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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

DIFERENÇAS ENTRE UMBANDA, QUIMBANDA E CANDOMBLÉ

Kimbanda

A Lei da Kimbanda vêm dos bantos, dos povos Angola-Congo. A misturança ou ainda podemos dizer sincretismo entre o Exu-iorubá e os Ngangas e Tatás (almas de chefes kimbandeiros das nações bantas) foi o que deixou esse ar de confução no povo, que muitos até mesmo sendo "feitos na kimbanda", não entendem, ou ó que é pior tratam-no de diabo. Na verdade, o Exu da kimbanda não é o Exu-iorubá (orixá ou imalé dessa cultura). Os Espiritos que chegam na linha da kimbanda são espíritos de ngangas ou tatás, aquelos que encarnados na terra eram sacerdotes bantos adouradores de algum nkisi ou mpungu.

No Brasil, o culto aos npungus e nkisis à través dos seus mensajeiros - os ngangas - foi misturado na escravidão com o culto aos Encantados e aos pajés ( da cultura tupí-guarani ) e também com o dos iorubás, surgindo os siguintes novos cultos, fruto da miscelánea:

Makumba - Que vêm de "ma-kiumba" (espíritos da noite). Foi assim chamado o mais primitivo culto sincretista no sul do Brasil (e o primeiro originado em Brasil), dada sua maior prepônderancia banto; é déla que descem os outros cultos afro-brasileiros com influência das naçoes Angola-Congo, Tupi-guarani, Nagô e a Igreja, nessa ordêm. A ração de se chamar makiumba (logo após por deturpação da palabra ficaria makumba ou macumba) foi justamente, porque é um culto que se faz na noite, onde deberiam-se chamar necesáriamente os espiritos da noite (almas de outros sacerdotes do culto - Eguns ou Ancestrais). No culto iorubano-nagô conhece-se e rinde-se culto aos Ancestrais-Egun, porém elos são afastados dos rituais aos orixás, tentando ter um contato com outro tipo de energias, isto ajudou, para que os rituais onde se chamabam eguns fossem menospreçados, pejorados e mal interpretados. Por outro lado, a Igreja também condenaba os cultos con influência indio-banto onde se fazia beberagem e supôstamente orgias.

Na verdade, as danças bantos eram no Brasil e ainda são na África bastante eróticas, e também é verdade que os Guias bebem y pitam, porém dista muito de ser uma orgia ou um beberagem. Depois, quando os grupos de nações começan procurar sua identidade, dividem-se os principais compônentes da makumba, aparecendo: Candomblê de Angola; Candomblê de Congo; Candomblê de Caboclo ou dos Encantados; Catimbó; - todos elos em procura duma raiz cultural - y também, a finais do século XIX surgem da macumba urbana (onde tinhan muita participação os brancos pôbres e os descendentes de escravos) a Umbanda e a Kimbanda com influências para o Espiritismo e com muito sincretismo. Na kimbanda, permaneceu grande parte do culto aos ngangas da nação Angola-Congo, porém misturado com o diabo (pêlas influências dos mitos e tabúes dos proprios integrantes - que não tinhan conhecemento das orígems - ) e também embaixo do pé do orixá iorubá Exu. O titulo desta página teria qui ser : O kimbanda "na sua lei".
Na África

Em terras bantas, muito antes de chegada do branco, já existia o culto aos ancestros (chamados depois no Brasil "guias"). Também era conhecida a palabra "mbanda" (umbanda) significando "a arte de curar" o "o culto pêlo qual o sacerdote curaba", sendo que mbanda quer dizer "o Além - onde moram os espiritos". Os sacerdotes da umbanda eram conhecidos como "kimbandas" (ki-mbanda = comunicador com o Além ).

Quando chegam os portugueses e tem contatos com os reinos bantos, procuram comerciar com elos de um jeito pacifico. Mais tarde, o Rei do Kongo (manikongo) descendente do primeiro ancestro kongo divinizado o Tatá Akongo converte-se ao catolicismo, sendo que também fazem o mesmo todos os seus vasalhos. Pôde-se apreciar então que os negros bantos já na África são evangelizados por vontade própria, fazendo elos mesmos em suas terras sincretismos entre Santos e Nkisis. Porém uma parte banta não aceitou, nem adoutou a evangelização, sendo que tramaram uma revolução em contra do rei do Congo, mesmo ainda, para se mostrar opôstos ao branco e os Santos, adoutaram dizer que eram do Diabo. Esses povos bantos eram os Bagandas, Balundas e Balubas. Ao tempo os Bagandas em revolta conquistaram a região de Angola e logo após quasi todo o reino congo (que estaba formado por vários reinos vasalhos). Um dos reis bagandas foi Ngola Mbandi, de onde provêm o nome de Angola. Essos revolucionarios estabam apoiados pêlos grandes feiticeiros e guardiões das tradições bantas, sendo também que sua bandeira estaba formada pêlas côres da tribo dominante: vermelho e preto (muito depois seriam as cores de Angola). Os Luba-Lunda, que ajudabam na guerra em contra do branco e os reinos congos evangelizados usaban como bandeira as côres vermelhas, pretas e brancas.

Debemos também dizer que depois de muito tempo de paz entre portugueses e congos, um dos descendentes do Rei do Congo para não perder o reino decidiu se-unir ao pensamento das outras tribos, pegando novamente seu nome africano e declarando a guerra em contra dos portugueses, se aliando com o resto dos povos bantos.

Por sua parte, os portugueses levaram-se milhares de escravos bantos para o Brasil, entre elos encontrabam-se partidarios dos dois grupos bantos: os evangelizados e os defensores das tradições. Este ultimo grupo, já no Brasil, siguiu sendo revoltoso, contrário a todo o que vinha do branco, e tambêm em parte "inimigo" dos escravos feiticeiros que sincretizaban os nkisis com os santos.
No Brasil

No periodo da escravidão, os bantos dos dois grupos (revolucionários e evangelizados) pegam contato com os grupos tupi-guaranis, existindo também entre os indios dois grupos afins aos grupos bantos: indios bruxos que não aceitabam os santos (se-identificando com o diabo) e os indios evangelizados que gostabam da idéia do sincretismo santoral. Esses grupos juntan-se para fazer suas magias por separado, e dizer, os negros bantos contrários ao branco e os santos com os indios bruxos; e os negros bantos evangelizados com os indios evangelizados.

Daí o surgimento de duas correntes paralelas e opôstas que seriam conhecidas no Brasil como Umbanda - o culto dos caboclos e pretos evangelizados; e a Quimbanda - o culto dos caboclos e pretos que não aceitaram viver em baixo do pé do Deus dos brancos, se aliando ao Diabo (inimigo do branco) e com Exu (aquele que também era olhado como um demônio).

Aliás, temos dizer que, com o passo do tempo, quando morrem os escravos dos dois grupos, são chamados e incorporados a través do trance por seus descendentes, ao principio na Macumba e logo na Umbanda . Porém, os espiritos chegabam todos num mesmo terreiro sem tanta diferenciação, e até se confundindo os grupos. Os descendentes de escravos o que menos queriam era de ser chamados satanistas ou macumbeiros, por isso votaram aos grupos revoltosos em baixo do pé dos grupos evangelizados e a Kimbanda ficou sendo uma sub-linha da Umbanda. Porém os próprios Espiritos se encarregaram de fazer a separação e hoje em dia podemos dizer sem lugar a dúvidas que existem duas religiões paralelas e diferentes: a Umbanda - onde chegam os Espiritos Guias dos Pretos e Caboclos evangelizados, vestidos de branco, humildes, que acreditam nos santos e os orixás, onde não se faz sacrificios de animais, que não fazem o mal, etc. E a Kimbanda - onde chegam os Espiritos Guias dos Pretos e Caboclos que trabalham para bem ou mal, com sacrificios de animais, lujo, orgulho, revolução e que não acreditam nos Santos da Igreja, defensores de tudo o que seja africanismo, e aceitam aos orixás e nkisis.

Cabe dizer, que os seguidores das distintas ramas da umbanda, adoutam e adaptam as duas linhas (umbanda-kimbanda) segundo os preceitos e as influências maioritarias da sua Casa de Religião. Por exemplo, aquelos que fazem Umbanda Branca (sem sangue) votam a kimbanda em baixo da mesma e para os Exus tampouco matam. Aquelos que fazem culto aos Orixás iorubas e também practicam Umbanda, dadas as influêcias iorubanas, olham na Umbanda como na Kimbanda um culto aos ancestros (ou Linha de Almas) submetidos aos Orixás, fazendo para os ancestros rituais de sacrificios (principio fundamental dessa cultura).

Hoje em dia podemos dizer que a Kimbanda se liberou da Umbanda, existindo um culto separado só prá Exu da Kimbanda e fora do contexto umbandista.
1) Reino das Encruzilhadas

Que sendo chefiado por Exu Rei das Sete Encruzilhadas e Pombagira Rainha das Sete Encruzilhadas, goberna tudas as pasagens dos Exu que ali trabalham. Sua função principal é abrir os caminhos para os outros Guias chegarem e também para os filhos e fregueses.
2) Reino dos Cruzeiros

Chefiado por Exu Rei dos Sete Cruzeiros e Pombagira Rainha dos Sete Cruzeiros, goberna tudas as pasagens dos Exu que trabalhan nos cruzeiros (não confundir com encruzilhada).
3) Reino das Matas

Chefiado por Exu Rei das Matas e Pombagira Rainha das Matas. Goberna todos os Exu que trabalham nos verdes ou locais que tenham árbores a excepção do Cemitério, que pertence a outro reino.
4) Reino da Kalunga Pequena ( Cemitério )

Gobernado por Exu Rei das Sete Calungas ou Kalungas e Pombagira Rainha das Sete Kalungas. Esses Exu tambêm são chamados pêlo nome de Rei e Rainha do Cemitérios. Geralmente quando diz-se "calunga" nas giras de kimbanda é para nomear ao cemitério. Trabalham neste reino todos os Exu que moram dentro dos cemitérios exclusivamente.
5) Reino das Almas

Chefiado por Exu Rei das Almas Omulu e Pombagira Rainha das Almas. Eles também são conhecidos pêlo apelo de Rei e Rainha da Lomba, porque gobernam todos os exu que trabalham em locais altos. Porém, os Exu deste reino também trabalham em hospitais, morgues, etc.
6) Reino da Lira

Os chefes deste reino são muito mais conhecidos por seus nomes sincréticos: Exu Lúcifer e Maria Padilha, sendo na verdade seus nomes kimbandeiros Exu Rei das Sete Liras e Rainha do Candomblê (ou Rainha das Marias). Seus apelos kimbandeiros mostram justamente sua afinidade pêla dança, a musica e a arte ( lira e candomblê). Dentro do reino da Lira, que tambêm as veces é chamado "reino do candomblê" não pêlo culto africanista aos orixás, sinão por ser issa palavra sinônimo de dança e música ritual. Trabalham aqui todos os Exu que tem que ver com a arte, a musica, poesia, bohemia, ciganeria, malandragem, etc.
7) Reino da Praia

Gobernado por Exu Rei da Praia e Rainha da Praia. Dentro dele encontram-se todos os Exu que trabalham nas praias, perto d'agua o ainda dentro dela, podendo ser salgada ou doce.

Chamada de Pombagira, Bombogira, Exu-mulher ou ainda Bomobonjira é conhecida a Entidade feminina da kimbanda. Esta forma de chamar para Ela é sem lugar a dúvidas pêla influência banta (Angola). A Entidade banta Aluvaiá-Pombagira foi então submetida à Entidade iorubana Exu, sendo colocada como sua mulher.

Em kimbanda, debemos dizer que a Pombagira representa o poder feminino feiticeiro, comparável com as Iyami Oxorongá dos iorubas. Ela pôde ter muitos maridos, que tornam-se seus "escravos" ou empregados. Na conceição da kimbanda, tudas as Entidades são duplas, é dizer, cada uma delas pôde se apresentar em baixo da apariencia de homen ou mulher. Por seu lado, os Exu-homens pôdem ter muitas mulheres, as quais passam a ser suas escravas ou empregadas. É muito comum usar o número 7 (sete) para dizer quantas mulheres ou homens pôde ter uma Entidade, isso é assim, por ser um numero cabalístico e mágico.

Pombagira Maria Mulambo (O.Waldo)
Pombagira Maria Mulambo (O.Waldo)

Cada Exu-homen da kimbanda tem sua parte feminina ou contrapartida, que na verdade são a mesma Energia em baixo de apariências distintas, temos assim:

Exu Rei das Encruzilhadas / Pombagira Rainha das Encruzilhadas; Exu das Matas / Pombagiras das Matas; Exu Giramundo / Pombagira Giramundo; Exu do Cravo Vermelho / Pombagira da Rosa Vermelha; Exu Mulambo / Pombagira Maria Mulambo; Exu Sete Capas / Pombagira Sete Saias; Exu 7 Estrelas / Pombagira 7 Estrelas; etc.

Cada pessoa têm pêlo menos uma parelha de Exu que age e mora perto dela desde o dia do nascimento. Que um homen tenha como Guia uma Pombagira ( que incorpore nêle ) não quer dizer que ele vai-se tornar homossexual, ou vai mudar seu gôsto pêlas mulheres, como muitos pensam; nada disso, ele vai seguir sendo o mesmo homen de sempre. O mesmo é para as mulheres que tiverem um Exu. Isso é para os casos onde puxa-se somente uma das duas Entidades da kimbanda que possui cada um como minino, pois existem muitas casas onde são puxadas as dois (Exu-homen e Pombagira), sendo que tampouco Elos vão influir na definição sexual da pessoa. O que acontece é qui muitos se aproveitam para votar as culpas em Exu. Pode acontecer também que alguma pessoa tenha duas pombagiras e dois exus, uma parelha de exus que estaba submetida aos espiritos evangelizados e que logo após foi liberada, e uma parelha de exus que se apresentou sem estar em baixo do comando da umbanda.

Quando incorporada no cavalo, a pombagira mostra-se quase sempre bonita, feminina, amável, elegante, sedutora, mais também tem vidência, é certera e sempre têm algum conselho para aquelos que estam sofrendo por um amor. Ela gosta das bebidas suaves : vinhos dôces, licores, cidra, champagne, anis, etc. E gosta dos cigarros e cigarrilhas de bôa qualidade, assim como também lhe atrai o luxo, o brilho e o destaque. Usa sempre muitos colares, anels, brincos, pulseiras, etc. Sendo que existem muitos milhares de pombagiras, e que cada uma tem sua propia pessoalidade, torna-se muito dificil uma descrição geral.

Suas oferendas levam ovos, maçãs, morangos, perfumes, pentes, espelhos, flores (especialmente rosas - nunca botões), bebidas, cigarros, etc.

Pombagira da Praia (O.Waldo)
Pombagira da Praia (O.Waldo)

As principais pombagiras em ôrdem jerarquica são as correspondentes aos sete pasagens da representação feminina de Exu Rei, Pombagira Rainha, após temos 63 pombagiras chefas, sendo cada uma delas a contrapartida de algum dos Exu chefes que já apresentamos na parte onde falamos dos povos de Exu.

As funções principais de Pombagira es ajudar para os seus em todos os casos de amor, mais também é usada a sua força para desmanchar feitiços, para pedir proteção e curar doenças varias.

Fonte: br.geocities.com
KIMBANDA

Entidades espirituales más allegadas al plano terrenal, con todas las costumbres y vicios, condenadas a vagar por el espacio, surgen en Umbanda como "Exus", donde generalmente aparecen como "almas sufridoras", que deben ser adoctrinadas, lo que revela una fuerte influencia del espiritismo Kardecista. Las manifestaciones de dichas entidades se producen en ceremonias o sesiones las cuales se denominan de "kimbanda o línea roja". Tanto el Exu (hombre) y Pombagira (mujer) dependen de sus respectivos jefes de legiones y falanges, las mismas supervisadas por "Bará" (San Antonio en el sincretismo religioso). Divididos en dos "pueblos" Exus de "povo da calunga" (cementerio) cuyo color en las vestimentas de los mediums, guías o collares de protección y velas, es el blanco y negro, y "povo da encruzilhada" (calles) donde en los items nombrados predomina el color rojo y negro.

Según la mitología Gege-nago, Exu era el nombre propio de un Orixá, ayudante y compañero de Omulu, señor de la peste, de la viruela y de la muerte. En kimbanda, Exu Caveira, Exu Ganga, Exu das sete Cruces, Exu Tirirí, Exu Capa Preta, o en la manifestacion femenina Exu Maria Padilha, Exu Sete Saias, Pombagira das Almas, Exu Cigana, Exu Maria Mulambo, - para citar los más populares -, siguen siendo ayudantes de Omulu, esto es, de un Orixá. Durante visitas realizadas a casas de religión muchas veces he escuchado de mis propios colegas o mismo gente asistente a sesiones el siguiente comentario: las entidades de línea blanca de Umbanda (caboclos) son buenas, pero las entidades de línea roja (Exus) son malos, este es un punto que me gustaría aclarar, para ellos un espíritu es bueno si no es "hostil" a los hombres, "malo" si lo es. Los Exus, según enseñan las tradiciones y las experiencias, son hostiles, pueden hacer daño: de ahí su "maldad", pero atención, porque un Exu bien adoctrinado, con un médium encaminado correctamente dentro de las leyes religiosas, puede ser la herramienta más eficaz para la ayuda de aquel feligrés que se acerca a consultar a estas entidades por problemas materiales o espirituales.

Entidades expertas en realizar o desmanchar trabajos de brujería o magia negra, cultuado por toda casa abierta de cultos afro-americanos, defensor y custodia del terreiro (templo), generalmente ubicado en la entrada principal donde se le ofrendan velas, puros, bebidas y comidas. Las ofrendas a dejar según sea su afinidad y el Exu interpelado, puede ser la orilla de un río, en el cementerio, una encrucijada, monte, selva, etc, etc.

Si una persona acude a los Exus "para hacer el mal", no habrá umbandista que no afirme que eso es pecado, un pecado que deberá ser necesariamente purgado kármicamente.

Para muchos el tema de kimbanda es conflictivo y comentan sin saber, ni tener conocimiento de la verdadera raíz de esta practica religiosa, pregunto:

Será que en el mundo de materialistas y pecadores en el que vivimos es mas fuerte el deseo de pedir, a esas entidades de bien, que trabajen para el mal ?

Porque adjudicar el mal a una entidad, que solo hace cumplir el pedido, a cambio de una ofrenda?

Quien es el culpable? Exu y Pombagira ?

Todos aquellos que en algún momento tengan la posibilidad de estar consultando con una entidad de Kimbanda, siempre recuerden... no malogre su Karma, ni a la entidad.

Busquemos entonces utilizar esa inmensa energía para el bien.

Me gustaría cerrar este punto, con las palabras volcadas en su libro Umbanda y ocultismo de Oliveira Magno.

Fonte: www.geocities.com
KIMBANDA

A Lei da Kimbanda vem dos bantos, dos povos Angola-Congo. A “misturança”, ou ainda podemos dizer “sincretismo” entre o Exu-iorubá, os Ngangas e Tatás (almas de chefes kimbandeiros das nações bantas) foi o que deixou esse ar de confusão no povo, que muitos até mesmo sendo "feitos na kimbanda", não entendem, ou o que é pior, tratam-no de diabo. Na verdade, o Exu da kimbanda não é o Exu-Iorubá (Orixá ou Imalé dessa cultura). Os Espíritos que chegam na linha da kimbanda são espíritos de Ngangas ou Tatás, aqueles que quando encarnados na terra eram sacerdotes bantos adoradores de algum Nkisi ou Npungu.

No Brasil, o culto aos Npungus e Nkisis através dos seus mensageiros – os Ngangas - foi misturado na escravidão com o culto aos Encantados e aos pajés (da cultura tupi-guarani) e também com o dos Iorubás, surgindo os seguintes novos cultos, fruto da miscelânea: Makumba - que vem de "ma-kiumba" (espíritos da noite). Foi assim chamado o mais primitivo culto sincretista no sul do Brasil (e o primeiro originado no Brasil), dada sua maior preponderância banto; é dela que descendem os outros cultos afro-brasileiros com influência das nações Angola-Congo, Tupi-guarani, Nagô e a Igreja, nessa ordem.

A razão de se chamar makiumba (logo após por deturpação da palavra ficaria makumba ou macumba) foi justamente, porque é um culto que se faz na noite, onde se deveriam chamar necessariamente os espíritos da noite (almas de outros sacerdotes do culto - Eguns ou Ancestrais). No culto iorubano-nagô conhece-se e rende-se culto aos Ancestrais-Egun, porém eles são afastados dos rituais aos Orixás, tentando ter um contato com outro tipo de energia. Isto contribuiu para que os rituais onde se chamavam os eguns fossem menosprezados, tratados pejorativamente e mal interpretados.

Por outro lado, a Igreja também condenava os cultos com influência índio-banto onde se fazia beberagem e supostamente “orgias”.

Na verdade, as danças bantús eram no Brasil e ainda são na África, bastante eróticas, e também é verdade que os Guias bebem e fumam, porém é muito distante de ser uma orgia ou uma bebedeira. Depois, quando os grupos de nações começaram a procurar sua identidade, dividiram-se os principais componentes da makumba, aparecendo: Candomblé de Angola; Candomblé de Congo; Candomblé de Caboclo ou dos Encantados; Catimbó; - todos eles à procura de uma raiz cultural - e também, ao final do século XIX surgem da macumba urbana, (onde se tinha muita participação dos brancos pobres e os descendentes de escravos) a Umbanda e a Kimbanda com influências para o Espiritismo e com muito sincretismo. Na Kimbanda, permaneceu grande parte do culto aos Ngangas da nação Angola-Congo, porém misturado com o diabo (pelas influências dos mitos e tabus dos próprios integrantes - que não tinham conhecimento das origens) e também embaixo do pé do Orixá Iorubá Exu.

Na Africa em terras bantas, muito antes de chegada do branco, já existia o culto aos ancestrais (chamados depois no Brasil "guias"). Também era conhecida a palavra "mbanda" (umbanda) significando "a arte de curar" ou "o culto pelo qual o sacerdote curava", sendo que mbanda quer dizer "O Além - onde moram os espíritos". Os sacerdotes da umbanda eram conhecidos como "kimbandas" (ki-mbanda = comunicador com o Além).

Quando chegam os portugueses e têm contato com os reinos bantos, procuram comerciar com eles de um jeito pacífico. Mais tarde, o Rei do Kongo (manikongo) descendente do primeiro ancestral kongo divinizado o “Tatá Akongo” converte-se ao catolicismo, também fazem o mesmo todos os seus vassalos. Pôde-se apreciar então, que os negros bantos eram evangelizados ainda na África, por vontade própria, fazendo eles mesmos, em sua terra, sincretismos entre Santos e Nkisis.

Porém, uma parte banta não aceitou, nem adotou a evangelização, então tramaram uma revolução contra do rei do Congo para se mostrarem opostos ao homem branco e os Santos, começaram a dizer que eram do Diabo. Esses povos bantos eram os Bagandas, Balundas e Balubas.

Depois de um tempo os Bagandas em revolta conquistaram a região de Angola e logo após quase todo o reino congo (que era formado por vários reinos vassalos). Um dos reis Bagandas foi Ngola Mbandi, de onde provém o nome de Angola. Esses revolucionários estavam apoiados pelos grandes feiticeiros e guardiões das tradições bantas. Sua bandeira era formada pelas cores da tribo dominante: vermelho e preto (muito depois seriam as cores de Angola). Os Luba-Lunda, que ajudavam na guerra em contra os brancos e os reinos congos evangelizados usavam na bandeira as cores vermelha, preta e branca.

Devemos também dizer que depois de muito tempo de paz entre portugueses e congos, um dos descendentes do Rei do Congo para não perder o reino, decidiu se unir ao pensamento das outras tribos, pegando novamente seu nome africano e declarando a guerra contra os portugueses, aliando-se com o resto dos povos bantos.

Os portugueses por seu lado, levaram-se milhares de escravos bantos para o Brasil, e entre eles se encontravam partidários dos dois grupos bantos: os evangelizados e os defensores das tradições. Este último grupo, já no Brasil, continuou em estado de revolta, contrário a tudo que vinha do branco, e também em parte "inimigo" dos escravos feiticeiros que sincretizavam os Nkisis com os Santos.

No período da escravidão, os bantos dos dois grupos (revolucionários e evangelizados) fazem contato com os grupos tupi-guaranis, sendo que também entre os índios, havia dois grupos com afinidade aos grupos bantos: índios bruxos que não aceitavam os santos (se identificando com o diabo) e os índios evangelizados que gostavam da idéia do sincretismo dos santos. Esses grupos se uniram para fazer suas magias em separado, quer dizer, os negros bantos contrários ao branco e aos santos com os índios bruxos; e os negros bantos evangelizados com os índios evangelizados.

Daí o surgimento de duas correntes paralelas e opostas que seriam conhecidas no Brasil como Umbanda - o culto dos caboclos e pretos evangelizados; e a Kimbanda - o culto dos caboclos e pretos que não aceitaram viver em baixo do pé do Deus dos brancos, se aliando ao Diabo (inimigo do branco) e com Exu (aquele que também era olhado como um demônio).

Aliás, temos dizer que, com o passar do tempo, quando morrem os escravos dos dois grupos, estes são chamados e incorporados através de transe por seus descendentes, a princípio na Macumba e logo depois na Umbanda. Porém, os espíritos chegavam todos num mesmo terreiro sem tanta diferenciação e até confundindo os grupos. O que os descendentes de escravos menos queriam era de serem chamados de satanistas ou macumbeiros, por isso colocaram aos grupos revoltosos em baixo do pé dos grupos evangelizados e a Kimbanda ficou sendo uma sub-linha da Umbanda. Porém os próprios Espíritos se encarregaram de fazer a separação e hoje em dia podemos dizer sem dúvida que existem duas religiões paralelas e diferentes: a Umbanda - aonde chegam os Espíritos Guias dos Pretos e Caboclos evangelizados, vestidos de branco, humildes, que acreditam nos santos e os orixás, onde não se fazem sacrifícios de animais, que não fazem o mal, etc, e a Kimbanda - aonde chegam os Espíritos Guias dos Pretos e Caboclos que trabalham para bem ou mal, com sacrifícios de animais, luxo, orgulho, revolução e que não acreditam nos Santos da Igreja, defensores de tudo o que seja africanismo, e aceitam os Orixás e Nkisis.

Cabe dizer, que os seguidores dos distintos ramos da umbanda, adotam e adaptam as duas linhas (umbanda-kimbanda) segundo os preceitos e as influências majoritárias da sua Casa de Religião. Por exemplo, aqueles que fazem Umbanda Branca (sem sangue) colocam a kimbanda em baixo da mesma e continuam sem praticar sacrifícios de sangue para os Exus. Aqueles que fazem culto aos Orixás iorubás e também praticam a Umbanda, dadas às influências iorubanas, olham na Umbanda como na Kimbanda um culto aos ancestrais (ou Linha de Almas) submetidos aos Orixás, fazendo para os ancestrais rituais de sacrifícios (princípio fundamental dessa cultura).

Hoje em dia podemos dizer que a Kimbanda se libertou da Umbanda, existindo um culto separado só para Exu da Kimbanda e fora do contexto umbandista.

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