessem certas comidas, ele satisfeito voltaria à sua casa, abandonando a pessoa. Perguntaram o mesmo a OYÁ, e ela respondeu, que quando chegasse a qualquer cidade e lhe dessem certas comidas, ela satisfeita voltaria para casa.

Resumo: enquanto dermos comida ao nosso Orixá, ele nos cobre e depois recolhe.

Perguntaram de novo a IFÁ e ele respondeu que Òsàlà e ele respondeu que quando chegasse à cidade de Ifé, comesse, aí então ele ficaria satisfeito e voltaria para casa. Se nem Òsàlà é capaz de nos levar ao Infinito, então, quem é capaz?

Resposta: só Lebara.

Perguntaram a ÈSÙ: "- Se você caminhar, caminhar e chegar a Keto, e lhe derem 1 galo no dendê ? Ele respondeu: - Comia e quando estivesse satisfeito voltaria para minha casa. Voltaram e perguntaram de novo a Ifá:

"- Então, ninguém é capaz de nos levar ao Infinito? Quem será? Tal conhecimento, tal sabedoria, quem a tem?

IFÁ respondeu."- Somente o Orixá ÒRÍ é capaz de nos levar ao infinito, até o final de nossa vida." Se uma pessoa morrer, despachamos tudo referente ao Orixá, mas, o que sempre ficou foi o ÒRÍ.

Conclusão: Mesmo se nosso òrìsà está bem, só ficará tudo bem se o nosso Òri estiver também. Primeiro damos comida a Òri no borí, e depois ao orixá. Não há orixá raspado errado, desde que o òri aceitou. Acima de nosso Orixá individual, está o nosso Òrì. Damos ao òrì cera (caroço de algodão), obi, água. Existem apenas 6 bichos para Òrì: pombo, peixe, pato, franga, galinha d’angola e o igbin; apenas um bicho vai ao ori, os outros serão colocados apenas na tigela. O ejé (sangue) de pombo branco, só se for muito importante, necessário, senão estaremos ofendendo Olodumare.

Lenda de Òrúnmìlá

Quando Òrúnmìlá se cansou de viver na terra e da incompreensão dos homens, resolveu ir para o Òrún, mas antes, deu a cada um de seus 8 filhos, 2 caroços de dendezeiro (IKIN), e disse a eles, que quando precisassem, bastava que jogassem os IKIN e teriam as respostas. Deixando claro que o mais importante, era que eles se unissem, assim como o grupo deverá se manter unido.

ÒRÍ - força que orienta o que é bom ou ruim para cada pessoa, é individual. O ÒRÍ tem que ser respeitado, se a pessoa não aceitar é porque o seu ÒRÍ não está aceitando. Deve-se verificar o que acontece no jogo.

Cada um recebe seu ÒRÍ de AJALÁ (é um Imole), antes de vir para o AIYE, passa por um "estágio".

O ÒRÍ supera todos os orixás;

O ÒRÍ é um Imole, ligado só para o bem (da pessoa);

O ÒRÍ é a nossa censura;

O ÒRÍ não se trai, não se engana, é a nossa própria consciência (os valores mais puros). Isso vem explicar a índole de pessoas más, mesmo nascidas em famílias boas, independente da formação; pessoas sofridas que tem a capacidade de amar, odiar, etc...

ÌPÁKO - Òrí

IKOKO ÒRÍ - Poente

ÀPÁ OTUN ÒSU ÀPÁ OSI

(direita do aiye) Voduka (esquerda do aiye) centro cabeça

ojo òrí - Nascente

Os quatros pontos do Universo

A. Ìyo - Òrún - nascente - Leste

B. Ìwo - Òrýn - o poente

C. Òtù Àiye - a direita do mundo - Norte - Ariwa

D. Òsi Àiyè - a esquerda do mundo - Sul - Guzú

Correspondente ao Ser - humano

A - Òrí - cabeça - o nascente - o nascente - o futuro "`orí inu"

{ Odu - destino - òrísà - genitor divino e material - origem - Esú individual Bara

B - ESE - pé direito - ancestrais masculinos

{ pé esquerdo - ancestrais femininos

C - lado direito - elementos masculinos

D - lado esquerdo - elementos femininos

Durante o eborí, sendo os pais falecidos, usar 2 acaçás de cima para baixo na direção das juntas, não esquecendo de colocar as falas do Obi (parte de baixo).

Tudo que existe de adverso ao homem na natureza, os AJÉS, por exemplo, se personifica nos pássaros, ELEYE, que numa imprecisa tradução cultural do Ocidente, identifica com as "bruxas". O AJÉ também é uma forma de AJOGUN (o inimigo); que é identificado por personalidade que traduzem realidade materiais como o IKU (a morte); o EGBA (enfermidade); o OFÓ (perda de bens); ARUN (loucura), etc... Como se pode ver os conceitos Yorubá, partem do real, do material, para formar a sua idéia geral do mundo. ÈSÚ, como dono do ÀSÉ (ONI ÀSÉ), força, magia, arma o ÒRÍ do poder de recusa a ordem, de estabelecer a desordem criativa, tese premissa da antítese necessária à nova síntese estruturante.

Relação ODÚ e as doenças

01 - dermatose - infecções dentárias - problemas na boca

02 - inchaço - problemas de estômago - doenças sexualmente transmissíveis

03 - pulmões - sinusite - ossos - estômago

04 - anemia - eczemas - leucemia - dermatoses - fraturas de braço

05 - globo ocular - problemas de face - hemorragias ventre - dentes

06 - circulação sangüínea - problemas Urinários - depressão - enxaqueca - prob. Parto

07 - doenças de pele e hemorróidas

08 - cólicas - hérnia de disco - deformações coluna - desequilíbrios

09 - paralisias - enxaqueca

10 - sudorese - artroses - esclerose - reumatismo

11 - problemas Abdominais - leucemia - envenenamento (ingestão de comidas estragadas)

12 - problemas Renais - diabetes - hipertensão - cefaléia (devido quedas e ou pancadas)

13 - artrite - artrose - dores coluna - doenças diversas

14 - possibilidade qualquer cirurgia - globo ocular - gravidez com perda

15 - olhos - tórax - estrabismo

16 - qualquer doença - morte com sofrimento

OBS: Os Odú envolvidos com mulheres que pariram filhos com doenças congênitas são: 9 - 11 - 12; e os que podem confirmar no jogo são o 9 - 7 e 1.

ODÚ e regiões do corpo

01 - língua - garganta - respiração - cordas focais

02 - pênis (podendo trazer impotência)

03 - pênis - membros superiores - estômago

04 - artérias - circulação - vesícula - partes do intestino - costas - olhos

05 - ossos - cartilagens

06 - aparelho urinário

07 - pele - anus

08 - sistema respiratório - coluna - vasos sangüíneos

09 - órgãos internos - fossas nasais - membros inferiores - genitais femininos

10 - pernas - joelhos - ventre - circulação sangüínea

11 - mão - cólicas menstruais

12 - rins - pâncreas

13 - juntas - cartilagens - unhas - cabelos

14 - vértebras - movimento da coluna

15 - pernas - olhos - lábios - ouvido - peito

16 - corpo todo

Vocabulário

EBÓ - sacrifício

Ebó Aláfia - oferendas aos orixás para paz

Ebó Èse - para purificação

Ebó Fífì - deixado às ondas

Ebó Ìdámewa - obrigação religiosa

Ebó Igbéso - deixar em algum lugar alto

Ebó Itasile - bebida aos santos

Ebó Opé - de agradecimento

Ebó Oreàtinúwa - oferenda voluntária - gratuita

Ebó Oresísun - lançada ao fogo

Ikú - morto

Erú - escravo - cativo

Erán - (subst) terreiro, centro (do chefe)

Ex: O FI OWO LE ERÁN = Ele tem seu terreiro na palma de sua mão

Eran - carne

Iya - mãe

Iya agan ou Gan - função de cuidar de Eguns

Iya Basse - cozinheira dos santos

Iya Moro - adjunta do(a) zelador(a)

Iya Tebexe - solista - especializada nas cantigas de barracão

Búzio - Kauwí - Ówokán - Ókán

Fome - izala (Angola) Ebi npá (Yorubá)

Jinká - baixo ventre - quadris

Cabeça - Kóngbarí, Òrí (Yoruba) Otá (Gege)

Banheiro - Baluwé = Ibaluwé

Banho - maionga / maianga (Angola) - Tó (Gege) - Wiwé / Iwé (Yoruba)

A liberdade de consciência tem sua, expressão máxima na liberdade religiosa, faculdade que cada um tem, de adorar a Deus, de acordo com a liturgia de seu culto.

José de Souza Marques

ORIN ÒRÌ

Bí o bá máá lówó

Se você quer ter dinheiro

Bèèrè si òrì rè

Pergunte a seu òrì

Bí o bá máá sòwò

Se você quer ser reconhecido

Bèèrè si oríí rè wò

Pergunte antes a seu orí

Bí o bá máá Kolé

Se você quer ter casa

Bèère si oríí rè

Pergunte ao seu orí

Bí o bá máá láya o

Se você quer ter esposa

Bèère si oríí rè wò

Perguntes antes ao seu orí

Oríí máse pekun de Orí,

não me feche as portas

L’ódò rè ni mo mbó

Para você que eu sigo (eu vou)

Wá, sayáè mi di rere

Venha, faça meu caminho ser bom (próspero)

ORIN ÒRÌ

Òrì mi ò sérere fun mi

Meu orí faça o bem para mim

Òrì mi ò sérere fun mi

Meu orí faça o bem para mim

Òrì oka ni sanu oka

Òrì ejo ni sanu ejo

A cabeça da serpente não a maltrata

Afo mope ni sanu ope

A trepadeira da palmeira não a maltrata (parasita)

Òrì mi ò sérere fun mi

Meu orí faça o bem para mim

Ou seja: "Aquilo que nós fazemos, é em nosso próprio benefício. Aqueles que fazem o mal se arrependam. Que as pessoas aproveitem o conhecimento em função de coisas boas. Aqueles que parasitam, não destruam a fonte da sabedoria."

IJUBA ÒRÌ

O se, o se o, o se o

Eu agradeço, agradeço, agradeço

Osè baba wa

Por existires Pai (em mim)

O se, o se o, o se o

Eu agradeço, agradeço, agradeço

Osè baba wa

Por existires Pai em mim

Introdução à Orunmilá pelo Sistema Oracular de Ifá

Organograma

ÒLÒRÚN

ÒRÚNMÌLÁ

IFÁ

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

256

òrí

ÒRÍSÁ

"Só ao iniciado cabe antever o segredo oculto pelo mariwo", afirma a máxima Yorubá".

Outro gráfico:

Òlorún

Orunmilá

Ifá

16 + 1 agba odú e os 256 òmó Odu

1 caminho individual

5 caminhos da vida humana no Planeta Terra

Ipori - local onde se moldam as cabeças

Ajalá - aquele que faz as cabeças

Ori - aquele que representa todas as cabeças

Òrísá - Energias da Natureza Terra

Oduduwá - Ser humano em sua caminhada pela terra, até seu regresso ao Òrún

Òrunmilá - o grande adivinho

Ifá - oráculo, sistema, adivinhação ou adivinhar

Antes de começarmos, propriamente dito, as explicações sobre o Jogo de Búzios, precisamos esclarecer, que como quase todos os demais processos divinatórios, apresenta como pré-requisito para que possa ser acessado, algum tipo de iniciação por parte do adivinho, assim como a consagração dos objetos concernentes à prática oracular. O Babalawo (pai que possui o segredo), é o sacerdote de maior importância dentro do sistema religioso em questão. Todos os procedimentos ritualísticos e iniciáticos dependem de sua orientação e nada pode escapar de seu controle. Para absoluta segurança e garantia de sua função, ele dispõe de 3 formas diferentes de consultar o Oráculo e, por intermédio delas, interpretar os desejos e determinações das Divindades e de outros Seres Espirituais. Estas diferentes formas são escolhidas pelo próprio Babalawo, de acordo com a importância do evento a ser realizado, de sua gravidade e significado religioso. Por sua importância e precisão, o Jogo de IKIN é utilizado exclusivamente em cerimônias de maior relevância e só pode ser consultado pelos Babalawo, sendo direito exclusivo desta carta sacerdotal. Compõem-se de 21 nozes de dendezeiro, que são manipuladas pelo adivinho, de forma a proporcionarem o surgimento de figuras denominadas ODÚ, portadoras de mensagens que devem ser decodificadas e interpretadas para que sejam corretamente transmitidas aos interessados. Os IKIN são selecionados e dos 21, somente 16 são colocados na palma da mão esquerda do adivinho que, com a direita, num golpe rápido, tenta retirá-los dali de uma só vez. A configuração do ODÚ é determinada de acordo com a quantidade de IKIN que sobrem na sua mão esquerda. Se restarem 2 nozes, o adivinho fará sobre o seu OPÓN (tabuleiro de madeira recoberto com ierosun - pó sagrado) um sinal simples, pressionado com o dedo médio da mão direita, o pó espalhado sobre a superfície do tabuleiro. Se ao contrário restar apenas 1 noz, o sinal será duplo e marcado com a pressão simultânea dos dedos anular e médio. Esta operação é repetida tantas vezes quantas forem necessárias para que se obtenha 2 figuras compostas, cada uma, de 4 sinais simples e duplos, superpostos verticalmente, o que proporcionará o surgimento de 2 colunas, inscritas da direita para a esquerda, uma ao lado da outra. Se na tentativa de pegar os IKIN, sobrarem mais de ou nenhum, a jogada é nula e deve ser repetida. O Jogo de ÒPÈLÈ obedece à mesma ritualística exigida pelos IKIN, sendo como aquele, exclusividade dos Babalawo. Trata-se no entanto de um processo mais rápido, já que um único lançamento do rosário divinatório proporciona o surgimento de 2 figuras que, combinadas, formam o ODÚ. O rosário ou colar usado, é formado por uma corrente de qualquer metal, onde são presas 8 favas, conchas ou quaisquer objetos de forma e tamanhos idênticos, que possuam um lado côncavo e outro convexo, que irão possibilitar, de acordo com suas disposições em cada lançamento a "leitura" do ODÚ que se apresenta.

Procura do ODÚ

"De manhã cedinho, cada um dos òmò titun é levado separadamente ao local consagrado a esse deus. O iniciado é sentado sobre um pano branco, de costas para o Oju Shango, e entre suas pernas estiradas coloca-se um edum-ará, o mesmo que serviu para sua consagração ao deus no dia do seu oroshíshe. Iyá Shango pergunta-lhe: "Procuras o poder do Orisá ou o poder do dinheiro?" O candidato responde: "E o poder do Orisá que eu quero". Em suas mão juntas ele recebe de Iyá Shango dezesseis búzios, com os quais fará a adivinhação. O òmó titum esfrega os búzios nas mãos, com elas aponta para os quatro pontos cardeais, para o alto e para o chão, toca-se três vezes na testa e joga-os sobre o pano, entre suas pernas. Iya Shango examina a posição dos búzios, contando os abertos e os fechados, e em voz alta anuncia o resultado, provocando comentários dos espectadores..." (trecho retirado do livro de Pierre Verger) É importante deixar-se claro que a cerimônia acima descrita, refere-se à uma iniciação, ocorrida na África, de um Elégun Sangó, motivo pelo qual citam-se fundamentos deste Òrísá, como por exemplo edun-arà. Podemos afirmar com absoluta certeza que, de posse do conhecimento do seu ODÚ pessoal, cada indivíduo pode viver com muito mais tranqüilidade, sabedor que passa a ser do que deve ou não fazer e, que tabus lhe são impostos, quais os Òrísá que deve cultuar, quais folhas lhe são propícias, cores, alimentos, procedimentos, tendências, defeitos, qualidades, etc..., como se adquirisse uma espécie de radiografia do seu destino, da sua vida e do seu caráter.

Nossa trajetória neste mundo é determinada por nós mesmo, antes de cada nascimento, através da escolha do nosso destino que é fundamentado pelas regras e mandamentos que nos são revelados através do nosso ODU pessoal.

As tendências por eles trazidas, não devem ser vistas como provas incontestáveis do caráter e do procedimento de cada um pois, pelo livre arbítrio, a pessoa tem a opção de seguir ou não estas tendências, livrando-se, através do seu conhecimento, das coisas ruins que podem ser vivenciadas na sua estadia sobre a Terra. O mal pode ser evitado, o bem deve ser perseguido e desta forma, seguindo os ensinamentos de Ifá, na observância plena das orientações contidas nos seus signos, podemos viver em total equilíbrio com a natureza, vivendo o Irê (positivo) dos nossos ODÚ. Uma das vantagens que o jogo apresenta sobre os outros sistemas oraculares existentes em nossa terra é o fato de não somente diagnosticar o problema, como também o de apresentar a solução, através de um procedimento mágico denominado EBÓ. Sendo Ifá, o nome do sistema de Òrúnmílá, este processo é muito importante e respeitado no dia a dia do povo Yoruba. Entende-se que Òrúnmìlá é um elemento cósmico da criação e de todo sistema terreno, assim como, de processo adivinhatório do destino de cada um e de tudo que está ligado a natureza. Acredita-se que Deus, mandou Òrúnmílá à Terra, para que desse vida ao mundo, por possuir grande sabedoria, conhecimento e inteligência, ELE também permitiu a Òrúnmílá, o mais importante posto entre todos os Irunmalé e Eborá, divindades adoradas e respeitadas pelo povo Yoruba. Se procurarmos entre os Oriki de Òrúnmílá, vamos encontrar uma exaltação como: ÀKERE FINU SOGBON’, que quer dizer: - o pequeno que utilizou o interior cósmico, para obter sabedoria. Certa vez, Òrúnmìlá viveu na Terra, por algum tempo, antes de decidir voltar definitivamente, em ILE IFÉ e ADO EKETI. De vez em quando ele era chamado por Olodumare, para que usasse sua sabedoria e se reforçasse em seus conhecimentos, com o intuito de consertar o mundo, e, por esta razão, ele também é chamado de OGBAIYÉGBÒRÚN, que quer dizer: aquele que vive na Terra e no Céu. Uma das muitas estórias de Orunmilá, conta que ele teve 8 filhos, e, que durante uma festa, o caçula de seus filhos o desrespeitou, por esta razão ele teria retornado ao céu, por ter ficado aborrecido, devido a isso, passou a existir uma expressão: "IFÁ BA RÈLÉ ÒLÓRÙN KO DE MO O LÈNI TÉ E BARI E AS MÁÁ PE NI BABA", que quer dizer: - já que são bons conhecedores, exerçam minha função e fiquem senhores do mundo, porque irei para o céu me juntar ao Pai. Mas antes de ir, deu 16 IKIN, para seus filhos e disse: ‘" ONI BÉ É BA DELE BÉ É BA FOWOO NI ENI TÉ E WA BI NU UN", que quer dizer: - faça uso somente quando foi necessário. Assim, esse exemplo, cabe a todos os Babalawo, que só deverão consultar Ifá, apenas quando houver necessidade. Òrúnmìlá vem a ser a força, o poder e os mistérios dos 4 elementos que compõem o mundo, seus representantes são:

OBI (noz de cola) - ar, fôlego.

ÒRÍ - fogo, sensação,

ILÉ - terra, chão, corpo, matéria e

OLÓKUN - água, rios, oceanos, fazendo com a união dos 4 elementos, o equilíbrio de todo o Sistema.

A proposta é descrever minuciosamente a técnica e a magia do verdadeiro jogo de búzios, na forma exata como é praticada pelos adivinhos africanos, e se fizermos uma referência sobre os demais processos divinatórios (IKIN e ÒPÈLÈ), foi com o objetivo de ressaltar a sua importância e esclarecer que aqueles procedimentos não podem, nem devem ser consultados por pessoas não iniciadas no culto de Òrúnmílá, sendo sua prática terminantemente proibida a pessoas do sexo feminino como a todos os que praticam o homossexualismo. Ficando para as mulheres apenas o uso dos búzios - Kawrí e das Favas de Òsoosi (Ayó).

Os ODÚ de Ifá são divididos em 2 categorias distintas, a saber:

a - os ODÚ MEJI (duplos), são em n° de 16 e compõem a base do sistema, sendo por isto conhecidos como ODÚ principais.

b - os ÒMÓ ODÚ ou AMÒLÚ, resultado da combinação dos 16 Meji entre si, o que proporciona a possibilidade de surgimento de 240 figuras compostas ou combinadas que, comadas aos 16, totalizam um n° de 256 figuras oraculares.

Ao contrário do que muitos pensam, todos os ODÚ de Ifá são portadores de coisas boas e de coisas ruins, o que nos leva a concluir que não existem ODÚ positivo ou negativo. Esta afirmativa faz com que se complique ainda mais a adivinhação, na medida em que o adivinho tem que interpretar se a mensagem trazida pelo ODÚ que se faz presente é boa ou ruim. Existem algumas figuras que são, na maioria das vezes, portadoras de boas notícias mas que podem também prenunciar coisas terríveis, acontecimentos nefastos, loucura, miséria e morte. A ignorância deste fato tem proporcionado grandes absurdos, como o costume de se "assentar" este ou aquele ODÚ considerado benfazejo e "despachar" outros considerados malfazejos. É indispensável portanto, à qualquer pessoa que pretenda jogar búzios, um conhecimento mínimo razoável dos 16 ODÚ principais, seus significados, suas características, suas recomendações e interdições, os tipos de bênçãos ou de maus augúrios dos quais podem ser portadores, com quais ÒRÌSÁ e demais entidades podem estar relacionados, os tipos de sacrifícios que determinam, etc. Como se pode ver, trata-se de uma tarefa que, por sua importância e responsabilidade exige, além da iniciação específica, muita dedicação, muito sacrifício e principalmente, muitas e muitas horas de estudo. Acima de qualquer coisa, o Jogo de Búzios exige um ritual diário que objetiva assegurar bons resultados nas consultas. Todos os dias destinados à consulta, ao despertar, o adivinho tem que proceder ao ritual de abrir o jogo" o que exige a recitação de rezas apropriadas, denominadas MOJUBA", por intermédio das quais Òrúnmílá, os Òrísá, os Ancestrais, os Elementos da Natureza e outras entidades são reverenciados e convidados a participarem do jogo, permitindo que este seja efetuado sob seus auspícios e proteção.

Após seu banho matinal indispensável e sem que tenha dirigido uma só palavra a qualquer pessoa, o adivinho dirige-se.

A 1ª caída, esta é a mais importante de cada consulta, pois indica o ODÚ ÒPOLÈ, ou seja, o ODÚ que se apresenta como orientador, regente e responsável pela consulta que está sendo feita, correspondendo ao PRESENTE; a 4ª caída é o FUTURO (positivo), impedido de atuar devido as outra caídas (2ª e 3ª).

O Babalawo deverá estar sentado de frente para o Norte (ARIWA), a sua direita para o Leste (ILA ÒRÚN), com isto, o consulente estará com sua esquerda para o Leste (nascente).

Norte Presente

ARIWA

Negativo Futuro Presente

Leste Oeste Positivo

Ila Òrún Iwo Òrún

Futuro

Sul Negativo

Gusú

Vocabulário

Iká - presságio de Besseyn/Oxumare. Significa o princípio da criação do Universo, em qualquer caminho de ODÚ torna-se necessário obter a permissão de IKÁ.

Afesú - ritual secreto do roncó, durante a iniciação, no qual acontece o comprometimento do iniciado com o seu Òrísá; sem essa realização, não existe uma "feitura" completa ou correta.

Banco - Ága - Itisé - Apotí Ijok (Yoruba)

Banhar-se sozinho - Dawé (Yoruba)

Explicação dos sinais positivos / negativos e neutros

Búzio fechado sobre outro búzio aberto = MENOS

Búzio aberto sobre outro búzio aberto = MAIS

Quando não houver nenhum búzio por cima do outro = NEUTRO

Ajudantes de Òrúnmìlá:

Èsú - para trabalhos benignos e malignos.

Òsaiyn - para curas em conjunto com os 16 ODÚ.

Odú - destino, caminho.

Ori - para conduzir s destinos e os pensamentos.

Os Odú são 16, até o Odú 14 são analisados por analogia histórica, prevalecendo suas formas preceituais e suas devidas ordens. Os Odú 15 e 16, quase sempre não são analisados. Diz um ditado Yoruba: "Só se pode justificar um fato, com a citação de outro fato análogo."

ODÚ por ordem de chegada

1 - Ogbè 9 - Ògúndá

2 - Òyèkú 10 - Òsá

3 - Ìworì 11 - Ìká

4 - Odi 12 - Otúrúpòn

5 - Ìrosún 13 - Òtúrá

6 - Òwórín 14 - Ìrètè

7 - Òbàrá 15 - Osé

8 - Òkònrán 16 - òfún

Nome dos ODU após OSÉTÚRÁ

1 - Òkònrán 9 - Òsá

2 - Oko ou Ejioko 10 - Òfún

3 - Etaògúndá 11 - Òwórín

4 - Ìrosún 12 - Ejilasèbora

5 - Osé 13 - Ejiologbon

6 - Òbàrá 14 - Ìká

7 - Odi 15 - Obetegunda

8 - Ejionilé 16 - Ìrétè Aláfia ou Òrúnmìlá

Correspondência dos ODÚ por ordem de chegada com os após OSÉTÚRÁ

1 - Ogbè 8 - Ejionilé

2 - Òyièkú 13 - Olugbon

3 - Ìworí 15 - Obetegunda

4 - Odi 7 - Odi

5 - Ìrosún 4 - Ìrosún

6 - Òwórín 11 - Òwòrín

7 - Òbàrá 6 - Òbàrá

8 – Òkonrán 1 -Òkònran

9 - Ògúndá 3 - Etaògúndá

10 - Òsá 9 - Òsá

11 -Iká 14 - Ìká

12 - Otúrúpòn 12 - Ejilasèbora

13 - Òtúrá 2 - Oko ou Ejioko

14 - Ìrètè 16 - Alafia - Ìrètè

15 - Osé 5 - Osé

16 - Òfún 10 – Òfún

Da união do Odú Osé e Òtúrá, nasceu OSÉTÚRÁ

Como e quando deve-se encaminhar as fases negativas

Apenas 1 caída

1 – Òkònrán, 4 – Ìrosún, 7 – Odi, 9 - Òsá, 10 – Òfún, 11 – Òwórín, e 13 - Ologbon

Apenas 2 caídas

5 – Osé

Apenas 3 caídas

2 – Ejioko, 3 – Etaògúndá, 6 – Òbàrá, 8 - Ejionilé, 14 – Ìká e 15 - Obetegunda

Odu que são envolvidos apenas com Esú

1 – Òkònrán, 6 - Òbàrá e 7 - Odi

Odu envolvidos apenas com Egun

4 – Ìrósun, 9 – Òsá, 10 - Òfún e 13 - Ologbon

11 – Ówórin é envolvido com Èsu e com Egun

Não podemos esquecer que a maneira de encaminhar os Odú é diferente da forma que se lê. Na leitura lê-se 1ª, 2ª e 3ª caídas seguindo a seqüência da jogada dos búzios.

1ª Norte para 1° caminho - encruzilhada, mato ou estrada

Leste e dependendo da categoria do ODÚ

2ª Leste para 2° caminho - praça, estrada ou mato

3ª Sul 3° caminho - rio, mar aberto (água)

Obs.: Quando na 1ª caída sair o ODÚ 5, 8 ou 10, estes estão trazendo um aviso / alerta, que não devemos deixar passar em branco.

Respostas para o Jogo de Obi / Orogbô / Búzios

1. se os 4 pedaços caírem com a parte interna virada par cima, a resposta é Sim = Aláfia; situação favorável, afirmação.

2. quando a situação for inversa ou seja, quando a parte externa está para cima, a resposta é Não = Oyiekú; negação, desastroso, total desfavorecimento.

3. se caírem 2 partes externas e 2 partes internas a caída chama-se Eji Laketú; talvez, alguns interpretam como afirmação, ocorrerá o que se perguntou.

4. quando cair 3 partes internas para cima e 1 para baixo, a resposta é "quase" boa = Etaawá; grande possibilidade de se positivar.

5. se caírem 3 partes externas para cima e 1 para baixo, a resposta é desfavorável = Okònrán; , negação, difícil haver situação favorável.

Obs.: em caso de respostas desfavoráveis, ou seja, não cair Aláfia, repete-se o jogo mais 3(três) vezes não esquecendo, nessas repetições, de esfriar-se o chão (com a quartinha) e usar um pouco de mel, depois coloca-se também no prato que está se jogando. Se as 4 (quatro) tentativas forem desfavoráveis, verifica-se o que está contrariando o Orìsá ou o Òrí. Após a verificação, engrandece-se um pouco mais as oferendas ao Orìsá.

Quando a caída se mantém negativa, coloca-se as partes do Obi ou Orogbô em cima de um acaçá, em posição de Aláfia, leva-se para Onilê (Terra), não esquecendo de esfriar a porta, volta-se ao quarto de santo e começa-se tudo de novo com outro Obí/Orogbô. Se ao jogar novamente o jogo se fecha, repete-se a mesma operação, só que dessa vez, despacha-se também as comidas secas, encerrando-se a obrigação por esse dia, deixando-se tudo para o dia seguinte. No outro dia, lava-se, defuma-se os bichos e faz-se apenas canjica e acaçá, recomendando a jogar, agora, se fechar novamente, não tem mais o que discutir, deverá ser levado tudo, inclusive os bichos para o mato e oferece-se para o Orìsá, para quem seria feita a obrigação.

Conhecimentos básicos de Yoruba, os sons das letras

A – amor J – dji S - cerca

b – bom K – quilo S - xuxu

d – dado L - louvar T - tatu

e – estrada YI – nhi V - vaso

E - éter M – maça W - uva

f – frio N – nazaré Y - Yoruba

g – gata O – ouvir IY - i

h – ruma O – ordem I - idade

r - rato

GB - pronuncia-se + acentuados o som "Bu"

P - pronuncia-se ao mesmo tempo PQ, sendo + acentuado o som "Pi".

Obs.:

1) os verbos são conjugados, porém existe um auxílio determinado o tempo.

ex.: verbo fazer - SE

fazendo - NSE (n=um)

fiz - TI SE

farei - IYO SE

2. a letra A após a letra N, tem o som de à = maçã

Vocabulário

Oiynbo - estrangeiro

Abaja - obi de 2 gomos

Abata - obi de 3 gomos

Atan - lixeira

Òrísá - O - ele + Ohun = viu + As + juntar = Ele viu e juntou

Oritá meta - encruzilhada

Ebó Odú

Após a permissão de Òrúnmílá para que seja feito o ebó com ou sem conjugação, deveremos observar o local do ebó e a ordem correta de passar os elementos no corpo do consulente.

- Alguidar (riscar o n° do Odú em cruz com pemba branca), morim branco (palmos, se necessário também morim preto e vermelho), canjica, pipoca, acaçá, bolos de arroz, bolos de farinha, acarajés, ecuru, ovos, quiabos, velas moedas, ave, folhas (São Gonçalinho ou aroeira). A quantidade dos elementos dependerá do n° correspondente ao ODÚ a ser dado caminho na sua parte negativa. Antes de se começar o ebó, devemos saudar Ilé, Èsú, Òsaiyn, Osóòsi e Ogun, logo na estrada do Igbo (mata), fazendo as oferendas e os ORIKI. As oferendas são 1 de cada elemento do èbó (marcado), além de levar 3 elementos a mais para a pessoa que irá passar o èbó. Durante todo o èbó, deverá haver silêncio, e a pessoa se manterá de pé, até a entrega do carrego, somente então poderá comer alguma coisa leve. Pois na véspera, esta pessoa deverá começar jejum de carnes vermelhas, sexo, e bebidas alcoólicas (a partir de 22:00), pela manhã poderá tomar um chá. Durante o período do resguardo, só poderá usar roupas claras, de preferência branca (16 dias), após o 7° dia, depois de ter feito o Obi d’água, já poderá comer carnes brancas.

Banho após o èbó

1 ovo - quebrar com cuidado na testa do consulente para não machucar.

Ajabó, água de canjica e agbo (omin eró fresco)

Após o èbó, a pessoa deverá tomar banho de folhas: Mariwo, Peregun, Teteregun, Tete, Efinrin, Afèré, Obe Egun (mariwô, peregun, cana do brejo, caruru sem espinho, mutamba, espada de S. Jorge). Se os ODÚ que forem encaminhados não tiverem envolvimento com ÈSÚ ou Egun, o banho deverá ser de folhas calmas, durante esses 7 dias: Rin rin, Dun dun, Ewu, Ojuoro, Oshibatá (oriiri, saião, algodão, erva Sta. Luzia, oxibata).

Quando não se obtiver permissão de Orunmilá, para fazer Èbó ODÚ no consulente, faz-se apenas Èbó Esú ou Ebó Ikú, pois a decisão cabe a ele, saber se o consulente merece ou não. As velas dos èbós não serão nem acesas e nem quebradas, apenas no ebó ikú se quebrarão as velas.

Observações importantes, ainda sobre ODÚ:

- somente se entrega ou faz-se èbó ao por do sol.

- se o Odú do èbó, correspondem a Egun, no 4° dia após das 9 acarajés nos pés de Oya e mais 9 numa árvore frondosa, fora de casa (gameleira), fazendo o Oriki Oya;

- 7,8,9 ou 10 dias após, dar Obi d’água ou Ògbòrí;

- 16 dias poderá ser feito obrigações de santo, feitura ou comidas secas para o Orixá;

- 21 dias depois, dá-se o presente do ODÚ à direita, sempre ao nascer do sol ou antes do pôr do sol, nunca depois.

Quando ao Odú 12 (Ejilasèbora), quando ele se apresenta o jogo fica encerrado, porque o problema e de cobrança de santo, não havendo èbó específico, e, sim èbó comum e obrigações a serem feitas. Não podemos deixar o consulente sair sem antes fazer-se um èbó de coisas brancas, prepara-se um banho de folhas e pede-se ao cliente para voltar depois de 4 dias, nesse intervalo ele deverá tomar banhos de folhas, que foram preparados antes e dado a ele para levar (1° e 4°, será na roça de santo). Ao retornar, recomeça-se o jogo de onde paramos, caso se repita a mesma situação, repetimos tudo novamente, mas avisando ao cliente que é obrigação de santo.

EX.: 3 Fazer èbó Odi ou èbó Èsú (beira d’água)

12 6 3° dia das 3 padês para Èsú e comida para Ogun

6° dia fazer um ajabó

7 8° dia Obi d’água

16° dia fazer eborí, obrigação ou feitura

21 dia presente a ODÚ

Com relação ao ODÚ OSÉ, caso apareça no jogo 2 vezes, o ebó é para ser feito numa lixeira pequena e se cair 3 vezes deverá ser feito numa lixeira grande. Durante o resguardo para ÒDÁ, o consulente deverá usar uma peça vermelha ou um pedaço de fita amarrada na cintura.

Locais par entrega de èbó ODÚ

água - praia ou rio / campo aberto / estradas / matas / praças / pedreiras / lixeiras (grandes ou pequenas) / encruzilhadas.

O penúltimo elemento a ser passado é a ave por último as folhas, mas nem todos os elementos se passam na cabeça, por exemplo: bala de revólver, facas, punhais, pregos, velas, moedas, corda, charutos, espada de madeira, panos preto e vermelho. Esse tipo de èbó não se faz em casa, e sim no local já pré-determinado pelo jogo. Quando for necessário fazer em casa, após o carrego, bate-se folhas na casa e joga-se agbo até a porta da rua, depois defuma-se tudo dos fundos para a frente (saída). Em caso de encaminhar ODÚ de pessoas doentes, após passar a ave, manda-se que se cuspa 3 vezes dentro do bico da ave, para depois soltá-la em cima do ebó, ainda viva. Em ebó ODÚ, as aves são mortas, apenas nos èbó IKÚ ou èbó Èsú. Caso tenha feito a mais, esse material deverá ser despachado, evitando voltar pelo mesmo caminho, e o consulente não deverá passar pelo local do carrego, no mínimo por 30 dias. Nos ODÚ que corresponderem a Òsàlà (Ejionile e Òfún), não utilizar dendê, e, sim óleo de algodão, arroz e milho. Os elementos que serão passados no consulente, deverá ser da esquerda para direita, de cima para baixo sem voltar e por último a sola dos pés. O èbó ODÚ, só poderia ser passado por pessoas de OYA ou de OGUN, de preferência de OYA, e, somente será feito com a permissão de Òrùnmíla. Se por acaso o ebó for entregue de carro, este não poderá dar marcha a ré, e a pessoa que carregar o ebó ao entrar no carro, deverá ser de costas reverenciando, e após sentar- se não poderá voltar-se para traz. Se o ebó for caminho de encruzilhada, observa-se o lado esquerdo, da seguinte maneira: a numeração baixa para alta, o lado esquerdo estará à esquerda da pessoa (geralmente a numeração ímpar é a esquerda).

Complementos principais dos Èbó ODÚ, quando houver necessidade dos mesmos serem encaminhados individualmente ou conjugados.

1 - Òkònrán

bife com ou sem osso / faca de cabo de madeira ou punhal / 1 prego grande / bala de revólver / morim preto e vermelho

2 - Ejioko

2 panelinhas de barro (não vitrificadas) / 2 moringuinhas / 2 bolas de gude / 2 peões de madeira com as fieiras (tamanho do cliente)

Obs.: após passar os elementos normais, despeja-se água na cabeça e ombros, recolhendo com a moringuinha (frente/costas). As panelas, as moringas e as bolas de gude colocando cada uma numa panela, que será colocado dentro do ebó, são passadas do pescoço para baixo, os peões, as fieiras, estes serão colocados dentro das panelinhas com as fieiras em volta. Local - mato com riacho limpo.

3 - Etaògúndá

3 pedaços de corrente de ferro, sendo que cada pedaço seja a medida de 1 volta e meia da cabeça; 1 volta e meia dos punhos, com as mãos postas; 1 volta e meia dos tornozelos com os pés juntos; e que deverão ser passados da cabeça aos pés juntos; e que deverão ser passados da cabeça aos pés, após, colocar em posição esticada em cima dos outros elementos do ebó. Local - mato

4 - Ìrosún

4 palmos de corda sisal não muito grossa.

Obs.: quando passar, apenas do pescoço para baixo, cruzando na frente e nas costas.

6 - Òbàrá

1 abóbora moranga perfeita, inteira e fechada / 1 sacola de algodão que tenha 1 vez e meia a circunferência da abóbora / 1 faca de madeira.

Obs.: passa-se a abóbora no corpo do cliente (pescoço para baixo), e a sacola também; coloca-se a abóbora dentro da sacola dobrando-se a parte restante para baixo, com cuidado para não virá-la para baixo e colocá-la em cima do ebó. Após passar a faca, colocar em cima com a ponta virada para o por do sol (poente). Local - pedreira na mata

7 - Odi

garrafa de cachaça / facas ou punhais / balas de revólver / charutos / caixas de fósforo / morim preto e vermelho

Obs.: para conjugar, basta apenas as 7 facas ou punhais.

8 - Ejionilé

bandeira branca de morim presa a 1 galho o haste de madeira sem casca (gameleira ou São Gonçalinho), passar da cabeça aos pés ou 1 molde do pé esquerdo do cliente, feito com cerca de 8 velas / 8 bolas de algodão molhadas em óleo de algodão/milho/arroz e que deverá ser passado da cabeça aos pés e colocadas em cima do molde do pé / 1 bola de chumbo, passado do pescoço para baixo, e colocada em cima das bolas de algodão / 1 bandeira colocada ao lado do pé. Local - numa pedra dentro do rio.

9 - Òsá

espelho redondo (cliente deverá olhar apenas na hora do ebó, colocar virado para baixo) / 9 ovos de pata ou 1 pata branca

Obs.: pode conjugar com Irosun e Osa.

10 - Òfún

pomba branca (independente da ave do ebó).

11 - Òwórín

11 facas ou punhais / 11 balas de revólver / 11 pregos grandes

13 - Ologbon

espada de madeira como palmo do cliente / chapéu de palha (colocado e retirado da cabeça 13 vezes pelo cliente em direção ao Ebó / morim preto e vermelho. Obs.: para conjugar basta a espada.

Com relação aos bichos dos ODÚ 2, 3, 6, levarão 1 frango ou 1 pombo branco. Já o ODÚ 8, para casos de doença, passa-se 1 igbin, que será apenas tocado na testa e lados da cabeça e principalmente nos órgãos afetados. Nos casos de atrapalhação, devemos usar 1 pombo branco, passar e soltar. Todos esses ODÚ, ao se fazer ebó tem seu local de preferência, mas quando for caso de doença, o ebó deverá ser colocado na beira d’água.

Para se obter informações, corretas por Ifá, basta analisar a personalidade de cada ODÚ, na ordem direta das caídas (1ª, 2ª, 3ª e 4ª), e, para transmitir ao cliente deve-se generalizar, numa só mensagem as 4 caídas.

Caídas que 3 vezes seguidas, representam feitiço e pedido de morte por feitiço:

1 - Òkònrán - feitiço feito para matar, morte por acidente ou desastre.

4 - Ìrosún - morte repentina por doença

5 - Osé - morte por bruxaria, doença ou suicídio.

7 - Odi - feitiço e morte por assassinato, acidente.

9 - Òsá - bruxaria feita com Egun no cemitério e morte por doença.

11 - Òwòrín - morte por acidente, crime ou doença.

13 - Ologbon - morte por doença, porém lentamente.

Obs.: quando as 4 caídas forem iguais (1, 9, 11, 13), o consulente deverá "nascer" de novo (raspar), ou fazer obrigação. Evitar por a mão, só se for para dar continuidade com as obrigações devidas.

Como conjugar ODÚ OLOGBOM / ODI / EJiONILÉ

13 èbó em caminho de mato

+ 8

7 Odi com Ejionilé por caminho de rio.

8 Èbó Ologbon conjugado com Odi por existir 2 ODÚ em

+ 13 caminho de água, nesse caso, passa a aceitar a conjugação com Odi.

7 Èbó completo de Odi encruzilhada

+ 8

13 Èbó Ologbon sendo encaminhado com bandeira branca.

Obs.: a ave para o 1° e 3° exemplo deverá ser branca e a do 2° ave será amarela.

- os ebós do ODÚ 1, 7 e 11, se saírem 3 vezes seguidas, deverão ser feitos 3 ebós em caminhos diferentes, sendo que, a ave só entrará no último ebó.

- quanto ao uso da bala de revólver, esta somente será usada quando o cliente está ameaçado de morte.

- quando Òrúnmílá permite conjugação, poderemos conjugar:

9 9 9

+ 8 + 4 + 13

7 1 1 / 7 /11

- não se poderá conjugar: 7

+ 11

1

- 1ª caída, o orixá está avisando;

- 2ª caída, está sendo prejudicado;

- 3ª caída, está sendo ferrado e a

- 4ª caída, está se propondo a ajudar ou está dando proteção.

Observações

- o ODÚ ÒWÒRÍN, é o único que tem envolvimento com Egun e Èsú.

- para o ODÚ ÒWÒRÍN, não tem caminho de encruzilhada.

- ÒWÒRÍN à esquerda, sempre será caminho de mato ou estrada.

- presente para ODÚ, apenas quando sai à direita.

- quando se faz èbó ODÚ, usa-se roupas brancas ou claras, durante os 16 dias e usar fios de contas

- caso o èbó não seja encaminhado até o 21° dia, deverá ser feito outro jogo.

- pessoas do orixá ÒSUN, não devem levar em suas obrigações IGBIN ou PATA (não copar para o orixá), mas isso não impede que elas toquem ou limpem os bichos.

- quando se copa qualquer bicho para OSÓÒSI, a cabeça dos mesmos é arrumada em alguidar a parte e nunca no assentamento.

- quando OSÉ se apresenta 3 vezes, o èbó deverá ser colocado numa lixeira grande e que tenha urubus; esse èbó leva carne, se a pessoa estiver doente, colocando-se no èbó o órgão afetado, além de 1 pano branco (passado da cabeça aos pés), pano amarelo, preto, vermelho e rosa (passados do pescoço para baixo).

- O ODÚ OLOGBON leva pano branco, preto e vermelho.

- na situação que OLOGBON, cair à esquerda e houver na 1ª w 2ª caídas, indicação de caminho de água, nesse caso ele também irá por caminho de água, ele se submete.

- quando se encaminha a fase negativa, não se deverá acender velas.

- quando ÒFÚN, sai ao Norte (1ª), não tem ebó .

- todas as vezes que se encaminhar a fase negativa do ODÚ, este ebó deverá ser colocado em lugar baixo e ao por do sol, ou seja, de frente para o poente.

- todas as vezes que se fizer um presente para ODÚ, este será colocado em lugar alto e ao nascer do dia, de frente para o nascente.

Amarração de igbo

Para saber se o Odú Opèlè está positivo ou negativo, usamos a técnica conhecida como "amarração de igbo".

Existem várias técnicas e vários elementos de apoio ao adivinho, que fornecem uma segurança absoluta na medida em que respondem sim ou não às perguntas formuladas no decorrer da consulta. Escolhemos apenas uma, pois é a mais conhecida e mais usada entre nós, Babalòrísá / Iyalòrísá. Usaremos 2 pedras roliças (uma clara e outra escura) ou apenas uma pedra e uma concha ou uma pedra e uma fava olho de boi, sendo que a pedra clara será sempre "sim". Para se saber a resposta às perguntas do consulente ou as nossas com relação a positividade ou não do ODÚ Òpolè, pegamos a pedra (OKUTÁ), tocamos a testa do consulente e dizemos "Irê", na tentativa de se obter uma resposta auspiciosa do ODÚ, em seguida entregamos ao consulente a pedra dizendo: "Okutá boni hem" - entregamos a outra pedra ou o elemento escolhido dizendo: "Oju malu be ko". Mandamos o consulente sacudir os 2 símbolos entre as mãos e que os separe aleatoriamente quando mandarmos, devendo ficar 1 em cada mão, sem que nos saibamos em que mão se encontre este ou aquele elemento. Os búzios são novamente jogados por 2 vezes consecutivas e os resultados, ou seja, os ODÚ que se apresentarem é que irão determinar qual das mãos deverá ser aberta, observando-se, para isto, a seguinte regra:

a - o 1° lançamento corresponde a mão esquerda,

b - o 2° lançamento corresponde a mão direita;

c - o ODÚ mais velho (menor n° de búzios abertos) determina que mão deverá ser aberta;

d - em caso de empate, deverá ser aberta a mão esquerda;

e - se na mão escolhida estiver a pedra, a resposta é "sim"

f - se no lançamento dos búzios cair ÒFÚN ou OGBE, não há necessidade de se complementar a jogada;

g - se ao contrário eles caírem na 2ª mão, pede-se que o consulente abra a mão direita.

Sempre que se quiser a confirmação ou tirar alguma dúvida com relação à pergunta ou ao consulente deveremos usar essa técnica, pois ela nos orienta muito bem, pois a pergunta é dirigida ao Òrúnmílá.

Quando se joga búzios, não pode haver limitação de espaço, ou seja, jogar dentro de peneiras ou qualquer coisa que faça a limitação.

Quando caem 16 búzios fechados = Opirá, caída totalmente negativa, total desfavorecimento, impedimento e morte; o número desta caída é "0" (zero). Essa caída é perigosa tanto para o consulente quando para o Baba/Iyálòrísá, pois a indicação de Opirá é de morte, perigo fatal. Mediante tal situação o Baba/Iyálòrísá, deverá encerrar imediatamente, não podendo o mesmo, jogar por 16 dias, até que se completem as obrigações devidas. Pede-se ao cliente que se levante e colocamos u pano preto por cima do jogo durante 5 minutos, para somente depois levar o pano para casa de Esú com 1 acaçá. Quando der essa caída, não devemos indicar esse cliente para ninguém. Pegar 4 búzios e perguntar para a Èsú que ele deseja, se a cabeça de um galo ou a cabeça de um bode? Leva-se para a mata e se entrega para o poente, enterramos a cabeça e por cima será colocado o corpo; na volta bate-se folhas em tudo. Durante esses dias é colocado em cima do jogo canjica, que deverá ser trocada todos os dias e deixada às águas, com 17 dias, daremos comida seca para Òrúnmílá.

ESE ODÚ

1 - ÒKÒNRON

Este ESE conta que ÈSÚ certa vez se aborreceu por achar que ele era muito explorado e humilhado, todas as vezes que havia uma festa qualquer em cidades diversas. Isso ocorria devido ao fato de que ele próprio não conseguia se entender com os diversos dirigentes de todas essas cidades (aldeias), porque na verdade Èsú sempre foi muito complexo em tudo e por tudo, podendo até ser comparado à uma criança voluntariosa, geniosa, ambiciosa e rixenta. Em certa ocasião, ÈSÚ resolveu tomar as coisas mais simples e não ser tão ser tão indesejado e aproveitar para tirar bons proveitos das situações, então fez uma consulta por Ifá para saber que tipo de ÈBÓ deveria ser feito para aliviar as fases negativas de suas caminhadas e a qual ODÚ ele deveria presentear, para que fases melhores viessem para ele. Após ÈSÚ ter feito o EBÓ da fase negativa do ODÚ e após ter completado o tempo necessário para presentear o ODÚ que o protegia, ÈSÚ dirigiu-se para a cidade de EJEBÓ-ODE aonde deveria ocorrer uma festa. Ao entrar na cidade, todas as pessoas se admiraram com o comportamento de ÈSÚ pois ao contrário das outras vezes em que fora à cidade, desta vez ÈSÚ é que trazia uma talha enorme, toda enfeitada como se fosse um presente de aniversário para o Rei. Ao chegar ao palácio ÈSÚ foi recebido com poucas honrarias e deram-lhe para hospedar-se um aposento separado do palácio e muito pobre, apesar de ser costume naquela cidade, que as pessoas que chegassem à cidade, deveriam hospedar-se no palácio real. Isto deixou ÈSÚ muito revoltado, principalmente ao ver que a casa onde ficaria era coberta de palha. Altas horas da noite, quando todos dormiam, ele levantou-se devagarinho e ateou fogo nas palhas que serviriam de telhado da casa, provocando um enorme incêndio, que rapidamente destruiu a choupana. Apavorado e arrependido do que fizera, ÈSÚ que deixara a talha no interior da choupana, começou a gritar pedindo socorro. O povo da cidade dirigiu-se todo ao local do sinistro, aonde encontraram ÈSÚ gritando e ameaçando a todos, dizendo-se vítima da crueldade e humilhação, e que ele não merecia tivessem ateado fogo ao seu aposento e que o fogo destruíra a talha e toda sua fortuna. Do meio da multidão, surgiu uma voz que disse: "realmente..., isto é por demais cruel, da fortuna adquirida por ÈSÚ em anos e anos de sacrifício, agora só restam cinzas." ÈSÚ ao ouvir isso, aproveitou-se da situação para chorar e espernear e gritar mais, dizendo: "- Sim, sim, minha fortuna, quem pagará este prejuízo!" Ao tomar conhecimento do ocorrido pelos guardas do palácio, o rei da cidade foi até o local do sinistro e sentindo-se culpado pelo que aconteceu com ÈSÚ, e também um pouco apavorado e penalizado da situação de ÈSÚ disse a ele: "Pede tudo que quiseres que eu, como rei, te darei!" Ao que ÈSÚ retrucou: "- Tudo mesmo, senhor rei?", tendo o rei respondido"- Tudo mesmo ÈSÚ!" e como ÈSÚ tornasse a perguntar, o rei respondeu novamente acrescentando; "palavra de rei não volta atrás, ÉSÚ."

ÈSÚ, à esta altura, já tinha verificado que a situação estava favorável a ele, disse ao rei: "- Sr. Rei, mediante a perda de toda a minha fortuna, a qual talvez fosse maior que a sua, quero esta cidade só para mim." Todos acharam muito justo, e ficaram aliviados pelo fato de ficarem livres da vingança de ÈSÚ e, assim, dessa forma ÈSÚ ficou sendo REI da cidade de IJEBO-ODE tendo o rei como o seu auxiliar, e todos os habitantes ficaram seus súditos.

Este ÈBÓ tem como base:

- 1 bode, galos, 1 talha grande (sem asa), e amarrados no pescoço da talha, colocam-se: contas de varias cores e formatos; búzios, guizos, pequenas cabacinhas, fitas de diferentes cores, 1 tronquinho de carvão, palha na costa.

Dentro da talha, colocam-se muitos búzios abertos e muitas moedas.

2 - EJI OKO

Vários príncipes de terras distantes resolveram se reunir para disputar qual deles seria mais rico. Um deles por nome OKO previamente fez uma consulta por IFÁ a fim de obter meios de sucesso sobre os outros príncipes. IFÁ então recomendou que fizesse uma oferenda para ser entregue no mato, contendo 2 galinhas, 2 orogbo, 1 avental e 1 enxada usada, etc. Passados alguns dias o príncipe OKO resolveu cavar um buraco num bosque diante de alguns príncipes, em dado momento OKO deu com a enxada no fundo, em algo enorme, causando-lhe muito espanto. Estupefato, chamou os outros príncipes para mais perto dele, para que vissem que ele havia afundado no braço da riqueza. Rapidamente OKO percebeu ter sido logrado pelo acaso, pois a fortuna a qual ele imaginou, não passava de muitos orogbo, então, o príncipe OKO disse para os outros príncipes - não encontrei nenhuma fortuna e sim muitos orogbo, tão alvos que pareciam tratar-se de muitas moedas. Mas, para os outros príncipes o engano maior foi este segundo engano do príncipe OKO, que na verdade ficara mais rico de todos eles por se tratar de uma descoberta de muitos orogbo, os quais na realidade eqüivaliam muito e muito mais que simples moedas, pois aquele que possui grande quantidade de orogbo passa a ser o mais rico devido ao fato do orogbo possuir grandes ÀSÉ principalmente o de se tornar imune a todos os males quem os tiver, e quanto mais uma grande quantidade. Dessa forma, graças a oferenda que o príncipe OKO fez no mato, ele se tornou mais poderoso príncipe.

O ODÚ OKO por esse ESE oferece muitas esperanças e grande prosperidade em pouco tempo.

3 - ETAÒGUNDÁ

Em tempos remotos, numa certa aldeia, havia um homem muito sabido e muito querido por todos, que se chamava OLOBIN, mas que era constantemente desafiado por pessoas de aldeias vizinhas que desejavam desfrutar seus poderes e até resolveram enviar-lhe feitiços através da Águia da Morte. Com o passar do tempo, OLOBIN sentindo-se atormentado, resolveu consultar IFÁ, o qual lhe determinou um certo ÈBÓ e, após se desvencilhar do fator negativo do ODÚ que o atormentava faria um presente para ÈTAÒGÚNDÁ, com uma oferenda de 3 igbin, 3 préas, 3 pombos, etc. Quando OLOGBIN arriou a oferenda, o fez com tanta fé, fazendo o ORIKI e OFÓ respectivo, que não percebeu que um dos igbin ofertados saiu da oferenda e alojou-se no topo do gorro que trazia na sua cabeça, a qual estava arriada no chão reverenciando ÈTAÒGÚNDÁ. Ao retornar da entrega do presente, OLOGBIN foi atacado pela Águia da Morte, sendo que esta foi ludibriada por ÈTAÒGÚNDÁ, pois ao mergulhar para bicar a cabeça de OLOGBIN, ficou com o bico preso no buraco do casco do igbin que estava na cabeça de OLOGBIN, o que causou a morte dela. Quando este ODÚ se posiciona a favor da pessoa, a mesma deverá aproveitar a ocasião para se desvencilhar de demandas, traições, brigas, invejas, calúnias, desemprego e, até mesmo, da morte.

4 – ÌROSÚN OU ÌOROSÚN

Havia um plantador de algodão, em certa aldeia que tinha como proteção um patuá feito com a sola das patas de um leopardo, e esse patuá protegia a tal ponto, que as pessoas das aldeias vizinhas o invejavam porque essa proteção fazia com que o seu algodão ficasse sempre viçoso e não fosse atacado pelas pragas que assolavam o algodão das outras aldeias. Essas pessoas das aldeias vizinhas, fizeram de tudo para derrotar o homem, caluniando que o algodão dele era péssimo e até difamando-o de todas as formas; dizendo que ele alimentava o seu algodoeiro com EJÉ humano. Mas, como não podiam provar nada, resolveram arrumar uma cilada para eliminar o homem. Percebendo que de repente, houve uma trégua nas fofocas, calúnias, brigas, mesquinharias e intrigas de seus vizinhos contra ele, o homem desconfiou que algo estava sendo tramado e resolveu consultar o IFÁ, para saber o que ocorria. O jogo determinou um ÈBÓ para livrá-lo das negatividades que o rodeavam e, após um certo tempo, ele fez uma oferenda a ÌROSÚN composta de 4 galos, 4 preás e 1 grande quantidade de algodão, etc. Após fazer a oferenda, houve uma grande ventania a qual levou todo o algodão da oferenda para dentro de um buraco, bem fundo, que havia sido cavado pelos inimigos do homem, com a finalidade de matá-lo, quando ele passasse para ir ao mercado. Mas, o homem, tranqüilo por ter feito a oferenda e por ter o seu patuá de proteção, caminhou lentamente aproximando-se do buraco, sem percebê-lo, caindo dentro dele, mas nada sofrendo, devido à grande quantidade de algodão que estava dentro do buraco. A partir desta data, os seus inimigos não mais o perturbaram por perceberem que ele tinha a proteção dos ventos e a agilidade do leopardo. Quando este ODÚ se posiciona favoravelmente para uma pessoa, a mesma se livrará de falsidades, traições, calúnias e, até mesmo, da morte, pois uma vez fazendo o ÈBÓ da parte negativa e oferenda a ÌROSÚN, a pessoa se tornará senhora da situação.

5 - OSÉ

Havia um guerreiro que deveria atacar seus inimigos num povoado distante, com o objetivo de conquistar mais e mais terras. Porém o guerreiro e sua tropa teriam que atravessar um rio muito largo. Esse rio tinha o nome de rio ÒSÚN. Ao chegar as margens do rio, o guerreiro e sua tropa notaram que seria impossível atravessar, pois o rio estava muito cheio, transbordando, preocupado o guerreiro consultou IFÁ, para saber que tipo de ÈBÓ deveria ser feito para que a travessia fosse conseguida. IFÁ respondeu que fosse feito um ÈBÓ com tudo. Imediatamente, o guerreiro providenciou o material do ÈBÓ e logo foi feito as margens do rio. Esperou, esperou e não houve efeito, demorou, demorou, mas as águas não baixavam. Desesperado, o guerreiro gritou em voz alta "Eu já disse, eu já dei tudo. Tudo já está dado, o que é preciso mais, eu já dei tudo, eu já dei tudo." Em dado momento as águas começaram a baixar, baixar, baixar. O guerreiro e toda a sua tropa, atravessaram o rio e foram para outras aldeias, guerreiras tomando as terras do outro lado do rio. Vitorioso, o guerreiro reuniu a tropa e dirigiram-se de volta para suas antigas terras. Tendo que atravessar o rio de volta, encontraram novamente o rio cheio transbordando, intrigado e revoltado o guerreiro falou em voz alta: "Estranho fiz o ÈBÓ, já dei tudo, prometi tudo e disse que jamais me arrependeria de tudo, jamais me arrependeria de dar tudo, jamais me arrependeria de dar tudo, o trato está feito" porém nada aconteceu, as águas não baixaram. O guerreiro e sua tropa muito esperaram, mas as águas não baixaram. Cansado o guerreiro novamente foi consultar IFÁ, para sua grande surpresa o jogo de IFÁ respondia, que ele não havia dado tudo, a ida ele não deu tudo, mas na volta ele teria que dar tudo caso ele quisesse voltar. O guerreiro já tinha conseguido vitórias, a primeira foi ter atravessado o rio, a segunda vitória foi ter derrotado os inimigos conquistando mais terras. O guerreiro pensou, pensou e em dado momento lembrou-se que tinha uma filha, lembrou-se que quando a menina nasceu, ele não tendo outro nome para dar a filha, pois sendo ele um rei e tendo tudo, a chamou de tudo. O guerreiro sem ter como voltar atras na sua promessa e naquilo que havia preparado, pressionado pela exigência do cumprimento da palavra por suas tropas, foi obrigado a completar seu prometido de entregar "TUDO" ao rio. O guerreiro ordenou a tropa que tocassem os tambores o mais alto possível, para que os tambores chamassem à sua filha chamada "TUDO". E assim foi feito. As tropas tocaram e tocaram os tambores, TUDO ouviu o chamado de seu pai e dirigiu-se as margens do rio, sem saber o que se passava ela entrou no rio e desapareceu. Os tambores pararam de tocar, o silêncio foi geral, o guerreiro ordenou que todos ficassem em pé. Então o rio começou a baixar, baixar e todos em silêncio atravessaram o rio, o guerreiro não podendo arrepender-se atravessou o rio de cabeça baixa, ele já não tinha mais "TUDO", sua única filha, as águas tinham levado. Então o guerreiro se tornou o mais pobre, pois não tinha TUDO. Moral: Quem quer tudo, pode não ter nada. Devemos ter cuidado com aquilo que falamos, as palavras devem ser medidas. Este ODÚ traz esse ensinamento. Quando fazemos presente para OSÉ com objetivo de vencermos alguma questão, não se deve determinar prazo para obter-se resultado. Faz-se o trabalho e aguarda-se os benefícios que ocorrerão dentro do seu próprio prazo. Não deve haver pressa e interesse quando se presenteia OSÉ. Se o guerreiro não tivesse pressa e tanta ambição, em outra época do ano o rio baixaria suas águas sozinho e ele poderia passar sem problemas. Esse ODÚ determina: "Quem está bem, não deve ambicionar melhoras".

Material para o presente

1 pano branco de 5 mts. Que deve ser estendido no chão, na beira e direcionado para o rio e em cima dele, colocar outros panos de 0.50 cm, de várias cores, tais como: amarelo, vermelho, verde, azul, rosa, etc. Coloca-se também, 1 cabra, 1 galinha, 1 etu, 1 peixe, 1 pombo, 1 preá, e, mais chifres, espelhos, 1 cabeça cortada ao meio contendo búzios, areia e moedas. Em cima do restante do pano, coloca-se ebó, acaçá, buru, akara, abara, tudo adoçado e todos os outros elementos que fazem parte do presente ODÚ OSÉ. Coloca-se também perfumes e miudezas de Iyagba e 1 fio de contas pequenino e bebidas. O rio deve ter um razoável volume de água limpa. Este presente é feito somente quando OSÉ estiver a direita da pessoa e esta, apesar das dificuldades, tem muita vontade de vencer na vida.

PERSONALIDADE DOS ODÚ

1 - ÒKÒRÁN

- responde Èsú, Sangó, Oya, Òsàlà, Oduduwa e também Ikú.

· Èsú adverte que há perigo de roubo, brigas, discussões, inimizades, intrigas, perda de emprego, separação, prejuízo em qualquer tipo de negócio, sustos. Adverte também que está sujeito prisão, acidentes, feitiços, com os caminhos fechados, enfim, ruína.

· cliente sente dificuldade em realizar seus negócios, impedindo por inimigos ou pessoas invejosas, é necessário fazer èbó, para retirar as perturbações, e para que Èsú trabalhe em sua defesa.

· quanto a personalidade das pessoas regidas por esse ODÚ, na verdade é um mau caráter, pois além de prejudicar a própria vida, procura transformar a dos outros, sem se importar com ninguém. Provocam intrigas e separações, mesmo que seja dos próprios pais, filhos ou de qualquer outra pessoa.

· quando a regência for de ÒKÒRÁN MEJI, a pessoa é altamente problemática, mas, se caso o outro ODÚ seja mais tranqüilo, terá seu caráter amenizado.

· quando sair no jogo, deverá ser despachado a porta, com uma quartinha usada para esse fim.

· presente deverá ser entregue em lugar alto, encruzilhada aberta do lado esquerdo, fazer Oriki, Ofó ÈSÚ, e, tudo que se fizer para ÒKÒNRÓM, deverá ser feito para ONA, ORITÁ e ODARA.

· na volta do presente, dar comida a SANGÓ AIRÁ, OYA e ÒSÀLÀ, também em lugar alto.

2- EJIOKO OU OKO

· responde Ibeije, Osalá, Sangó, Orunmilá Ajésaluga, Ogun e Esú. Apesar de Ibeije, responder nesta caída, é Osala quem comanda (protetor das crianças), por causa da personalidade instável de Ibeije.

· quando esse ODU cai na 4ª caída, surpresas boas, cartas, dinheiro, lucros em negócios, amores, boas notícias, casamentos, amigação, noivado, convites para festas e fim de sofrimento.

· na 1ª caída, fala em mediunidade, representa também ciências Ocultas; nas demais caídas fala de demandas, indecisões, gravidez.

· quanto a personalidade das pessoas regidas por esse ODÚ ou sob sua influência, são muito alegres e felizes, possuem muita sorte, porém não chegam a ficar ricos, não são ambiciosos e procuram dividir tudo o que possuem. São muito confiantes, voluntariosos, geniosos, prepotentes, exigentes e tentam sempre impor suas vontades. Dessa maneira adquirem constantemente inimigos declarados e ocultos, pois pessoas desse ODU são muito invejadas e vítimas de inimigos traiçoeiros, acarretando muitas demandas para impedir o completo triunfo das pessoas sob essa influência.

· para que possam ter sucesso deverão aprender a guardar segredo de todas as suas verdadeiras intenções e se algo sair errado, se tornam muito sofridas, quando algo não lhes sai como desejam, e, aí, fazem mexericos e criam grandes confusões, mas como geralmente possuem bom coração, logo se arrependem do que fizeram e procuram contornar a situação criada por eles mesmos e tentam tudo para reconquistar as amizades perdidas. Sofrem muito por doenças, amores não correspondidos, enfim, a personalidade é bem instável.

· dar o presente num jardim ou na entrada da mata, ao voltar, dar bastante canjica nos pés de OSALA com 22 acaçás em cima, jogar OBI ABATA e ao dar ALAFIA, comer um pedacinho e o restante colocar em posição de ALAFIA em cima da canjica.

3 - ETAÒGÚNDÁ OU ÒGÚNDÁ

· responde Ogun, Iemonja, Èsú, Oya, Obaluayê, Sango, Iyá Amapo. Ogun se apresenta com toda força da espada da Lei da justiça, é um ODÚ justiceiro, por ser ele o Senhor das lutas e das batalhas.

· quando esse ODÚ se apresenta no jogo, o consulente deverá ser esclarecido afim de encontrar forças necessárias para enfrentar para enfrentar todas as situações desagradáveis e jamais recuar diante de qualquer obstáculo. Somente não deverá agir com impulso de maldade e sim espírito de bondade e esperteza, e muita calma, pois é uma indicação de dificuldade com alguns prejuízos e graves conseqüências. O consulente deverá ficar em alerta, pois haverá fracassos nas realizações de grandes projetos, quando esse fato acontece, é preciso que o consulente tenha muita calma e paciência, pois esse e um Karma imposto por esse ODÚ, e nesse momento, este deverá agir com prudência e acima de tudo com justiça. Não deve depositar confiança demasiada em certos amigos, pois no meio deles haverá um traidor, um falso amigo.

- este só terá bons lucros e bons resultados, mediante seus próprios esforços e sacrifícios, pois deverá ter muito cuidado para não haver acidentes em rua, estradas, doenças graves e decepções. Os caminhos desse ODÚ, quando em suas fases negativas, poderão indicar também brigas, pancadarias, prisões, separações, desfecho de caso na justiça, documentos importantes sem andamento, rompimento de uma sociedade, falência e separação amorosa.

- o consulente deverá ser alertado, quanto a todas essas possíveis situações desastrosas, incluindo também um aviso importante que haverá perigo de papeis comprometedores, nesse caso, este deverá ter muita calma e cautela com essa situação, e de que ele somente vencerá todos os obstáculos, se ele próprio tiver razão, pois esse ODÚ, só age pela razão.

- o homem regido por esse ODÚ, é muito viril, sério e organizado; quando a mulher, tem muita fertilidade, mas não é sensual (sexy). Tanto um, quanto o outro, são radicais, olho por olho, dente por dente. Esse ODÚ, tem uma certa ligação com ÒBÀRÁ, portanto quando for dar presente a ÒGÚNDÁ, deverá se dar também a ÒBÀRÁ e a EJILASÉBORA, e o presente deverá ser em forma de triângulo.

4 – ÌROSÚN OU ÌOROSÚN

- responde Oya, Sango, Egungun. Ewa Olokun, fala em Èsú e Òsàlá

- devido o fato de Oya ter sido vítima de muitas calúnias e injustiças, ocasionadas por Egungun, e, sendo este ODÚ, um dos ODÚ de Oya, as pessoas regidas por este Odú, tendem a sofrer todos esse tipos de problemas.

- porém Sango, nesta caída, responde com certa decisão e justiça.

- Òsàlá, por sua vez, também promete dar um pouco de alívio e proteção.

- devido ao Karma imposto por esse ODÚ, em sua fase negativa traz influências desagradáveis e causa principalmente ao seu consulente ou a quem é regido por ele, um círculo de falsos amigos.

- este ODÚ tem grandes poderes de sabedoria, em sua fase positiva, ele propicia alívio a doenças e caminhos fechados, porém nem todos os problemas poderão ser totalmente resolvidos, mas pelo menos aliviados.

- quando se posiciona à esquerda, indica grandes desgraças, ciladas, roubos, indecisões, calúnias, traições de pessoas amigas, acidentes, muitas tristezas, paixões violentas, muita falsidade, até mesmo dentro de casa e no trabalho, além de perigo de morte repentina.

- já quando sai a direita, é indicação de que haverá resolução dos problemas por pior que sejam.

Obs.: - este ODÚ, deverá ser encaminhado, sempre que sair na 1ª, 2ª e 3ª caídas.

- se a 1ª caída for Irosun, 2ª Odi e a 3ª Ofun, é indicação de grandes choques de correntes negativas, está situação é por demais complicada, é perda em muitas coisas, mas principalmente no amor.

- 4 acaçás, 4 moedas, 4 velas, 4 bolos de farinha, 4 ovos (mencionar somente o nome do ODÚ), para um agrado mensal, para os regidos por esse ODÚ.

5 - OSÉ

- responde Òsún, Iemonja, Osòósi, Obá, Olokun, Oso, Ajé, Onilé, Ogun, Oduduwa, Obatala e Òrúnmilá.

- quem possui esse ODÚ ou é regido duplamente com ele, possui poderes para feitiçarias, e, são imunizados ao feitiço, mas não quer dizer que não pode levar uma balançada.

- é um ODÚ de grandes causas no seu lado positivo, propõe-se a defender o consulente em todos os aspectos. Ele determina fim de sofrimento, traz grandes possibilidades de triunfos e de cargos, terá possibilidades de se envolver com grandes personalidades, é também envolvido em mistérios, indica mediunidade, bom caráter, cargo de chefia na casa de santo e no trabalho.

- quando esse ODÚ, dirigi o ÒRÍ da pessoa, a mesma é misteriosa, vaidosa, quando lhe é conveniente é mão aberta, possui muito charme, além de ser muito inteligente, gosta dos prazeres, são prosas e convencidas, ambiciosas, perseverantes e complicadas no amor, pensam em grandes lucros. Quase sempre são impetuosas na maneira de agir e com isso, perdem grandes oportunidades, pois sempre haverá um inimigo oculto, tentando com grandes esforços derrotar as pessoas desse ODÚ.

- porém elas conseguem vencedor as batalhas e em pouco tempo se reequilibram, obtendo lucros, realizando seus desejos.

- quando esse ODÚ, s e apresenta nas 1ª caídas consecutivas, é indicação de feitiçaria, e, nessa feitiçaria, quem responde é Èsú e Egungun.

Este é o ODÚ invocado pelas feitiçarias (AJÉS) e feiticeiros, pois eles fazem pacto com as IYA MI.

- quando sair 2 vezes, é indicação de magia e falsidade de mulheres, e o consulente será ludibriado com promessas que não serão cumpridas, também haverá perseguição de um homem.

- também indica uma doença grave (mental), não tratada poderá levar à loucura, mas essa situação é passageira, fazendo ebó, todas as negatividades serão despachadas e todos os inimigos serão derrotados.

Observações

5 + - situação em que OSÉ se propõe a ajudar

situação favorável

5 - se faz ebó grande, dando caminho em lixeira grande

+ 5 onde tenha urubu.

5

5 - ebó em lixeiras pequena

+ 5 pode ser latões de lixo na rua

+ 5 - não há ebó, mas deverá ser dado presente à IYA MI

numa jaqueira dentro de um bosque.

+ - igual a situação anterior

5

- Presente às IYAMI

(para se livrar de invejas, feitiços, enviados por 3°)

5 bolos de farinha 5 bolos de arroz

5 ovos 5 moedas 5 velas acesas ao redor

alguidar morim branco

- Colocar no pé de uma jaqueira, 1° o pano, o alguidar, o cliente deverá apenas tocar as coisas na testa e no peito e colocar no alguidar. Isto poderá ser feito tanto no amanhecer quanto no entardecer.

- quanto ao presente, entregar na cachoeira em lugar alto, na volta dar comida a ÒSUN, Osòósi e YEMONJA, fazendo ÒRÍKÍ de cada um.

6 - ÒBÁRÁ

- responde Oya, Sango, Èsú, Abiku, Òsàlá e Òrunmilá

- as pessoas que estão sob essa influência, quase sempre são vítimas de calúnia, problemas com justiça, rompimento com casos amorosos, perda de emprego ou de qualquer outra oportunidade boa, isto é, se ele se apresentar 3 vezes consecutivas, através de ebó, poderá a qualquer momento receber auxílio inesperado, portanto deverá pegar as oportunidades por melhor que se apresentem.

- as pessoas regidas por esse ODÚ, possuem grandes idéias e passam boa parte de sua vida tentando realizá-las e dificilmente encontram meios de como começar, algumas vezes, ou na maioria fracassam por não pedirem ajuda, porém todo o sofrimento não é duradouro, e as pessoas acabam vencendo pela força de vontade, devido a possuírem espírito de luta e não se entregarem facilmente. São batalhadoras e possuem o privilégio de muita proteção espiritual e também dos outros ODÚ, que se dobram a ÒBÁRÁ. Se, numa situação difícil, procurarem o auxílio de um amigo, serão prontamente atendidos.

- se cair 3 vezes seguidas, é sinal de perdas totais.

- se 3 ou 4 vezes, também passa a suspeita de ligação com Abiku porém essa situação não quer dizer que o consulente seja Abiku, mas que tenha contato (pai, mãe, filho, esposa, marido, irmão (ã).

Obs.:

6 6

+ 9 - quer dizer feitiços + 6 - indicação de

7 perdas totais

- quanto ao presente, deverá ser colocado numa pedra em lugar alto, dentro de uma mata.

- na volta dar um amalá para SANGO, acarajé para OYA, além de comida para ÈSÚ e ÒSÁLÁ.

7 - ODI

- responde Èsú, Òsun, Elere (Abiku), Sopona, Yemonja e Òrúnmilá

- as pessoas sob a influência desse ODÚ ou quando ele se posiciona 2 vezes (1ª e 3ª), ou quando é de ODI MEJI, correm constantemente perigo de morte, roubos, acidentes, prisões, doenças graves e impotência,

- quando se apresentar 3 ou 4 vezes, já se poderá ter uma indicação de que o consulente tem envolvimento com ELERE ou até poderá ser ele próprio ELERE.

- as pessoas regidas por esse ODÚ, são pessoas muito importantes, influentes em todas as camadas sociais (da mais alta a mais baixa), gostam de todos os tipos de prazeres da vida, principalmente os de sexo. São também ambiciosas, pensam em grandes lucros, sonham demais com grandezas, viagem com propósitos de obter lucros elevados, enfim, vivem sempre sonhando com uma melhora repentina da vida, mas, infelizmente fracassam em quase tudo, principalmente no amor. Quando o fracasso ocorre, culminam todos os tipos de perturbações até pelas coisas mais simples, daí, então vivem sempre cercados de influências negativas, pois não sabem perder qualquer um dos seus sonhos e oportunidades.

- por não saberem agir devidamente nas ocasiões precisas dependem sempre de muitos conselhos e de boas orientações.

- apesar de ODI ocasionar desgostos, banalidades, imoralidades, etc, ele também proporciona muita sorte em qualquer tipo de jogo, heranças, empregos, conquistas de todos os tipos, bom gosto e boa aparência, porém, a sorte nunca é muito duradoura, porque existe maior número de qualidades negativas do que positivas.

- para que as pessoas desse ODÚ, tenham uma direção adequada na vida é necessário constantemente fazer èbó, para se livrar de fases negativas (não muito grande), as quais ODI determina de um momento para outro. Quanto a um èbó grande, só se deverá fazer uma vez por ano ou quando houver situação muito necessária.

Quando é mulher regida por esse ODÚ, na maioria das vezes, perde a virgindade cedo e é muito difícil permanecer com um só homem, também não se prende ao lar e nem aos filhos.

- para pessoas desse ODÚ, que já nasceram doentes ou que venham a adoecer depois, sofrem riscos de morte.

- grandes desfechos poderão ser contornados ou aliviados através de ebó, rezas, banhos, agrados, obrigações e um bom comportamento para com os orisás.

- no caso de clientes, esse ODÚ traz muitas perturbações, fofocas, brigas, pancadarias, roubos e até perigo de prisão.

- caso ODI, se apresente no jogo 3 vezes, deverá ser feito ebó, mas em 3 caminhos diferentes, sendo que a ave só entrará no último (encruzilhada, mato ou estrada ou praça e beira d’água.

- todas as vezes que se fizer presente a ODI, este deverá ser entregue numa encruzilhada aberta, de barro, do lado esquerdo ou cominho de mato ou praça, fazer o ORIKI ÈSÚ, na volta não esquecer de dar comida a ÒSUN e OBALUAIYÉ.

8 – EJONILE ou EJIONILE

- respondem Osaguian, Obatala, Òrísa Rowo, Ajê, Òsún e Èsú.

- as pessoas regidas ou influenciadas por esse ODÚ, possuem grande proteção espiritual, boas amizades e, quase sempre, caminhos abertos.

- gostam de calma e procuram acalmar o próximo, porém são também vingativas, mas possuem comportamento delicado, são honestas e atenciosas. Vivem com grandes esperanças, estão sempre apaixonadas, são sonhadoras, sofrem e se desdobram para ajudar um amigo.

- geralmente esse ODÚ avisa possíveis riscos de acidentes, doenças graves, traições, pequenos furtos e alguns mexericos.

- quando a pessoa for de EJONILE MEJI, a mesma sofrerá muitas vezes de calúnias e falsidades.

- quando esse ODÚ, responder no jogo, o Babalawo, deverá reverenciá-lo, levantando-se 3 vezes, e o consulente deverá tomar banhos de folhas calmas, trajar-se com roupas claras, de preferência branca, penitenciando-se.

- se caso o consulente já estiver doente, esse ODÚ, torna-se muito perigoso, pois o mesmo possui uma característica um tanto contraditória, pois ele é tão sagaz (o ODÚ) a ponto de enganar a morte, assim, todas as vezes que esse ODÚ se apresentar, em qualquer posicionamento, o mesmo se torna o mais especial, sendo, portanto o merecedor de todas as atenções.

- com relação ao presente, deverá ser entregue em cima de uma pedra no meio de um rio limpo, fazer o ORIKI na volta e dar comida a ÒSÀLÁ.

9 - ÒSÁ

- responde Oyá, Yemonja, Egun, Olokun, Aje, Osayin e Osala.

- traz indicação de influencias de EGUNGUN. O consulente está sujeito a passar por situações de desespero, derramamento de lágrimas, pela não realização quase sempre de grandes projetos, devido à perturbações provocadas por EGUNGUN.

- as pessoas que são deste ODÚ, vivem cercadas de pessoas que se dizem muito amigas e não o são. Geralmente são pessoas inteligentes.

- segundo ESE (contos), esse ODÚ leva ao consulente ou à pessoa diretamente ligada à ele, a proteção de ÒSÀLÁ e SANGÓ, para quebrarem a influência negativa deste ODÚ.

- essas pessoas tem como característica o autoritarismo, caprichos, teimosias, qualidades estas que fazem sempre resultar em grandes transtornos, caminhos fechados, acidentes em viagens e toda sorte de influência dos maus espíritos, causando constantemente às pessoas desse ODÚ ou influenciadas por ele, a receberem más notícias, falsidades e perseguições, tanto de parte masculina como feminina, o que ocasiona grandes perdas e desgostosos.

- com relação ao presente, o local de entrega pode ser em campo aberto, beira de rio ou de mar, na volta faz-se o ORIKI OYÁ e Yemonja, arreia-se acarajé dentro e fora do quarto de santo.

- presente para EGUNGUN, feijão branco e acaçá num bambuzal, afastado da roça de santo.

Observações:

9 - neste caso, ÒSÁ indica falsidade, perseguição de + 9 EGUNGUN de família ou pessoa ligada, e feitiçarias

9 em cemitério.

7 - Odi e òsá, neste posicionamento, indica que existe ou + existirá ébrio na família

9

9

+ - neste posicionamento, indica ébrio por cobrança de orisá

12

12 + 9 - neste posicionamento está indicando maus presságios com melhoras apenas após obrigações ÒRÌSÁ.

10 - ÒFÚN

- responde Òsálufon, Oduduwa, Ile, Egun, Èsú, Òrìsá Lowo

- as pessoas sob essa influência ou que sejam deste ODÚ, são sinceras, honestas, inteligentes, sabem fazer amizades e as conservam.

- quando cai este ODÚ para um consulente, é preciso que o mesmo seja bem orientado, devido a série de perturbações que virão em seguida, tanto materiais como espirituais, abalando sua personalidade de paz, ou seja, entrará em choque com fatos que aparecerão.

- o consulente não saberá iniciar, nem concluir seus projetos em qualquer tipo de atividade, e também na parte sentimental. Este ODÚ, tem muito envolvimento com doenças, quase sempre levando as pessoas à grandes cirurgias, principalmente doenças ligadas ao abdome (fígado, intestino, estômago, etc...).

- geralmente as mulheres deste ODÚ ou influenciadas por ele quase sempre perdem a gravidez (abortam), ocasionando na maioria Histerectomia, correndo risco de vida.

- são pessoas muito caladas, envelhecidas interiormente embora possam parecer jovens algumas vezes, isso porque o ODÚ, é o mais velho por ordem de chegada.

- são também ranzinzas e teimosas, embora sempre exaltem a paz, este ODÚ, traz constantemente perigo de morte, porque possui uma característica velha, teimosa, ciumenta e também muito vingativo e, por isso, envia a morte para seus adversários.

- sempre que este ODÚ sair 3 vezes, é indicação de trabalhos feitos com EGUN, trazendo conseqüências desastrosas e prejudiciais, tanto na parte material como na sentimental e, ainda, casos de desonra e perda de virgindade.

- ÒFÚN não tolera outra cor que não branco, se houver necessidade de fazer ebó para o consulente, com problemas de ÒFÚN, deverá ser feito no IGBO (mato), praia ou onde for determinado pelo jogo, o consulente deverá ir de roupa branca bem como quem irá fazer ebó. Porque senão não adiantará nada e, durante o período de resguardo; deverá ser usado pelo prazo de 7 ou 14 dias, tendo que tomar obi d’água ou fazer algo mais sério.

- quando a pessoa for de ÒFÚN MEJI. Já começa por essa ordem, investigando os orixás responsáveis no Brasil.

- quando se der caminho ao lado negativo, os banhos serão de folhas calmas e frias, deverá ser dado Obi d’água ou EGBÒRÍ de EJÉ FUNFUN (igbin), porque a pessoa que der caminho ao lado negativo, não poderá levar EJÉ PUPA (sangue vermelho), no ÒRÍ por menos 90 dias.

- se sair no jogo, independente de èbó, deveremos aconselhar o consulente a procurar um médico ou, se for o caso, continuar o tratamento que estiver fazendo.

- quando ÒFÚN, sair na 1ª, ela está trazendo em aviso/alerta e, na 4ª caída, deverá ser presenteado.

- se por acaso, se apresentar 4 vezes, não se deve colocar a mão antes de se colocar o ÒSÀLÁ mais velho da casa no chão, deixar passar dois dias coberto com bastante canjica, e depois dar bicho de 4 pés para este ÒSÀLÁ, mas de preferência não mexer com este ebó.

- quando sai ÒFÚN, o Babalawo, levanta-se e toca a própria barriga com as mãos em direção ao poente (para tirar coisa ruim que haja), mas se sair novamente, levantam-se os dois e fazem o mesmo ritual.

- se sair ÌROSÚN e ÒFÚN, a caída é muito perigosa.

- o presente deve ser entregue na beira do rio ou mar, se for no rio colocar na parte da areia seca, e no caso se for no mar, deverá ser na areia úmida. Não esquecer de fazer ORIKI de ÒFÚN e de ÒSÀLÁ. Dar comida a EGUNGUN, não esquecendo de fazer ORIKI ÉGUNGUN. Após a entrega do presente, dar comida a ÒSÀLÁ, ILE e èsú.

11 - ÒWÓRÍN

- responde Egun, Èsú, Òsún, Ósóòsi, Ogun e Òsàlá

- esse ODÚ impõe muitas influências negativas, tanto para o consulente, quanto para as pessoas regidas por ele.

- devido a forma carmática muito pesada a qual esse ODÚ propicia, as pessoas se tornam muito perturbadas, negativas e lutam com grandes dificuldade tentando realizar algo importante na vida, porém todos os caminhos se fecham.

- geralmente, elas sofrem constantemente, problemas de doenças, correndo alguns riscos de vida, pois esse ODÚ, pode ocasionar de um momento para o outro a morte, tanto por enfermidade quanto por acidente grave ou por um crime.

- na verdade, esse ODÚ, repentinamente causa supressão com a morte, não permitindo por muito tempo tratamentos médicos e nem trabalhos espirituais.

- para as pessoas desse ODÚ, existe um fator muito importante: quando ele está em boa fase, ele oferece vitórias sobre todas as lutas e inimigos, os quais tentam guerrear com armas baixas, caluniando, difamando, dando falsos testemunhos, intrigando e fazendo magias pesadas, etc., com propósitos mesquinhos tentando denegrir a boa imagem e a dignidade das suas vítimas.

- somente com um grande ebó, muitas obrigações e muita calma, o consulente poderá gradativamente atingir seus objetivos, caso contrário o mesmo perderá tudo, até mesmo a própria vida.

- para as pessoas que vão viajar ou que trabalham viajando, deverão ter cuidados especiais fazendo ebó.

- para as pessoas que irão submeter-se a cirurgias, também deverão fazer um ebó.

- as pessoas desse ODÚ, embora aparentemente estejam em boa situação, deverão agradá-lo uma vez por mês (dia 11 de cada mês), mas atenção, não é dar caminho, mas sim agradá-lo. O tipo de agrado mensal, não é o mesmo que o anual, é mais simples.

- as pessoas desse ODÚ, deverão usar constantemente um patuá especial, banhos de folhas em defesa, afim, fazer OFÓ e ORIKI.

- as pessoas desse ODÚ ou influenciadas por ele, é necessário além de ÈBÓ ODÚ, verão fazer um ebó IKÚ para um espírito de uma antepassado o qual sempre tenta viver encostado com propósito de levar a pessoa.

- quando ÒWÓRÍN MEJI, para se obter um bom caminho na vida, é preciso quase que "nascer de novo", isto é: fazer feitura de Orixá, confirmar-se Ogã ou Ekeji, quando for o caso de confirmações.

- as virtudes desse ODÚ, são muitas: mediunidade, vidência, premonições, sorte no jogo, no amor, em comércio e vitória sobre os inimigos, só que de forma lenta e muito sacrificada.

- quantas vezes esse ODÚ se apresentar no jogo, quantos serão os caminhos.

11 - caminho de estrada

+ 11 - caminho de mato cercado de perigos

11 - caminho de água

11 - caminhos perigosos

+

+ 11 - perigos em vigor

11 + - absolvição

11 - última oportunidade

11 + 11 - última solução nascer

11 para o orixá

+

11 - perigos a caminho

12 - EJILASÉBORA

- responde Sango, Ilé, Èsú, Ajê e Òrúnmilá

- esse ODÚ, é o mesmo que outorgou poderes aos 12 ministros de Sango, os quais apenas 6 podem absolver ou condenar.

- as pessoas sob a influência desse ODÚ, ou regidos por ele, são pessoas prestativas, inteligentes, justas, possuem bom coração, e mesmo quando ocupam uma posição social elevada, jamais perdem a pose de um rei ou de um ministro.

- o homem desse ODÚ, é quase sempre predestinado ao trabalho pesado, mas encontrará sempre ajuda de um amigo no momentos difíceis, também poderá receber uma herança e ter grande futuro, agora, tanto para o homem, quanto para a mulher, ele prediz que haverá sempre muitas batalhas na vida.

- quando esse ODÚ se apresenta no jogo, deve-se despachar a porta e encerra-se o jogo imediatamente, soprando-o em direção à rua com as duas mãos.

- quanto ao consulente, comente realizará seus internos, mediante feitura de orixá ou confirmação (Ogã ou Ekeji), ou de uma grande obrigação, pois caso contrário, o mesmo fracassará.

- com relação ao jogo, o cliente deverá fazer um pequeno ebó (tudo branco de n° de 4), dar-lhe um banho de folhas frias e mande que retorne após 3 dias, durante os quais deverá tomar banho com as filhas que foram preparadas para ele, ao voltar dar-lhe o 4° banho e, voltar para o jogo e abri-lo de onde parou.

- quando sair no jogo, ÒSÁ e em seguida EJILASÉBORA, indica que o consulente terá grandes dores de cabeça, podendo se tornar um ébrio ou um débil mental, essa indicação também é estendida à alguém da família, que correrá o mesmo risco.

- quando esse ODÚ, se apresenta em qualquer posicionamento, encerra-se o jogo, pelo fato do mesmo dar o veredicto que a solução será mediante a uma grande obrigação de orixá.

- a finalidade desse ODÚ, é avisar de perigos que poderão vir a acontecer tais como: prisões, brigas, misérias, sangue, ruínas, perdas de tudo e desgraça total caso não seja afastado os fatores negativos através do ebó e grandes obrigações aos Orixás.

7 - dar caminho a ODI, ÒSÁ e ÌROSÚN

12 + 9 depois dos ebós feitos, espera-se 4 dias para voltar

4 a jogar, porém apenas com 4 búzios perguntando

Òrùnmilá, quais os tipos de obrigações que deverão ser feitas para o cliente e para quais orixá.

- quanto ao presente, deverá ser entregue numa pedreira, bem alto, no raiar do sol, de frente para o nascente, fazendo o ORIKI. Na volta dar comida à SANGO.

13 – EJILOGBON ou OLOGBON

- responde Obaluaiyé, Nanã, Egun, Ogun, Òrunmilá.

- Esse ODÚ é um dos mais velhos e as pessoas regidas por ele, poderão vencer as maiores dificuldades, mas não possuem muita sorte no amor e, por essa razão, vivem constantemente perturbadas, porém não deixam de ser trabalhadoras, honestas ao extremo, possuem muita vontade própria, são muito conscientes, sensíveis, e quando se sentem agredidas se tornam momentaneamente vingativas.

- esse ODÚ, representa a morte, ocasiona acidente, destruições, traições e separações, mas de um momento para o outro, poderá haver o fim de um longo sofrimento e surgir um novo horizonte cheio de surpresas.

- quando ele se apresenta, costuma indicar a morte para o consulente ou para uma pessoa da família, o tipo de morte é quase sempre por feitiços, principalmente em cemitérios, pois ele tem por demais envolvimento com EGUN.

- as pragas e os feitiços das pessoas desse ODÚ, são por demais perigosas e com muito efeito, e infelizes serão os seus inimigos os quais tentarem guerrear ou cair no desagrado.

- para as pessoas que se encontrarem doentes, qualquer posicionamento será perigoso, com exceção e unicamente quando cair a direita.

13 - perigo de morte

+

+ 13 – morte contando

poucos dias

13

13 + 13 - cercado pela morte, porém há uma pequena esperança,

13 "nascer" para o orixá.

13 + - sem perigo de morte, fim de sofrimento

+ - notícia ou futuro perigo de morte.

13

14 - IKÁ

- responde Osumare, Yewa, Ajê, Osayin, Osóòsi, Ogun, Egun, Òsàlá e Òrúnmilá.

- Esse ODÚ favorece a um novo despertar e determina um cargo importante, traz muitas surpresas boas e poucas surpresas ruins.

- ele determina muitas felicidades, tais como: desembaraços de documentos, heranças, bons lucros em todos os tipos de negociações, uniões, casamento, boas amizades, etc., porém de um momento para o outro, a boa situação poderá mudar, pois a sua fase negativa indica prisões, gravidez por adultério, estelionato, calúnias, agressões e confusões.

- as pessoas regidas de IKÁ, são sempre muito confiantes e, por essa razão, chutam a felicidade, passando ao arrependimento logo após, mas elas, inúmeras vezes, se recuperam e se renovam após obstáculos, cheios de esperança a cada momento e de mediato, conquistam novas amizades com mais precisão e muita cautela em tudo por tudo, pois não sabem e nem gostam de solidão, odeiam a mesma por demais e por essa razão adquirem muitas lábias.

- são pessoas por demais prestativas e agradáveis, fingem ser viris, gostam de vaidade e esforçam-se para sobressaírem em todos os meios e em todas as áreas, lutando com a sua dupla personalidade.

- todas as vezes que IKÁ aparece bem posicionado num determinado jogo, significa possibilidades boas, tais como: cargo no santo, viagens, convites, heranças, nomeações, lucros, presentes, reconciliações, compra de imóveis, mudança de residência para uma melhor, etc…

14 - aviso de alerta, ter prudência e sagacidade.

+

14 + - vitórias, progressos, surpresas boas e caminhos abertos

14

+ 14 - abandono total de proteção, é condenação.

14

+ - falsidades, mas notícias, perigos futuros

14

14 - apenas uma oportunidade

14 + 14 único perdão e a sugestão é

14 dar obrigação.

- o local de entrega para o presente é na beira da cachoeira, sendo que a metade do presente ficará na água e a outra metade na terra, fazer ORIKI, e na volta dar comida a OSUMARÉ.

15 – OBETEGUNDA

- responde Ogun, Èsú, Obatala e Òrùnmilá

- esse ODÚ, possui uma função muito severa, a qual é iniciar inúmeras situações desconcertantes até ocasionar guerra, geralmente através de intrigas, invejas e ambições.

- Quando ele, determina castigos em sua fase regida, as situações se tornam por demais perigosas e delicadas, ocasionando danos morais e materiais, tais como: processos, separações, perda de dinheiro, propriedades, objetos de muito valor, perda de emprego, risco de haver um crime, risco de incêndio.

- Entre tantas situações pesadas, esse ODÚ também adverte sérias perturbações orgânicas e uma demanda perigosa com um homem, por provocações iniciadas por uma mulher.

- Apesar de imposições rígidas desse ODÚ, o mesmo, após algumas séries de experimentações, finalmente alivia as pessoas regidas por ele, possibilitando vitórias, principalmente quando existir questões relacionadas com a justiça, as quais obterão julgamentos justos.

- As pessoas desse ODÚ ou sob sua influência, são favorecidas apenas em pequenos negócios e pequenos lucros, poucas são as possibilidades de sucesso, mas também não quer dizer que as pessoas desse ODÚ serão sempre pobres sem que realizem alguns dos seus projetos e sonhos.

15 - advertindo

+

+ 15 - prejudicando

15 - somente uma única

15 + 15 oportunidade, fazer santo

15 (feitura de orisá)

+ - ameaçando

15

15 + - protegendo

16 – ALAFIA, ÌRÈTÉ OU ÒRÚNMILÁ

- responde Òrúnmilá, e todos os ODÚ do seu sistema.

- essa é uma indicação a qual todos os ODÚ respondem favoravelmente.

- a indicação de ALAFIA, é a representação favorável do Universo, é a verdade, o sucesso e a paz, dando indicações importantes, bons lucros, recebimento de herança, viagens prósperas e amor correspondido.

- essa indicação é feliz tanto para o consulente quanto para o Babalawo, pois o cliente terá daí em diante um novo início de vida, necessitando apenas de uma pequena orientação e alguns agrados aos ÒRÍSÁ, fazendo resguardo nas 3ª feiras para ÒRÚNMILÁ, usando branco até que todos os propósitos sejam totalmente resolvidos.

- tomar banho de acaçá com mel e banhos com folhas calmas e doces, tais como:

- saião - ewe odundun

- colônia branca - ewe ipeperegun

- manjericão branco

- poejo;

- algodão - ewe ewú

- alecrim;

- alfazema;

- 16 folhas de obi (para pessoas de SANGO, usar as de orogbo).

IJUBÁ IFÁ

- Rezar todas as vezes que for necessário consultar Ifá, para não ter interferências negativas

OLOJO ONI MO JÚBÁ RE

OLUDAIYE MO JÚBÁ RE

MO JÚBÁ OMODE MO JÚBÁ AGBA

BI EKÒLÓ BA JÚBÁ ÍLÈ

ILÉ A LÀNU

KÍ IBA MI SE

MO JÚBÁ ÀWON ÀGBÀ MÉRÌNDÍLÓGUN

MO JÚBÁ BABA MI

MO TUN JÚBÁ AWON ÌYÁ MI

MO JÚBÁ ÒRÚNMÌLÁ OGBAIYE GBÓRUN

OHÙN TI MO NA WI LOJO ONI

KORI BÉÉ FUN MI

JOWO MÁ JE KÌÍ DÍ MO

ÒNÀ KÌÍ DÍ MO

OHUN TI A BA TI WI FUN OGBA L’OGBA NGBA

TI ÌLÁKÒSÉ NI SÉ LÁWUJÓ IGBIN

TI EKESE NI NSE LAWUJÓ ÒWÚ

OLOJO ONÍ KOGBA ÒRÒ MI YÈWÒ YÈWÒ

ASÉ ASÉ ASÉ

TRADUÇÃO

Oh! Senhor do dia de hoje, sua benção

O criador da Terra, sua benção

Sua benção crianças, sua benção os mais velhos

Se a minhoca pede alimento à Terra, esta concederá

Que assim meu pedido seja concedido,

Peço permissão aos anciões 16 Odu

Que meu pedido seja atendido

Sua benção meu pai

Ainda peço permissão a minha mãe

Sua benção Òrunmilá

Que vive no Céu e na Terra

Que o que eu disser hoje

Assim seja para mim

Por favor não permita que meu caminho seja fechado

Porque o caminho nunca é fechado para magia

Qualquer coisa que eu disser para Ogba, ele aceitará

O que Ilakose diz é a última palavra

Assim como Ekesee é o último da família do caramujo

O senhor do dia de hoje

Aceite minha palavra e verifique-a.

Saudação para abertura do jogo, pelo sistema IFÁ

IFÁ OGBO

IFÁ OUÇA

OMÓ ENIRE OMÓ ENIRE

FILHO DE ENIRE, FILHO DE ENIRE

OMÓ EJÓ MEJI

FILHO DE DUAS COBRAS

TÍÍ SARE GRANRAN GANRAN LORÍ EREWE

AQUELE QUE CORREU RAPIDAMENTE SOBRE AS FOLHAS

AKERE FINU SOGBON

O PEQUENO QUE ESTÁ CHEIO DE SABEDORIA

AKONOLIRAN BI IYE KAN ENI

AQUELE QUE SOLIDARIZA CONOSCO

IBÁ AKODA

COMO SE FOSSE DE NOSSA PRÓPRIA FAMÍLIA

IBÁ ASEDA

SUA BENÇÃO, PRIMEIRO SER CRIADOR NA TERRA

OLOJO ONI IBÁ A RÉ O

SUA BENÇÃO, CRIADOR DO DIA DE HOJE

ASÉ ASÉ ASÉ

PARA SER REZADA A TERMINO DO JOGO, COM O OBJETIVO DE PASSAR A RESPONSABILIDADE AO CLIENTE, QUANDO ESTE RESOLVE NÃO TOMAR CONHECIMENTO DO LHE FOI DITO.

ORUKO AWON / ORISÍ IFÁ MIRAN

TOUÁ NIKE YORUBA TI O IÁ TO SI

ÒRÚNMÌLÁ MI ABIBÁ / OOBI UNLE OLOKUN

OLOKUN AWO UO MIPE

Obs.: acostumar-se a rezar após a saudação de abertura, antes de iniciar o jogo, pois com certeza, não terá esquecimento ao terminar, pois é muito comum acontecer de esquecer. Passe imediatamente a responsabilidade.

ORIKI AJILOGBE

- É para cumprimentar, saudar e comunicar ao ODÚ OGBE, tudo que se fará por IFÁ a ÒRÚNMÌLÁ, e para que todos os oferecimentos sejam aceitos e se consiga êxito em tudo.

ESINSIN LO UNPOJU SE IDÉ

OTÁ LO BEJO LATÃNÃ

OWO SE IDÍ WEREKE

OWO SE IDÍ WEREKE

LODIFÁ FUN LADE OYRIJÚ

LA DE OYRIJÚ LO NSE AYA, EJI OGBE

NIJO TE WON UM ENÚ IMO

TI NUON JENÚ ÓDO SORO RÉ

WON NÍ KO RUBO

IJÓ NA NÍ NIOUN BERE SI FENU

IMO WI TIRE

ATI EWE, ATE AGBA KI Í FÍ

ENU IYE WI TEMI

ATEWE, ATAGBÁ (BIS)

Saudação para despedir a fase negativa do ODÚ, que deverá feita na entrega do ebó, no devido local.

1 - ÒSÉTURA WAGBA TETE ODABO 1

2 - OGUN DABE WAGBA TETE ODABO

3 - WORUN OPIN WAGBA TETE ODABO

4 - WORUN SOBE GBA WAGBA TETE ODABO

5 - OKONRAN OSA KEKI WAGBA TETE ODABO

6 - OTUN ORIKO WAGBA TETE ODABO

7 - OTURUPON OKONRAN WAGBA TETE ODABO

8 - EJIOGBE WAGBA TETE ODABO

9 - OKONRAN ÒYÈKÚ WAGBA TETE ODABO

10 - * ----------- WAGBA TETE ODABO (* Nome do ODÚ que se entrega ebó).

ORIKI ESÚ

ÈSÚ OTA ORÌSÁ

OSETÙRÁ L’ ORUKO BABA MO O

ALAGOGO IJA L’ORUKO ÌYA NPEE

ÈSÚ ODARA OMÓ KUNRIN IDOLOFIN

OLE SONSO SORI ESSE ELESE

KOJE KOSI JEKI ENI NJE GBE MI

AKÍÍ LOWO LAI MUTI ÈSÚ KURO

AKÍÍ LAIYO LAI MUTI ÈSÚ KURO

ASOTUN SOSI LAI NI ITIJÚ

ÈSÚ APATA OLOMO LENU

AI OKUTÁ DIPO IYÓ

ALAGEMOO ORUN A NLA KALU

PAPA WARA ATUKA MASESA

ÈSÚ MASEMI OMÓ ELOMIRAN NI KOSE

ÒFÓ ÈSÚ

(INVOCAÇÃO)

ALAKEGUN KI RINGUN IERI

OJINLE AERE KI RAIE MOKUNTELE

ARINJINA KI ROJU RO MO RE TOLÉ

JE KARONÃ KARONÃ GBE TIUA GBO

JE KARONÃ KARONÃ SORO ARA UA

JE KARONÃ KARONÃ GBO TAIE TARA UA

ORUK IFÁ O LAPE ORUKO IFÁ O LAPE

MO GBAIE PEFA E GBA MIO EGBA MILA

AIE TOTO O E DARIJU MIO EIN MOPE

KASORIKI IFÁ KASORIKI ESÚ

ESÚ BURUKU O, ESÚ OONA

ESÚ ABENUGAN, ESÚ ORITA

ORUKO GBOGBO IN MI MOPE LA PEPO

EJE OIE MI O L’ ORUKO IYA MI OSORONGA

ATOJE NUA TOKAN JE DO

EJE OIE MI KALE O

ORIKI OGUN

OGUN LAKAIYE OSIN IMOLE

OGUN, SENHOR DO MUNDO TRABALHA BRILHANTEMENTE

OGUN ALADA MEJI

OGUN DE DUAS ESPADAS

OFI OKAN SANKO

ELE USA UMA FOICE

OFI OKAN YENA

ELE USA UM ANCINHO

OJO OGUN NTI ORI OKEBO

UM DIA OGUN DESCENDO DO MORRO

ASO INÃ LO UM BORA

ELE SE ENROLOU NUMA ROUPA DE FOGO

EWU EJE L’OWO

E NUMA ROUPA DE SANGUE

OGUN ONILE OWO OLO NA OLA

OGUN É O DONO DA CASA, DO DINHEIRO, DA ESTRADA

OGUN ONILE KONGUN KONGUN ORUN

OGUN É O DONO DE MUITAS COISAS NO CÉU

OPON ONI SILE FI EJE WE

ELE TEM EM ÁGUA EM CASA, MAS PREFERE TOMAR BANHO DE SANGUE

OGUN AWO LE YINJU

OGUN GOSTA DE MULHERES BONITAS

EGBE LEHIN OMÓ KAN

ELE SOME COM AS PESSOAS QUE NÃO O RESPEITAM

OGUN MEJE LOGUN MI

OGUN SE DIVIDE EM SETE, MEU OGUN SÃO SETE

ORIKI OSOSI

(Dahomé - Oriki Savé)

ODE ONIJA

SESE LEHIN ASO

EE KO PO DE

OJU TI O RI EGBIN KO FO

OJO PO IYÁ MA BI

A KEERE TO GBON SINON

ODE KO TO KU AGBANLI

O SI IDI BATA LEERI EBE

ODE NWO MI ERU NBA MI

IJÁLÁ ODE

IJÁLÁ WU MI

NE O SUN IJÁLÁ NI T’EMI

ODE L’O BI MI D’ AGBA

IJÁLÁ WU MI

NGE O SUN IJÁLÁ NI TEMI

ENI BI NI L’ENI IJO

EWURE KO NI SI MO RÉ

KO R’ODO AGUNTAN

ORIKI SOPONA

(Oriki Ketu)

ENIKENI AWA PE LI AGBA

BABANIJE ALAJOGUN IYALAYEWU AJOGUN APAKE

AWA KO FO ENI KI OMÓ PA ENI JE

ROJU NLO NI ELE MIRAN

IRAWE OJU OMI WELE NI SE WELE

OKOYIKO O GBA ODE ELERAN KI MO UM ERAN

ARIKO OJE KI NRO KO

AGEGE IDE KI KO OPE

AWON TI OBU OKO ENI LI ONA OKO

AWA RU OKU E DE BOLI

IPO KOSI ENU KO SUN

SAKA SIKI GBA OJU ONA

ONI WOWO WDO

GBA OMÓ LI OGUN DANU

ORIKI OSUMARE

(KETU)

OSUMARE A GBE ÒRÚN LI APA IRA

ILE LIBI JIN OJO

O PON IYUN PON NANA

OFI ORO KAN IDAN WO LUKU WO

O SE LI OJU OBA NE

OLOWO LI AWA RE SE MESI EKO AFAYA

BABA NWA LI ODE KI AWA GBA KI AWA TO

A PUPO BI ÒRÚN

OLOBI AWA JE KAN YO

O DE IGBO ELU KO LI EGUN

OKO IJOKU DUDU OJU E A FI WO RAN

ORIKI SANGO

(OYÓ)

BÍ ETU BÁ WO ILE

JEJENE NI UM EWURE

BI SANGO BA WO ILE

JEJENE NI UM ÒSÁ GBOGBO

A RI RU ALA ONINANSO GANGAN

NIILE NI IGBO SORO IBOSI

A JI KÚN ÒSÚN BI OGE

ENIRU OKO LAMU TATA

OGBE ILE SURU GBE OMÓ SI OKO IBEJI

AJA ON POLOWO AWO

ORA SERA WA LOWO OLUDUMARE

O KO EYI OLO ORO BAWA

KURUKURU AJNAKU BO OKE MOLE

ORIKI OYÁ

(OYÓ)

ÌYÁ OJISÉ OBIRIN SANGO ASEPERI O

DOGA UM WON LI ÒRÚN OBIRIN SANGO

IYA OJISÉ TI OYA NI EMI IYO SE

GBE OMÓ OLOMÓ BI GBORO

A FI AKARABA JÁ BI IDAHOME

IRO NI IDAHOME NPE WON KO NI AKARABA OYA N’ILE

ADELEYE ÒRÚN WARA BI INA JO OKO

BOMIBARA ÒRISÁ TI GBO EGBE RÉ MO ILE

PON MI KI O MA SO MI PON MA SO MI

KI NRIN LI ÒRÚN WARA BI INÁ JO OKO

GBERE OBIRIN SANGO

NI YIO WA PON OMÓ ALUSI NI ODODO

O PON OMÓ ALUSI TAN O KO O RI RÉ SI ILE

OYÁ NI O TO IWO WFON GBÉ

ORIKI YEMOJA

(IBADAN)

OMÓ FE SE EGBÉ WO YEMOJÁ

ÌYA MI AWOYO MA JE LI EWU

ÌYA OMINIHUN

OMÓ GBOGBO NIT OLODE

A O BO OMÓ RÉ

BI O NI JO LE JO ONI YEMOJA

OGUN ÌYÁ KE OLODO

ÌYA KI O FI ORI MI BO MI OJARE

ORIKI OSAYIN

IBÁ AKODA

TI NDA TIRE LORI EREWE

IBÁ ASEDA

TI NTE TIRE NILE PEPE

IBÁ OSANYIN OLOJA EBORA

EWE E GBODO SUN NIGBO

EWE E GBODO SUN L’ODAN

PELEBE NI T’EWE

EWE EE SUN L’ OKO

EWE EE SUN NIJÚ

EWE PELEBE

ELEWE OMÓ E JIRE O

OJISÉ ORISA JIRE

OLOJA EBORA JIRE

OMÓ OLOSANYIN JIRE

ASÉ ASÉ ASÉ

ORIKI NANÃ BURUKU

(ORIKI ABEOKUTA)

SESE IBÁ O

IBA IYE NI MO JE NI KI JE TI ARUN

EMI WA FORIBALE FUN SESE

OLUIDU PE O PAPA

ELE ADIE KO TUKA

YEYE MI NI BARIBA LI AKOKO

EMI A KO NI ALA MO LE GBE AGADA

EMI A WA KI ONILE KI ILE

BA ILE GBE MI NIKAN

BABA MI A JI MO NI JE EJA

WA NI JE EJA KE APEJA

BABA MI ORUKU O BANU BURUKU MU

AWA OMÓ ASIROGUJO

OMO OLUSE GBE OLUSEGBE NIKAN

ARA EPE O EPE OSULE O ASIGORO AMÓ OLOKA

ORIKI ÒRÍ

OJU ÒRÍ

IKOKO ÒRÍ

OPA OTUN

OPA OSI

ORÍ PÉLÉ ORÍ PÉLÉ PELÉ ÒRÍ O

ÒRÍ PÉLÉ ATETE MIRAN

ATETE BENIN KOOSA

KOOSA TI DANI KIBÉ

LEENIN ÒRÍ ENI ÒRÍ PÉLÉ

ÒRÍ ABIENIN ÒRÍ BA

KI BO BÓ KÓYO SESE

ÒRÍ O

ORIKI EGUNGUN

A JE OLELE MA LE E SARE

A JE MOINMOIN SE S’ASO

AGUNGUN ARA OKO

ODUN PE AWO ELEJIO OSU OMO ARINNAKO

AJODUN WA RO DE AW AROSINKO

ODUN L’A R’ATA ODUN L’A ROBI

ODUN WA DI PEREGUN

ODUN NI PEREGUN YE

AJODUN WA RO DE AWO AROSINKO

EGUNGUN OJE YA WA J’IYO WA J’EPO

ADUDAMADA BI ENI P’ORI

O YO FUN SARA RE LO YIN

YAAGBO YAAJU BI OSUN IWERU

AGBALAGBA YA WA J’ IYO WA J’EPO

ODUN WA DA PEREGUN

ODUN NI PEREGUN YE

ERIN SESE TI KOWEE E DUN

OLOBI MA JE NBI KO WU MI O

OLOBI MA JE NBI KO WU MI

OMO BII PLUMOKO O

OLOBI MA JE NBI KO WU MI

ORIKI IBEIJI

ÈJÍRÉ ÒKÍN

ÈJÍRÉ NBA BI NBA JÓ, JÓ, JÓ

ÈJÍRÉ NBA BI NBA YÓ, YÓ, YÓ

ÈJÍRÉ ÒKIN ARA ISOKÒN

OMÓ EDUN TI NSEERE ÒRÍ IGI

OMÓ ÒTÒ TI NSE NI ÌÈ ÌLÈ

ÈJÍRÉ WO ILE OLÓWÓ KÒ LO

O WÓ ÌLÈ OLÓLÀ KÒ IA BE

ÈJÍRÉ ÒKIN ARA ISKÙN

ILÉ ALÁKISÀ L’O TI KI WON

ÈJÍRÉ SO ALÁKISA DI ALÁSO

O SO ALÁGBE DI OLÓÙNJE

O SO ÒTÒSÌ DI ÒLÒRÒ

O SO "KINI O SE"? D OLÓKÌKÍ

ÒKÌKÍ OWÓ ÒKÌKÍ OMÓ

BI TÁ YÉ TINLO NI ÌWÁJÚ

BE E NI KEHINDE NFI PÉLÉPÈLÉ BO LEHIN

TÁYÉLOLÚ NI OMÓDÉ

OMÓ KEHINDE L’EGBÓN ÈJÌRÉ

TÁ YÉLOLÚ NI A RAN NI’SE

PEKI O LO TO AYE WÓ

BI AYE DRA BI KO DARA

TÁYÉLOLÚ ONIKÈSÉ OM’’ AKIN

O TO AYE DUN BI OYIN

TÁYÉ KEHINDE MO KI

ÈJÍRÉ ÒKÍN ARA ISOKUN

YNDINYNDIN L’OJU OROGÚN

ÈJÌ WÒRÒ L’OJU ÌYÁ RÈ

ÈJÍRÉDE ILÉ KUN FÓFÓO

ÈJÍRÉ KUN ÒDÈDÈE TERÙTERÙ

TÁ YÉLOSÚ S’ AJÉ KÒ SE

KEHINDE S’AJÉ TIRÈ GBÀRÁÀ

AGÁDÁGODO KÒ RÌ WON GBE SE

APÈPA KÒ RAN ARA ISOKÚN

GBOGO IGI INFORIBALE FUN ÀSÍNRÍN

T’OSO T’AJE NFORIBALE FUN ÈJÌRÉ

ÈJÌRÁ ÒKÍN ARA ISOKÚN

ODE’LE OBA TÈRÍN TÈRÍR

ODE’LE IJOYE TAAYÒ TAYÒ

AFÍNJÍ ÀDÀBÀ TI NJE L’AWJO ÒSÁ

ÈJÌRÉ ÒKIN WA TE’WO MI BO ÒSÚN OMÓ

OFINJU OMÓ TI NK’ ORE BA BABA

(CONTINUAÇÃO DO ORIKI)

JEKI NRI JE NRI UM

ÈJÍRÉ ÒKÍN MA SAI BA WON IYA LÓDO MI

- SOMENTE AS PESSOAS QUE TEM FILHOS GÊMEOS DE NASCIMENTO OU DE ANIVERSÁRIO, DEVEM CULTUAR IBEIJI, COM MATANÇAS, COMIDAS SECAS E FESTAS ANUAIS.

-

OBATALA

(ORIKI IFÉ)

OBATALA OGIRY OBA EJIOGBE

OBATALA ALA ASE

OBA TAPA LODE IRANJE

O FUN ENI NI O GBA FUN EENI TI KO NI

A DAKE SIRI SIRI DA ENI LI EJO

O WO ENI PEPEPE BI ENI KI RI ENI

ABI OWO GBOGBO YO OMO LI OFIN

O GBA GIRI DANU LI OWO OSIKA

ELE JE OHUN AWA FUN NI JE

ONI ILE O FI O JE TI LEKUN

OBA BI OJ GBOGBO BI ODUN

ALA ALA NIKI NIKI

OBA GEGE BI OWO IFÁ

OBA DA ENI SI AIYE MA GBAGBE

O LEDE SI APERE

O FO OSIKA BI ENI GBO OKE

ORO OKO LA DEPE

ORO OKO ABUKE

ORO OKO AFIN

ORO OKO LASE

ATATA BI RAKUN

AGBATAN NI ILE OKUNRIN

O TU KOKO ALA FUN OMO LORE

ORIKI APAPO ODU MÈRÍNDÌLÓGUN

ESINSIN A MAA KUN ORI IMI WOIN WOIN

O DA F’ODU MÈRÍNDÌLÓGUN

T’ OL’OGUN ERU T’ O NI OUN KO L’ENI

ESINSIN A MAA KUN ORI IMI WOIN WOIN

O DAF’ODU MERINDILOGUN

T’O L’OJI IWO FA TO NI OUN KO L’ENIYAN

T’ O BAJE PE TI OUN

OUN ORUNMILÁ

ODO A JE KI NWON MAA BA OUN DO

IBI TI AGBAGBA BA TI D’OJA SI

NI EYE OKO TI I NA A

IBI TI OGEDE BA TI FI IDI BALE SI

IGBO NI I IDA

EWON MÈRÍNDÌLÓGUN I NWON NFARA WON

IRE T’IHIN WA IRE T’OHUN BO

AJERE OLONOONA

IRE T’IHIN WA IRE T’OHUN BO

AJEERE OLONOONA

Obs.: para ser feita, no caso de esquecer ou não saber o Oriki do ODÚ a que está se presenteando.

"O sobrenatural existe, mas minha tese é a de que o sobrenatural é natural."

Darcy Ribeiro

"O temor é para nos alertar do perigo, não para nos afastar dele."

Autor desconhecido

Reza para OBI / OROGBO

Após esfriar o chão e com o OBI / OROGBO entre as mãos.

Saudação:

Ago Aiyé mojúbá, ago...

Ago Òrísà gbogbo (òrísá que se oferta) ou

Ago òrí (fulano) mojúbá

Obi ago mojúbá asé - Awa ni dide: paz, saúde, prosperidade, etc...

Descolando o obi, retirando os 4 pedacinhos de cima, dizendo:

OBI DO FO

OBI DO JO

OBI SE TUN

OBI MERIN

Reza do OBI / OROGBO

ALA L’OPO MOFI WA O

ALA OSI MO FI WA E

L’ OPO L’OMÓ NLÓ WA NRE KE BA

O MEJI KETU OTUN OBI / OROGBO RERÉ

L’OMO NLÉ OMI OBI / OROGBO ELEDA L’OMO (Fulano) OU

ÒRÍSÁ (Nome)

Jogar água

OBI NLÓ resp: APA NIÉ (3 vs.)

Regência dos Orixás para os Signos

Áries Ogun

Touro Sango

Gêmeos Ibeiji

Câncer Òsún

Leão Òsálá

Virgem Oyá

Libra Ososi

Escorpião Èsú

Sagitário Beseyn

Capricórnio Obaluaiyé

Aquário Oguiã

Peixes Yemonja

IKURU DOS ORIXÁS

Ogun - Tranca Rua das Almas

Ososi - Tiriri / T. R. Imbaré / T. Gira / T. Tudo

Ossae - Toco preto

Sango - Braza

Aganju - Pedra Negra

Oyá - Maria Padilha

Obaluaiyé - Caveira (porta)

Omólu - Tata Caveira (último cruzeiro)

Òsún - Maria Mulambo

Ewa - Anaibé

Besen - Kainana

Nana - Kakurucaia

Obá - Cinza Muzila

Sapona - Mangueira Osoguiã - Marabo Toquinho

Tempo - Gira Mundo

Òsálá - Marabo

Logun - Tiriri

Bebidas

Veludo - vinho tinto rascante

T. R. Almas / tranca Gira / Tiriri / T. R. Imbaré - Jurubeba

Caveira / Mangueira - bagaceira

Toco preto - cachaça com mel

Braza - conhaque + gengibre + amendoim

Padilha - Licor de aniz

Anaibé / cigana - sidra

Mulambo - creme de ovos / coquinho

Kainana - creme de ovos

Kakurucaia - batida de laranja com açúcar

Cinza muzila - conhaque com mel

Mirim - caldo de cana com cachaça

Marabo Toquinho - vinho rosê

Marabo - vinho branco licoroso

Pedra negra - vinho rosê ou absinto

Gira mundo - batida de coco

Todos os Ikuru podem beber vinho e aceitam Whisky, mas para a rua será sempre cachaça.

Para inquizilar a Mulambo, basta dar a ela maracujá com pimenta.

LEITURA DE ORÍ

1 - Oriki Èsu

2 - Ofó esú

3 - Ogbe

4 - Ijuba Ifá

5 - Oriki do jogo

6 - Jogar as quatro caídas normais

7 - Oriki Òrí

8 - odú de òrí + bicho do orí

9 - Odú de Bara + nome do Bara

10 - Amparo / Eleda / Junto e Eta

BARA

1 Buruku 2 Idowogbo

3 Ologbe 5’ Atare

6 Orita 6 abenugã

6 Iangi 7 Igbarabo / Orita

8 odara 8 Ijelu

10 Ijelu 11 Lonã ou Onã

11 Elegbara 12 apata

12 Laalu 13 Larin Ota

13 Orugã 15 Abenugã

Ojisebó Inã

Bichos do Òrí

Peixe D’angola Pombo Franga Pata Igbin

Obs.: Jogar para saber se a d’angola e a franga são brancas ou de cor.

Orisa

1

Esu Buruku

2

Ibeiji Orinsala Sale = Ijala Ode ou Olujugbe (8)

3

Ogun Ajo Ode Otolu Omólu Sapata Ibeiji Keinde Oyá Tope

Iemonja Iasesu

4

Ogun Igbo Ode Igboalama Omolú Eritan Oyá Jobe Iemonja Kawro

Ibeiji Tayó

4’

Ogun Soroke (Já) Omólu Ajunsun Sango Akkaiúna Ossae pê

5

Ogun Ayaka Omólu Afumã Sango Baru Ossae Pê

Òsún Iaomi (Ioni) Iemonja Iasesu

5’

Èsú Atare Ode Otolu Omólu Etetu Sango Aganju Elere Tempo

Beseyn Token

6 e 7

Èsú Iangui Èsu Abenugã Ogun Oromina Ode Isogbo Sapona

Omólu Araue Sango Bade Sango Aganju Oya Jebe Oyá Tonã

Òsún Tinibu Logun Labanã Omólu Avimage Beseyn Odã

Iemonja Tonã Oguiã Eteko Òsáfuru Ibeije Keinde

8

Èsu Odara Ogun Já Obaluaiyé Jagun Sango Agodo Òsún Opara

Iemonja Iaboto Oguiã Ajagunã Nanã Ibialá Nanã Susuré Òsálufon

9

Ogun Are Ode Okuerã = Onipapo Obaluaiyá Are Sango Awrekete

Oyá Pada Oyá Nimbu Oyá totéia Oyá Fure Oyá Kiakolumã

Elere Òsálà Akere

9’

Ogun Tonã Ode Olwere = Danadana Sango Akorumbé

Sango Sogboadã = Dada Sango Jaká Oyá Eleoko Òsún Iepondá

Oba - (Eleoko) Logun Igbain

9’’

Omólu Avimage Sango Akorumbé Oyá Jejebe Òsún Egingira

Iemonja Soba Oyá Kiakolumã Òsàlá Alasé

10

Ogun Alabedeorun Ode Inlé omólu Igitan Sango Airá Oyá

Oya Funã Òsún Igimun Oguiã Saluga Òsálà Olokun Òsálà Ijala

Ode

11

Èsú Lonã Ogun Lode (=Mege = Igbagbo) Oolode (=Karê)

Omólu Afomã Òyá Topé Òsún Ayala Iemonja

Iemonja Ogunté Òsálà Olokun Oguiã

12

Èsú Apata Sango Baru Sango Afonjá Oyá Karã Òsún Tinibu

Tempo Iemonja Konla Bosen Token Oguiã Eko

13

Èsú Larin Otá Òmólu Avinagege Nanã Buruku (labain)

Òsálà Kajaprikú

14

Ossae Pê Elere Òsún Iemonja Ariokã Iemonja Obituô

Besen Gidã Oguiã Saluga Ibeje Keinde Ibeije Tayó Nanã Susurá

14’

Ode Oti (Oke) Omólu Azauani Òsún Aboto Iemonja

Òsálà Oke Òsálà Baba Ode Elere

15

Òsún Abalu Ewa Ijikun Oba Sion Besen Gidã Iemonja

16

Òsalà Baba Epê ÒRÚNMÌLÁ

Obs.: quando cai no jogo Elere além de dar caminho aos ebós específicos, temos que dar atenção ao caminho.

Ex.: 5 - faz-se Oxumare / Òsún / Ibeiji, mas somente após a perguntar ao jogo.

9 - faz-se Ogun / Oyá e em 14" faz-se Òsún

Com Tempo, é o mesmo sistema

Ex.: 5 - Oxumare

12 - Sango Awrekete (9)

Relação Odu / Orisa

Marcação para Orisa

Cor para identificação

1 Èsú

1 Èsú

vermelho e preto

2 Ibeiji

2 Omólu

preto e branco

3 Ogun

3 Ogun

verde

4 Iemonja

3A Logun

amarelo e azul

4’ Iemonja/Ogun/Oya

4 Iemonja

5 Èsú

5 Ode

azul claro

5’ Èsú / Beseyn

5A Ossayin

verde e branco

6 Ibeiji / Òsálà

6 Sango

vermelho e branco

7 Èsú / Sango

7 Oyá

marrom

8 Omólu/Oguiã/Òrúnmílá

8 Òsún

amarelo

9 Oyá

9 Ewa

laranja

9’ Oyá/Iyá/Iemonja

10 Beseyn

amarelo e preto

9’’ Oyá/Iyá/Iemonja/Sango/Omólu

11 Oguiã

azul e branco

10 Òsálà / Esú / Iya

12 Òsálà

branco

11 Ogun / Ode

13 Oba

vermelho

12 Sango / Omólu / Èsú

14 Nanã

roxo

13 Nanã

15 Ibeiji

14 Iemonja

Tempo

14’ Iemonja / Òsún

15 Ewa

16 ÒRÚNMÌLÁ

Observar:

4 normal - misturado

4’ 1 fica separado - fala Oyá ou Egun

5 normal / misturado - fala Òsún

5’ 2 separados - fala Beseyn

9 normal / misturado - fala Ogun

9’ 1 fica separado - fala Oyá

9’’ 2 ficam separados - fala Sango

14 normal / misturado - fala Iemonja

14’ 1 fica separado - fala Òsún

Outra maneira de interpretar:

Búzios Abertos ODÚ ÒRÍSÀ O que anuncia

1 Òkónrón Èsú desastres, más notícias

2 Ejioko Ogun dificuldades

3 Ètaógùndá Ogun perigo, resguardar casa

4 Ìrosún Sango processo, justiça

5 Òsé Òsún/Iemonja falsidade pessoa próxima

6 Òbárà Oyá coisa agradável, amor

7 Odi Èsú dificuldades

8 Ejonile Ososi alegria, felicidade

9 Òsá Oyá morte na família

10 Òfún Òsálà insegurança, desconfiança

11 Òwórín Omólu doença, mal estar

12 Ejilasébora Ajés de Sango bruxos, maldade

13 Ejiologbon Omólu doença na família

14 Ìká Osumare ganhos inesperados

15 Obetegùndá Òsálà teimosia, bondade

16 Alafia ÒRÚNMÌLÁ tudo irá bem

Outra maneira

Búzios Òrísà o que anuncia

Fechados

1 Oba guerra

2 Nanã e Iyemonja família, abandono, viagem

3 Omólu doenças, curas

4 Obaluaiyé morte, transformações

5 Ossae timidez

6 Oyá decisões

7 Osoguiã glória, impérios

8 Egun bruxarias, feitiço

9 Ogun lutas, combate, armadilhas

10 Sango justiça

11 Ososi trabalho

12 Òsún amor, herança, dinheiro

13 Omólu almas, doenças graves

14 jogo fechado

Outra maneira:

1 Èsú

2 Ogun

3 Omólu

4 Iyemonja

5 Òsún

6 Ososi

7 Òsálà

8 Logun

9 Sango

10 Osumare

11 Oyá

12 Ossae

13 Nanã

14 Iyewa

15 Obá

Outra Interpretação

1 - Abertura podendo ser positiva ou negativa

2 - Ajuda

3 - Precisa de equilíbrio Negativo: guerra

4 - Precisa de caminhos

5 - Fala Bara - movimentação geral e espiritual Neg.: poderá ficar doente

5’ - Fala Beseyn - mov. Geral e espiritual Neg.: poderá ficar doente

6 - Certa ajuda Neg.: está em conflito

7 - Ajuda

8 - Pessoa normal - solução - funcionando de forma branda

1ª vez - precisa de ajuda 2ª vez - auxílio para melhorar

Positivo - início de alerta

9 - Ajuda grande

9’ - Grandes intuições - ligadas aos ancestrais

9’’ - Justiça em terra e água Neg.: uma certa injustiça

10 - 1ª vez - Paz 2ª - afetiva Neg.: cabeça desassossegada

11 - Guerras com ansiedade para vencer na vida

Neg.: derrotas, feitiços com Egun e Esu

12 - Neg.: entusiasmo

13 - Mais experiência - dar caminho ao 8

Neg.: grandes doenças, morte, grandes feitiços com Egun

14 - Equilíbrio mental com grandes presentes, principalmente no lar.

14’ - Idem, projetos afetivos, grandes empreendimentos em sigilo, atenção

no que fizer.

15 - Neg.: grandes modificações e mudanças para o mal

Pos.: grandes modificações para o bem.

16 - Tudo nas mãos de Olodumare.

Curiosidades de algumas caídas

A parte aberta de um sobre a parte aberta do outro = problemas conjugais

A parte aberta de um sobre a parte aberta do outro, sendo que o de cima corre um pouco para a direita = Desobediência, conduta leviana

Um búzio aberto, sendo que a parte larga do outro encaixa dentro dele = o Orìsá está de pé, devemos perguntar com 4 búzios, qual o caminho a seguir.

Um búzio aberto e a parte estreita do outro dentro dele = Morte

Dois búzios abertos, sendo um sobre o outro = Carrego de Santo. Pergunta-se com 4 (quatro) búzios, para saber-se o que o Orìsá quer.

Nove (9) búzios abertos, sendo que 2 abertos um em cima do outro, abertura com abertura = Perturbações ligadas ao sexo.

Dois (2) búzios um em cima do outro, abertura com abertura, sendo que o de cima corre um pouco para a esquerda = o (a) companheiro (a) se foi ou está indo.

Nesta posição é Ogun quem está falando, um montado no outro, abertura com abertura = com 4 búzios o que Ogun deseja. Se não é um problema com Orìsá, uma batalha que ele vai vencer.

Alguns búzios caem formando um conjunto em separado = complicação para o consulente.

Um búzio cai sobre a pedra = a consulente não é mais "virgem" ou vai perder a virgindade ou ter seu 1 contato sexual; se for casada, vai cometer adultério.

Dois (2) búzios abertos guarnecidos por mais 2 abertos de cada lado; Osàlá quem fala = a sepultura está aberta, recomenda-se obrigações caso contrário morrerá.

Dois (2) búzios, um aberto e outro fechado à esquerda = o fechado é a morte e o aberto é a proteção do Orìsá.

Um búzio cai fora do jogo, caindo no chão = o consulente deverá fazer um trabalho para seu benefício.

Dois (2) búzios à direita, separados dos outros = viagem próxima a se realizar.

Dois búzios à esquerda separados dos outros e um outro próximo da moeda = viagem que se realizará próximo com proveitos financeiros.

Alguns búzios formando cruz = promessa feita e não cumprida, paga.

Alguns búzios formando uma linha reta = os caminhos estão abertos, não existindo problemas para o consulente.

Um búzio sobre o outro em forma de cruz = sérias complicações para o consulente.

Quando caem 16 búzios fechados = Opirá, caída totalmente negativa, total desfavorecimento, impedimento e morte; o número desta caída é "0" (zero). Essa caída é perigosa tanto para o consulente quanto para Baba/Iyálòrísá, pois a indicação de Opirá é de morte, perigo fatal.

Mediante tal situação o Babá/Iyálòrísá, deverá encerrar imediatamente, não podendo o mesmo, jogar por 16 dias, até que se completem as obrigações devidas. Pede-se ao cliente que se levante e colocamos um pano preto por cima do jogo durante 5 minutos, para somente depois levar o pano para a casa de Èsú, com 1 acaçá.

Quando der essa caída, não devemos indicar esse cliente para ninguém. Pegar 4 búzios e perguntar a Èsú o que ele deseja, se a cabeça de 1 galo ou a cabeça de um bode. Leva-se para a mata e se entrega para o poente, enterramos a cabeça e por cima será colocado o corpo; na volta bate-se folhas em tudo.

Durante esse dias, é colocado em cima do jogo canjica, com 17 dias daremos comida seca para Òrùnmilá.

Relação dos EBÓ relacionados à leitura

1 - Èsú Buruku

Morim preto - frango preto - padê azeite doce - 7 moedas - 7 ovos - 7 velas pretas.

- Agrado para ODARA

2 - Quando sair EJILASÉBORA (12) no ÒRÍ

1° ebó

cabeça de cera (no sexo da pessoa) - ajabó de 28 quiabos + azeite doce + açúcar + noz moscada - morim branco - miolo de boi - retrós de linha branca - 7 velas - 7 moedas. Local: Beira d’água

2° EBÓ

1 saco de estopa - padê completo - 7 acaça amarelo - 7 abará - 7 acarajé - 1 cachaça - 1 frango branco - 7 velas - 7 ovos - 7 moedas - pipocas + alpiste (junto) - 7 acaçá branco - canjica.

3° EBÓ

1 alguidar - abóbora moranga aberta - canjica - pipoca - acaça - doces - frutas - moedas - velas (dependendo das posses da pessoa).

Isso é para ser feito tudo em n° 6, para que se possa surpreender OBARÁ

3 - Quando sair EGILOGBON (13) no ÒRÍ

1 EBÓ

1 pote de barro com tampa - pedra de carvão - 3 mts. De morim roxo - frango carijó - pombo malhado claro - 7 ovos de pata - 7 ovos de galinha - 13 acaça enrolado - pirão de fubá - pirão mole de polvilho doce.

2 - EBÓ

Suspender EJONILE

NANÃ BURUKU

13 acaça - 13 aberens - 13 velas - 13 ovos - 1 franga preta - 1 acaça - 8 velas - 8 acaça - 1 obi - 1 igbin - 1 quartinha - waji + baunilha

4 - Quando sair EGILOGBON no Amparo

1° EBÓ

1 panela de barro média - 1 socador usado - 13 ovos - 13 velas - 13 acaça - 1 igbin - 1 bagre - 13 bolas de feijão preto temperado - 13 moedas - morim roxo - morim branco - 1 franga ou pombo preto.

Suspender EJONILE

morim branco - 8 velas - 8 acaças doces.

5 - ELERE (quando sai no amparo)

1 obi ralado + orogbo + baunilha em pó - 2 folhas de bananeira pequena - morim reto - frango preto - 1 alguidar grande - 1 garrafa de álcool - dendê - mel - farinha de mesa - azeite doce - Folhas frias cozidas

Ogborí imediatamente

Outros

1 - EBÓ dos 7 Caminhos

deverá ser feito antes do Iawo se recolher, já na Roça de santo. Passar tudo e sair para entregar; o Iawo fica para tomar os banhos e se recolher.

1° cainho - Encruzilhada

1 ewe Làrá (mamona) - 1 ovo - 1 vela - 1 acaça - 1 moeda

2° Caminho - Estrada

1 ewe Iàrá - 1 ovo - 1 vela - 1 moeda - 1 acaçá - feijão fradinho e milhos vermelhos torrados

3° Caminho - Balé

1 ewe làrá - 1 moeda - 1 ovo - 1 acaça - 1 moeda - pipoca

4° Caminho - Igreja

1 ewe Iàrá - 1 vela - 1 ovo - 1 moeda - 1 acaça - canjica cozida

5° Caminho - Mato

1 ewe Iàrá - 1 moeda - 1 ovo - 1 vela - 1 acaça - amendoim e milho vermelho cozido

6° Caminho - Praia

1 ewe Iàrá - 1 ovo - 1 moeda - 1 vela - 1 acaça - arroz cozido

7° Caminho - Rio

1 ewe Iàrá - 1 ovo - 1 moeda - 1 acaça - 1 vela - feijão fradinho cozido

2 - Caminho para ÈSÚ, após o término das obrigações (específico para a Roça de santo)

7 ewe Iàrá - 7 folhas de jornal - 7 ovos - 7 moedas - 7 acaça - 7 velas - 7 fósforos - 7 búzios - pades (água, mel, dendê, cachaça) - 1 garrafa de cachaça - 1 frango (cortado em 7 pedaços) - tempero

3 - Caminho para Ogun ou Ebó de Guerra

1 molho de arruda - 7 ovos - 7 velas - 7 moedas - 7 quiabos - morim branco - milho vermelho - feijão fradinho - 1 frango - dendê - azeite doce - mel.

4 - Presente aos guerreiros

8 bolas de inhame cozido - Oguiã

1 inhame cozido amassado ou inteiro - Ogun

1 inhame cozido e cortado em 8 fatias - Obaluaiyá

8 acaça - 8 moedas - 8 velas

Local - num pé de eucalipto

5 - Oguiã para acalmar / pedir equilíbrio

1 tigela de louça - 8 bolas de inhame - leite - baunilha - água

6 - Oguiã para acabar com ejó

1 faca - 1 frango preto - acaça - waji - baunilha

Obs.: o ideal é para ser feito com todos que entrarem na casa de santo, evitando com isso aborrecimento posteriores.

7 - Ebó para saúde

8 ewé làrá - 8 acaçás - 1 garrafa de água - 1 quartinha - 8 velas - efun ralado.

8 - Magia de Abertura de Caminho

1 obi branco (2 ou 4 gomos) - morim branco - prato branco - mel - sal - 1 pombo branco - 7 grãos de Ataré (pimenta da costa)

Mastigar 7 grãos de Ataré (não se fala + a partir daí "isto é fundamental para que dê certo), fazer o OFÓ, retirar 5 penas (asas), colocar em volta do prato; o morim dentro do prato; dentro colocar mel e sal.

Deverá ser feito pela manhã bem cedo e com poucas pessoas, sendo tudo num dia só, e em nome de EGBE OGBÁ. Depois de "encantar" o obi cm OFÓ, colocar no prato, levar para um lugar bem alto, entregar e soltar o pombo; quanto mais alto este voar, maior será a ascensão da pessoa.

Obs.: se abrir o obi de 4 gomos, jogar, se não der ALAFIA, jogar fora e usar outro (deve-se abrir com as mãos ou dentes).

A pena = AGBE do pombo significa a força que leva o mesmo até OLODUMARE.

Neste trabalho estaremos usando a força de OGBÓ e OGBÁ - conjunto de pessoas que tratam de ABIKU = ELERE = EGBE OGBÁ = Sociedade de Tratadores de ABIKU. A palavra deles não volta a traz.

OFÓ

(para essa magia)

YIYE NI YE EIYELE

Assim como a pena é para o pombo

ÒRÍ JEKI OYE MI

A minha cabeça é para mim

KI AIYE MI O DARA!

Que meu mundo seja bom!

KI ONÃ MI LÀ SI RERE!

Que meu caminho seja de sorte!

OGBÓ LÓ NÍ KÍ E GBÓ ÒRÒ SI MI LENU OGBÁ

As palavras são as palavras da boca de OGBÓ

ÒGBÀ LÓ NÍ KÍ E GBA TEEMI SI RERE Ò GBA

Ogbá é quem está pedindo para que meu caminho seja bom

ÀBA TI ALAGEMO BA DA

Qualquer coisa que venha de ALAGEMO é aceita

OÚN NI ÒRÌSÁ ÒKÈ Ì GBÁ

pelo orixá ÒKÈ que é o dono da montanha

E GBÁ TEMI SI RERE!

Aceitem que minhas coisas sejam boas!

ASÉ ASÉ ASÉ

9 - Saúde

(pode ser 11/7)

1 peixe vermelho - 7 palmos de morim branco - 7 velas - 7 moedas - 1 pade dendê - 7 fitas coloridas (menos preta e vermelha)

Local: próxima a água

10 - Èsú

7 acaças brancos, 7 amarelos, 7 velas, 7 ovos, 7 moedas (0,01), morim preto, vermelho e branco, 1 bife de porco, 7 charutos, 7 fósforos, 1 cachaça, pipoca, 77 acarajé, 7 ekuru, 7 legumes.

11 - Para vender imóvel

1 kg. de milho vermelho aferventado ou mal cozido, 1 vela ou 3 velas.

No local: 3 pades (água, dendê e mel), água de acaçá

comida para Ogun com 1 acaça em cima .

Pedir que traga o comprador certo.

12 - Egun

bolos de farinha, bolos de tapioca (alpiste opcional), punhados de arroz, punhados de pipoca, punhados de canjica, acaça, acarajé, repolho pequeno branco, 250g. bofe, bife de porco, sardinhas (opcional), frango (opcional), velas, moedas (0,01), morim branco, linha branca.

13 - Ikú

7 qualidades de feijão, 7 qualidades de legumes, 1 molho de couve, velas, moedas (de pequeno valor), bolos de farinha, bolos de tapioca (alpiste opcional), punhados de arroz, punhados de canjica, punhados de pipoca, acarajé, ecuru, morim branco, vermelho e preto, linhas branca, vermelha e preta, cachaça, fósforos, charuto, 7 qualidades de carnes, sardinha, caixão, casal de bruxos, 2 abanos, 1 frango, acaçá branco, acaçá amarelo, pade, etc... Obs: PASSE DE GRAÇA AQUILO QUE VC RECEBEU DE GRAÇA!!




Postagens populares